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Artigo escrito em 1999
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/15/02 13:26:06
A rota do fracasso

Mário Persona (*)
Colaborador

Estatísticas que li previam que 75% dos negócios eletrônicos estão fadados ao fracasso. Muita gente que leu isso deve ter enfiado a viola no saco e lançado seus planos de um novo empreendimento na gaveta, junto com aqueles comprovantes para a declaração do Imposto de Renda do ano que vem. O último lugar onde você procura, quando precisa de algo.

Mas, será que a previsão é tão pessimista quanto parece? Não, se você considerar que 80% ou mais de **TODOS** os novos negócios fracassam nos primeiros dois anos de vida.

Pessoalmente, acredito que a porcentagem de lojas de e-commerce que irão fracassar possa ser maior. Isso porque a maioria dos novos empreendedores ainda pensa no comércio virtual como uma maneira de ganhar dinheiro fácil. Sem investimentos, você coloca um site no ar e fica esperando o dinheiro cair na conta. É melhor esperar sentado.

Sem gol - O plano de negócios dessas pessoas começa assim: "Ããããh... deixa ver o que vou vender...", e por aí vai. Tudo feito no melhor estilo futebolístico: no chute. Só que nesse caso não sai gol. No máximo uma bola na trave.

Não é porque hoje existe a Internet que as leis que regem a economia deixaram de funcionar. Negócio é negócio até debaixo d'água. Exige pesquisa, planejamento, investimento, trabalho, marketing e tudo o que você encontra em um negócio no mundo real. E como a cidade agora é o mundo, não adianta você pensar em abrir aquela livraria na Internet só porque na sua cidade não tem uma. Sua lojinha vai estar aberta para os habitantes do planeta e vai ter que competir com os grandes do setor. Daí a necessidade, para o pequeno empreendedor, de buscar um nicho de mercado e procurar ser o melhor aí.

(*) Mário Persona é consultor, escritor e palestrante. Esta crônica faz parte dos temas apresentados em suas palestras. Edita o boletim eletrônico Crônicas de Negócios e mantém endereço próprio na Web, onde seus textos estão disponíveis.