História: A denominação de Emílio Ribas à Rua 98 ocorreu na sessão da Câmara Municipal de 26 de maio de 1924, sob a presidência do dr. B. de Moura Ribeiro, que, indo ao plenário, apresentou projeto de lei em tal sentido e formulou as mais encomiásticas referências à personalidade do grande higienista brasileiro, no que foi secundado pelo vereador Benedito Pinheiro. O vereador J. Carvalhal Filho, considerando relevante a matéria, requereu a dispensa de pareceres, a fim de que o projeto de lei ficasse sobre a Mesa para entrar em votação na Ordem do Dia. Foi o que se verificou. Aprovado em primeira discussão, o dr. J. de Sousa Dantas requereu dispensa do interstício regimental, de modo que o projeto de lei foi votado e aprovado em segunda discussão durante a mesma sessão do Legislativo. Mais ainda: no mesmo dia, 26 de maio de 1924, o vice-prefeito municipal em exercício, Arnaldo Ferreira de Aguiar, promulgou a lei 726, dando o nome de Emílio Ribas à Rua Projetada 98.

No dia 24 de setembro de 1962, o prefeito municipal José Gomes promulgou a lei 2.558, que oficializou a Jornada Médica Emílio Ribas, em comemoração ao centenário do nascimento do grande sanitarista brasileiro. Lei 553, de 27 de janeiro de 1915, do prefeito municipal Carlos Luís d'Afonseca, declarou de utilidade pública os terrenos de propriedade de Agenor de Azevedo necessários à abertura da via pública assinalada na Planta da antiga Comissão de Saneamento sob número 98, que é a Rua Emílio Ribas, segundo deliberou a Câmara Municipal ao aprovar, naquela mesma data, o parecer 206 da Comissão de Finanças, que adotava projeto de lei sobre a matéria.

Logo depois do seu falecimento, na sessão realizada a 22 de dezembro de 1925, Emílio Ribas foi homenageado pela Câmara Municipal de Santos que, por meio do vereador Samuel Baccarat, elogiou a vida e a obra do grande cientista e propôs voto de profundo pesar e apresentação de condolências à família enlutada.

Emílio Marcondes ribas, um dos maiores sanitaristas brasileiros, nasceu em Pindamonhangaba a 11 de abril de 1862 e se formou pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Diretor do Serviço Sanitário – cargo que ocupou durante 19 anos -, desenvolveu grandes trabalhos para o extermínio dos surtos de febre amarela. Depois de demonstrar a transmissão da febre amarela pelo mosquito é que se iniciou a patriótica campanha de Osvaldo Cruz, que elevou o Brasil no conceito internacional. Todavia, a obra de Emílio Ribas não se restringiu a essas iniciativas: batalhou também pela erradicação da peste bubônica, que se introduzia pelo porto de Santos, devendo ser destacados seus esforços para conseguir o soro contra o mal e que resultou na fundação do Instituto Butantã. Ocupou-se também dos problemas da tuberculose, lepra, varíola, malária e febre tifóide. Modesto, recusou um prêmio em dinheiro que lhe pretendeu dar o Parlamento paulista. Por sua inspiração, foi construído o Leprosário Santo Ângelo. Morreu a 19 de dezembro de 1925, esse grande e notável defensor da saúde pública brasileira.