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Vias públicas de Santos/SP

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Rua Augusto Severo

Coordenadas da via: Latitude: -23.933092 e Longitude: -46.327677      [GoogleMaps]

Começa em Praça Barão do Rio Branco, 12/Rua Quinze de Novembro, no bairro Centro

CEP: 11010-050

Termina em Rua General Câmara, 63, no bairro Centro

Nome antigo: Rua 41

Logradouro criado em 1902

História: A Câmara Municipal, na sessão d e18 de março de 1889, mandou desapropriar terrenos do Carmo para abertura de rua que, em seguida foi denominada Augusto Severo. Decorreu a denominação de indicação submetida à Câmara Municipal na sessão realizada a 22 de maio de 1902, pelo intendente municipal, dr. Francisco Malta Cardoso, 'em homenagem à memória daquele que soube honrar o legado científico do Padre Voador', assim como determinou o 'auxílio de 1:000$000 na subscrição que fosse aberta para aliviar a pobreza da desolada família do ilustre patrício'.

Na 22ª sessão ordinária que realizou a 13 de agosto de 1902, sob a presidência de Francisco Correia de Almeida Morais, foi aprovado, em segunda discussão, o parecer 126, da Comissão de Justiça e Poderes e Comissão de Obras e Viação, que adotava o projeto de lei referente à abertura de uma via pública entre as ruas 15 de Novembro e General Câmara. Pelo edital 142, apresentaram-se nove concorrentes para executar as obras de abertura da via pública, tendo a Comissão de Obras e Viação escolhido a proposta da firma Geraldo Iguelzi & Cia., pelo preço de 21:650$735.

Faz-se curioso apontar que, na sessão da Cãmara Municipal realizada a 9 de março de 1910, sob a presidência do dr. B. de Moura Ribeiro, os srs. José Domingues Martins, Benedito Pinheiro e Carlos Luís de Afonseca apresentaram projeto de lei que autorizava a prefeitura a iniciar naquele exercício o prolongamento da Rua Augusto Severo até à Rua do Rosário, atual Rua João Pessoa, procedendo a desapropriações julgadas necessárias.

Lei 379, de 7 de abril de 1910, promulgada pelo prefeito municipal, tenente-coronel Carlos Augusto de Vasconcelos Tavares, autorizou o Executivo a iniciar o prolongamento da Rua Augusto Severo até à Rua do Rosário, atual João Pessoa, ainda durante o exercício de 1910. Resultou do parecer 144, em que a Comissão de Obras e Viação e a Comissão de Fazenda e Contas, reunidas, manifestando-se de pleno acordo com as considerações explanadas pelo vereador coronel Cincinato Martins Costa, apresentaram projeto de lei declarando de utilidade pública os prédios 84 e 86 da Rua General Câmara e os de números 79, 81 e 83 da Rua do Rosário, necessários ao prolongamento da Rua Augusto Severo até à Rua do Rosário, aprovado em primeira discussão na sessão da Câmara Municipal de 4 de abril de 1906, presidida pelo dr. Francisco Correia de Almeida Morais, e, em discussão final, na sessão de 7 de abril do mesmo ano. Tinha na Planta o número 41.

Augusto Severo de Albuquerque Maranhão nasceu em Macaíba, Rio Grande do Sul, a 11 de janeiro d e1864 e morreu em Paris, França, a 12 de maio de 1902. Lutou juntamente com seu irmão Pedro Velho pelos mais generosos movimentos políticos do Brasil, na época da Abolição da Escravatura e da implantação da República. Aos 29 anos, em 1893, foi eleito deputado federal.

Desde a juventude, no entanto, entregou-se ao estudo dos problemas da navegação aérea. Fabricou um balão a que deu o nome de Pax e em 1901 embarcou para a França, em cuja capital, a 12 de maio de 1902, tentou experiência com o aparelho de sua fabricação. O aeróstato subiu do Parque Vangirard, a uma altura superior a 400 metros, mas se incendiou e sacrificou a vida do grande brasileiro e do mecânico francês Sachat. Atribuiu-se o acidente à extrema proximidade do motor ao balão: tendo o calor aquecido o balão, fez com que o gás se dilatasse, escapasse pelo apêndice e provocasse a explosão. O corpo de Augusto Severo, embalsamado, veio para o Rio de Janeiro, onde se deu a inumação. Foi um dos pioneiros da aviação no Brasil.

Fonte: RODRIGUES, Olao. Veja Santos!, 2ª edição, 1978. Ed. do autor - pág. 100/101

Veja mais em [A Pátria Brazileira (Virgílio Cardoso de Oliveira, ed. Constant Gouweloos & Cie., Bruxellas, 1903): Augusto Severo]
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