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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Itororó

Coordenadas da via: Latitude: -23.933908 e Longitude: -46.327149      [GoogleMaps]

Começa em antes da Rua General Câmara, no bairro Centro

CEP: 11010-071 - lado ímpar

11010-070 - lado par

Termina em Praça Corrêa de Mello/Rua Bittencourt, no bairro Centro

Nomes antigos: Travessa do Carmo, Rua da Fonte do Tororó, Rua Saldanha Marinho, Rua 43

Logradouro criado em 1921

História: Rua 43, como se indicava na Planta da antiga Comissão de Saneamento, sua oficialização proveio da lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, do prefeito municipal coronel Joaquim Montenegro, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922.

Em 1765 tinha o nome de Travessa do Carmo o trecho entre os fundos do Convento do Carmo e a atual General Câmara. Segundo Alberto de Sousa em Os Andradas, a via pública surgiu em 1808 com o nome de Rua da Fonte do Tororó. A Travessa do Carmo e a Rua da Fonte do Tororó formam hoje a Rua Itororó.

Seis dias após a proclamação da República, ou seja, a 21 de novembro de 1889, a Câmara Municipal, em sessão especial presidida pelo vereador Júlio Conceição, apreciou requerimento de munícipes que pleitearam a substituição denominativa de 10 vias públicas, entre as quais a Itororó, que veio a se chamar Saldanha Marinho. Por sinal, essa alteração de nomes não teve continuidade, salvo duas exceções, passando a Rua Itororó a ostentar seu nome original e tradicional.

Na sessão que a Câmara Municipal realizou a 6 de setembro de 1923, sob a presidência do dr. B. de Moura Ribeiro, o vereador Benedito Pinheiro justificou que, 'da luta sangrenta em que o Brasil foi obrigado a tomar parte para dominar os ímpetos guerreiros de um ditador, existe em nossa Cidade uma recordação que o tempo se vem encarregando de destruir, apagando para sempre no espírito público os grandes gestos de nossos heróis que, em batalhas cruentas, morreram pelo Brasil. Em Itororó verificou-se o fim dessa luta e foi por isso que a Municipalidade, querendo recordar esse acontecimento, denominou Itororó a pequena praça na encosta do Monte Serrate'. Em seguida, aquele operoso edil apresentou indicação em que solicitava melhoramentos para o histórico logradouro ou o seu arrendamento, se assim julgasse de maior conveniência o prefeito municipal. Considerada objeto de deliberação, a propositura foi encaminhada à Comissão de Justiça e Poderes.

Itororó era a denominação da fonte histórica junto à qual se estabeleceram Pascoal Fernandes e Domingos Pires, logo após a chegada de Martim Afonso de Sousa, como confirma Francisco Martins dos Santos em História de Santos. Ficava na encosta do Morro de São Jerônimo, atual Monte Serrate. Da Fonte de Itororó saía um riacho, que primeiro teve o nome de Itororó e, depois, como ribeirão, o de Carmo, que desaguava no Estuário. É ponto histórico de Santos, pois marca a subida para o Monte Serrate: no passado chamou-se Campos do Itororó toda a área ocupada pelas antigas ruas de S. Francisco, Rosário, Amador Bueno e General Câmara, entre as ruas D. Pedro II e Senador Feijó.

A Fonte do Itororó, uma das tradições de Santos, tinha água límpida e cristalina. Bebiam-na os que tinham sede ou não, pois dizia-se que quem a sorvesse não mais deixaria a Cidade. No passado, além de ser buscada como água gostosa para se beber no próprio local, escravos a conduziam, em potes ou barris, para as residências de seus senhores, enquanto mulheres dela se serviam para lavagem de roupas, sendo sabido que Santos ainda não era dotada de rede de água encanada.

A Rua Itororó, em 1886, não dispunha do trecho que hoje vai dos fundos da Igreja da Ordem Terceira do Carmo à Rua General Câmara. Tanto assim que, na sessão da Câmara Municipal de 28 de janeiro de 1886, presidida por João Otávio dos Santos, o vereador Xavier Pinheiro apresentou a seguinte indicação, aprovada: 'Mais uma vez vou ocupar-me do problema da necessidade urgente que tem esta Câmara da cobertura do Ribeiro do Carmo, desse foco de pestes, que aí permanece bem no centro da Cidade. Indico que a Câmara Municipal oficie ao Visitador Apostólico do convento do Carmo pedindo permissão para abertura da projetada rua, a partir da General Câmara até o mar, cujo terreno já foi declarado de utilidade pública, na sessão realizada a 7 de dezembro de 1881'.

A Fonte de Itororó, memorável e tradicional, servindo até de lavanderia pública, foi obstruída nos primeiros meses do ano de 1886. Devido às chuvas, houve deslizamento do Monte Serrat e a enxurrada impediu a utilização da bica, além de ferir dois menores. Na sessão de 1º de março daquele ano, a Câmara Municipal designou o verador João Otávio dos Santos, que também tinha as funções de inspetor de Obras, para providenciar os consertos precisos.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 314/315

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