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*Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 7/12/1999.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/05/00 11:09:19
Especialista de Santos elabora sistemas para controle de transportes 

Estão em uso na Supervia do Rio de Janeiro e no Metrô paulistano

Um simulador ferroviário que permite projetar e dá apoio à operação e manutenção de um complexo sistema de transporte foi elaborado por um especialista baseado em Santos e implantado na Supervia, a operadora do transporte ferroviário de passageiros dos subúrbios do Rio de Janeiro (antiga Divisão Especial da Rede Ferroviária Federal). Outro programa, para controle de arrecadação, já é usado pelo Metrô paulistano.

O responsável pelos projetos, Arnaldo Augusto Nora Antunes, explica que o simulador é adequado a uma rede ferroviária com a extensão e complexidade do sistema suburbano do Rio de Janeiro, com mais de 500 km de via em diversos ramais. Sistemas semelhantes podem, segundo ele, ser desenvolvidos para outras empresas de transporte, não só ferroviário como rodoviário de cargas e passageiros. 

Tais sistemas são dependentes de bancos de dados e envolvem análise de sistemas e programação científica, permitindo racionalizar as operações e economizar combustível, além de planejar a manutenção para reduzir custos e eliminar falhas emergenciais.

Arrecadação – Arnaldo informa ainda que o problema do controle da arrecadação para empresas com grande volume de transações pode ser amplamente aperfeiçoado pelo uso de sistemas gerenciadores de bancos de dados, associados a interfaces adequadas.

Um exemplo dessa aplicação é o sistema recentemente implantado no Metrô de São Paulo, para controle da receita tarifária. Tendo em vista que o Metrô transporta cerca de 2,5 milhões de passageiros por dia, pode-se avaliar o volume de bilhetes, vales-transporte, passes e numerário que fluem no sistema de venda de autorizações de viagem. 

O sistema implantado no Metrô é operado em uma rede com um servidor e oito estações de trabalho, utilizando uma base de dados em Oracle, associada a interfaces especificamente desenvolvidas para permitir o controle rigoroso do fluxo das informações relativas aos bilhetes e similares, bem como ao fluxo do numerário arrecadado.

Além da vantagem de evitar perda de receita, o sistema de controle da arrecadação permite à empresa usar mais rapidamente o dinheiro depositado na rede bancária, já que logo após a venda os totais depositados são imediatamente conhecidos e tornados disponíveis mediante consulta ao programa.

Menor porte – Segundo o especialista, sistemas similares podem ser usados até por empresas de menor porte, já que o desenvolvimento e a implantação podem ser executados com baixo custo, devido tanto às facilidades decorrentes do avanço da informática, quanto à experiência adquirida na elaboração dos grandes sistemas.

Empresas na Baixada Santista, tais como operadoras de transporte por ônibus, ou mesmo de ramos diversos como lojas, hospitais e hotéis, também obtêm benefícios aplicando sistemas semelhantes, que podem ser diretamente acoplados a seus sistemas contábeis.