Vias públicas de Santos/SP Esta é uma denominação antiga
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Começa em Rua Quinze de Novembro, no bairro Centro
Termina em Rua Itororó, no bairro Centro
Alberto Sousa, em sua obra Os Andradas, descreveu em 1922 (página 155) que a via incluiu parte do 'Beco do Gonçalo Borges, que começava na Rua Antonina (canto da de Santo António), cortava o Campo e ia terminar na Travessa do Carmo, junto à ponte que havia sobre o ribeiro. Mais tarde ficou reduzido (...) ao trecho que vai do Largo do Rosário à Rua de Santo António, da qual é hoje um belo prolongamento. Foi conhecido muito depois e durante longos anos pelo nome de Beco do Alfaya, porque aí morou, no velho sobrado que faz canto com a antiga Rua Antonina, hoje 15 de Novembro, a distinta família de que era chefe o estimado súdito espanhol, João Manuel Alfaya Rodriguez. Tinha o Beco do Gonçalo Borges 37 casas do lado direito, a contar da Rua de Santo António até a Travessa do Carmo; e 10 do lado esquerdo, que só era edificado até o Campo da Misericórdia. Total - 47 casas'.
Alberto ainda citou (página 218): 'Alcançamo-lo ainda em nossa infância, apertado, tortuoso e sombrio, com seus casebres de pedra quase negra, acaçapados e toscos, de longos beirais de telha portuguesa avançando para a rua e resguardando os transeuntes das tremendas soalheiras e das copiosas chuvas estivais. A maior parte dessas habitações eram ocupadas por quitandeiros africanos, alguns dos quais juntaram não pequena fortuna com seu lucroso comércio diário de legumes, frutas e petisqueiras que as famílias abastadas consumiam em grande escala'.
Olao Rodrigues, em Veja Santos, citava em 1975 que 'o trecho atual entre a 15 de Novembro e a Praça Rui Barbosa teve outra designação. Não passava de beco tortuoso, cheio de depressões, feio e anti-higiênico. Era chamado por Beco do Alfaya, por se referir ao genitor do comendador João Alfaya Rodrigues'.
Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 526 a 529