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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Gonçalves Dias

Coordenadas da via: Latitude: -23.933544 e Longitude: -46.332777      [GoogleMaps]

Começa em Rua do Comércio/Rua José Ricardo, no bairro Centro

CEP: 11010-160

Termina em Avenida Visconde de São Leopoldo, no bairro Centro

Nomes antigos: Beco do Alvarenga, Rua do Alvarenga, Travessa de São Leopoldo, Travessa Campos Sales, Rua 15

Logradouro criado em 1921

História: Na sessão ordinária que realizou a 28 de dezembro de 1865, sob a presidência de Antônio Ferreira da Silva Júnior – visconde de Embaré -, a Câmara Municipal alterou nomes e limites de algumas vias públicas, como a que era conhecida por rua e antes Beco do Alvarenga, entre a Rua de Santo Antônio (Comércio) e São Leopoldo (Visconde de São Leopoldo), que passou a ser denominada Travessa de São Leopoldo.

Em sua primeira sessão após a proclamação da República, a 21 de novembro de 1889, sob a presidência de Júlio Conceição, atendendo a uma representação de munícipes, a Câmara Municipal outorgou nomes de chefes do Governo Provisório da República a várias vias públicas, como a Travessa São Leopoldo, que passou a ser designada Travessa Campos Sales, aliás, sem efetividade. A atual denominação foi oficializada pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, sancionada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro. Figurava na Planta sob número 15.

Também na sessão da Câmara Municipal realizada a 28 de dezembro de 1865, o vereador Pereira fez proposta, acolhida, no sentido de que se removesse da Rua Fresca, atual Bittencourt, para a Travessa do Alvarenga, hoje Gonçalves Dias, o lampião que ali existia, em frente ao Caminho das Duas Pedras.

Antônio Gonçalves Dias nasceu no Sítio Boa Vista, próximo à cidade de Caxias, no Maranhão, a 10 de agosto de 1823. Formado em Direito em 1844 pela Universidade de Coimbra, foi professor de Latim e História no Colégio Pedro II. Como oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros, desincumbiu-se de importantes missões no Exterior.

Poeta de funda inspiração, dos maiores do Brasil, foi o iniciador da corrente indianista, além de dramaturgo. Em 1852, casou com a jovem Olímpia Corcilana da Costa, filha do dr. Cláudio Luís da Costa, que residiu em Santos e foi provedor do Hospital da Santa Casa de Misericórdia no período compromissal de 1836-1838. Patrono da cadeira 15 da Academia Brasileira de Letras, deixou vasta produção, em prosa e verso, como Os Timbiras, Últimos Contos, Beatriz Lenci (poema de cunho abolicionista), Segundos Contos e Sextilhas de Frei Antão e Dresda.

Gonçalves Dias morreu a 3 de novembro de 1864, no naufrágio do vapor francês Ville de Boulogne, nas costas do Maranhão, mas já atacado de tuberculose.

Comemorando o centenário do grande vate, a Associação dos Antigos Alunos do Ginásio Santista realizou a 12 de agosto de 1923 uma sessão solene durante a qual o beletrista Mariano Laet Gomes pronunciou palestra sobre a vida e a obra de Gonçalves Dias. Em seguida, disseram versos do autor de Os Timbiras os literatos Jaime Franco, Arquimedes Bava, Henrique da Rosa Ferreira e Galeão Coutinho.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 281/282

Veja mais em [Wikipédia: Gonçalves Dias]
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