A rota do fracasso
Mário Persona (*)
Colaborador
Estatísticas
que li previam que 75% dos negócios eletrônicos estão
fadados ao fracasso. Muita gente que leu isso deve ter enfiado a viola
no saco e lançado seus planos de um novo empreendimento na gaveta,
junto com aqueles comprovantes para a declaração do Imposto
de Renda do ano que vem. O último lugar onde você procura,
quando precisa de algo.
Mas, será que a previsão
é tão pessimista quanto parece? Não, se você
considerar que 80% ou mais de **TODOS** os novos negócios fracassam
nos primeiros dois anos de vida.
Pessoalmente, acredito que a porcentagem
de lojas de e-commerce que irão fracassar possa ser maior.
Isso porque a maioria dos novos empreendedores ainda pensa no comércio
virtual como uma maneira de ganhar dinheiro fácil. Sem investimentos,
você coloca um site no ar e fica esperando o dinheiro cair na conta.
É melhor esperar sentado.
Sem gol - O plano de negócios
dessas pessoas começa assim: "Ããããh...
deixa ver o que vou vender...", e por aí vai. Tudo feito no melhor
estilo futebolístico: no chute. Só que nesse caso não
sai gol. No máximo uma bola na trave.
Não é porque hoje existe
a Internet que as leis que regem a economia deixaram de funcionar. Negócio
é negócio até debaixo d'água. Exige pesquisa,
planejamento, investimento, trabalho, marketing e tudo o que você
encontra em um negócio no mundo real. E como a cidade agora é
o mundo, não adianta você pensar em abrir aquela livraria
na Internet só porque na sua cidade não tem uma. Sua lojinha
vai estar aberta para os habitantes do planeta e vai ter que competir com
os grandes do setor. Daí a necessidade, para o pequeno empreendedor,
de buscar um nicho de mercado e procurar ser o melhor aí.
(*) Mário
Persona é consultor, escritor e palestrante. Esta crônica
faz parte dos temas apresentados em suas palestras. Edita o boletim eletrônico
Crônicas
de Negócios e mantém endereço
próprio na Web, onde seus textos estão disponíveis. |