'Em ofício nº 256, de 15 de maio próximo passado, o senhor prefeito municipal comunicou à Câmara que a Comissão de Saneamento lhe fizera entrega do jardim em Vila Matias, entre a Avenida Ana Costa e o Canal 1. Satisfazendo os desejos de moradores da Vila Matias, a Câmara Municipal resolveu dar àquela praça o nome de Belmiro Ribeiro, prestando assim homenagem ao ilustre reformador desta Cidade. A Comissão de Obras e Viação solicita ao senhor prefeito municipal as necessárias providências no sentido de ser colocada na nova praça a placa com os elementos dados pela Câmara Municipal. Sala das Comissões, em 18 de junho de 1923. (ass.) Benedito Pinheiro, cel. Cincinato Martins da Costa'.

A Praça Belmiro Ribeiro, que tinha o nº 290, na Planta, foi oficializada pela lei nº 647, de 16 de fevereiro de 1921, promulgada pelo prefeito municipal, cel. Joaquim Montenegro.

Projeto de lei declarando de utilidade pública o terreno para construção de um jardim, que veio a ser a Praça Belmiro Ribeiro, foi aprovado, em segunda discussão, na sessão da Ordem do Dia que a Câmara Municipal realizou a 1º de setembro de 1909, sob a presidência do dr. Antônio da Silva Azevedo Júnior.

Na sessão da Câmara Municipal de 21 de dezembro de 1915, sob a presidência do vereador Freitas Guimarães Sobrinho, o prefeito municipal, sr. Carlos Affonseca, comunicou que a Companhia Santista de Habitações Econômicas, que estava construindo a Vila Operária, entre a Rua Carvalho de Mendonça e a Rua Manuel Galeão Carvalhal, junto ao canal nº 2, requerera que esse núcleo habitacional tivesse a denominação de Vila Belmiro, 'fazendo assim lembrar, como é uso em casos tais, o ilustre cidadão Belmiro Ribeiro de Morais e Silva'.

Parecer da Comissão de Obras e Comissão de Justiça e Poderes, aceitando a doação de terrenos para abertura de vias públicas, feita pelo dr. Belmiro Ribeiro de Morais e Silva e esposa, foi aprovado na sessão da Câmara Municipal realizada a 26 de junho de 1929, sob a presidência do próprio dr. Belmiro Ribeiro de Morais e Silva, que se absteve de votar.

Cidadão de funda integração na vida social, política e administrativa de Santos, prestou importantes serviços ao bairro de Vila Belmiro e, de resto, a todo Município. Valiosa também sua colaboração à Associação Comercial de Santos, de cuja diretoria foi presidente no período de 1921-1922, exercendo ainda o cargo de provedor da Santa Casa da Misericórdia nos anos compromissais de 1906 a 1908.

Foi o segundo prefeito municipal de Santos eleito pelo voto popular. Antes, em face da renúncia do coronel Carlos Augusto de Vasconcelos Tavares, ocupara a chefia do Executivo Municipal, na qualidade de vice-prefeito, tomando posse a 29 de julho de 1910. Seguidamente, ou no período de 15 de janeiro de 1911 a 15 de janeiro de 1914, foi eleito prefeito municipal.

Na 8ª Legislatura da Câmara Municipal, viu-se eleito por causa da vaga aberta pela morte do vereador Osvaldo Cócrane, tomando posse a 18 de agosto de 1915 e concluindo o mandato. Voltou ao cargo de prefeito municipal no período de 15 de janeiro de 1917 a 15 de janeiro de 1920. Concluída a gestão, elegeu-se outra vez à Câmara Municipal na 10ª Legislatura, que compreendeu o espaço de 1920 a 1923, reelegendo-se na 11ª Legislatura, que se estendeu de 1923 a 1926. Na 12ª Legislatura, seu prestígio político levou-o mais uma vez à Edilidade, da qual se tornou presidente em 1929 e reeleito em 1930.

Deixou distinta descendência. Seu filho, dr. Caio Ribeiro de Morais e Silva, presidiu a diretoria da Associação Comercial de Santos no biênio 1971-1972, reeleito para o biênio 1973-1974.