![]() | http://www.novomilenio.inf.br/baixada/vias/1c082.htm Vias públicas de Santos/SP | +Waze: English Español | QR Code. Saiba + | |||||
Praça Correia de Melo |
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Começa em Avenida São Francisco/Rua Itororó, no bairro Centro CEP: 11013-220 Termina em Rua Bitencourt, no bairro Centro Nomes antigos: Largo do Itororó, Largo Correia de Melo, Rua Aprovada 37 Logradouro criado em 1921 | ||||||||
![]() Noutros tempos era conhecido por Largo do Itororó, muito frequentado por situar-se em sua área a Fonte do Itororó e não menos movimentada em nossos dias por ficar no logradouro a estação dos elevadores do Monte Serrate. Depois, deram-lhe o nome de Largo Correia de Melo e agora é Praça, mas sem merecer essa categoria, por deficiência de espaço, em grande parte bloqueado pelas instalações do Grupo Escolar Barnabé. Aprovada 37, como se configurava na Planta da antiga Comissão de Saneamento, foi oficializada pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, que entrou em vigor a 1º de janeiro de 1922, sancionada pelo prefeito municipal, coronel Joaquim Montenegro. O patrono do logradouro é Joaquim Correia de Melo, nascido em São Paulo a 10 de abril de 1816 e falecido em Campinas a 20 de dezembro de 1877. Seu pai, cidadão português, tornou-se brasileiro adotivo, depois de ter sido em sua pátria capitão de Cavalaria. Foi o preceptor do seu filho nas primeiras letras, confiando-o mais tarde ao latinista André da Silva Gomes, que o preparou para encetar a carreira jurídica. Já se havia iniciado no terceiro ano letivo no Corpus-Juris, quando faleceu seu genitor, que lhe legou a pobreza, deixando-o sem meios de continuar os estudos na Academia de Direito. Por meio de Francisco Alvares Machado de Vasconcelos, que muito o ajudou, formou-se em Farmácia no Rio de Janeiro, recebendo o diploma das mãos do dr. Joaquim Vicente Torres Homem. Radicando-se em Campinas, exerceu a profissão durante 20 anos, ao mesmo tempo em que se exercitava na aplicação da medicina popular baseada na flora inesgotável e misteriosamente desconhecida no Brasil. Lentamente, Joaquim Correia de Melo foi coligindo fatos e observações de Patologia e os efeitos benéficos obtidos pelos curandeiros que, com boa crítica, foi anotando até se acumular no repertório da medicina doméstica que surgiu editado sob o escudo do diploma doutoral do dinamarquês dr. Langaard. Campinas conserva dele duas memórias: a arborização do jardim da Praça da Imprensa, do Rio de Janeiro, desenhada pelo dr. Alberto Lofgren, quando engenheiro da Cia. Paulista, e a Escola Correia de Melo, que tantas crianças desenvolveu nas letras, inaugurada a 18 de abril de 1881 e hoje não mais existente. Joaquim Correia de Melo foi casado com Cândida Gomide de Melo, filha do cirurgião-mor Cândido Gonçalves Gomide e de Zeferina Pimenta Gomide, falecidos, de cuja união o casal teve três filhos: Cândida Correia de Melo, falecida em estado de solteira; Maria Carlota de Melo e Francisca de Sales Melo Torres Homem, casada com Artur Sales Torres Homem. Citado nas maiores publicações científicas da Europa, Correia de Melo mereceu do grande cientista Langaard estas referências: 'Sendo as plantas medicinais indígenas do Brasil, de grande importância médica, e tendo muita aplicação, maximé no interior do País, lembrei-me de as tornar mais conhecidas; para esse fim, de muito me valeu o auxílio do meu distinto e sábio amigo, Joaquim Correia de Melo, ilustrado farmacêutico de Campinas'. No domínio da Química, foram notáveis seus serviços; procurou isolar corpos e extratos diversos que ele mesmo enviava perfeitamente acondicionados para os especialistas europeus, que consignavam nos anais da Farmacopeia as suas valiosas constribuições, pelas quais mereceu ser nomeado membro-correspondente da British Pharmaceutical Conference, de Londres. Segundo Leopodo Amaral, em Campinas Recordações, Correia de Melo, vulto dos mais acatados entre os cientistas do seu tempo, era curiosamente mais conhecido no exterior que no seu país. Além do seu grande valor como homem de Ciência, possuía enorme coração, médico de crianças ricas e pobres, idolatrado pelas famílias de largas posses e pelas famílias paupérrimas. Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 187/188 | ||||||||
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