Bips
Bolinho santista – Em sua
coluna semanal na Internet sobre comércio eletrônico, comenta
o especialista Mário Persona, conforme transcrevemos: "O último
exemplar da Technology Review,
produzida pelo MIT e dedicada às últimas tendências
tecnológicas, traz um artigo escrito por Pascal Zachary sobre o
futuro dos negócios na Web. O autor, que também escreve para
o Wall Street Journal, vê um quadro desanimador."
O texto continua, transcrevendo as
declarações de Zachary: "Sou pessimista quanto a negócios
alicerçados unicamente na Web. Os próximos anos assistirão
ao naufrágio de muitos deles. Companhias virtuais falidas e ações
da rede sem valor algum devem assinalar o fim de uma era, ao mesmo tempo
que negócios não virtuais bem administrados aproveitarão
as vantagens do e-commerce, independente do rumo que este tome."
Mário Persona prossegue em
seu comentário: "Creio que, se isto acontecer, será por ainda
existir espaço para se vender sonhos na Web. Com todo o entusiasmo
gerado por empresas de sucesso Internet - na verdade muitas delas fazem
mais sucesso na bolsa do que nas vendas - os investidores se tornaram receptivos
a projetos que tenham um [.com] no nome.
"Mas muitos deles, hoje ávidos
pelo lucro rápido e fácil, terão uma surpresa quando
descobrirem que investiram em negócios sem qualquer conteúdo
palpável. Me faz recordar um bolinho de camarão que comprei
em um bar quando estudava em Santos. Na vitrine, o bolinho era enorme.
De um lado saía a cabeça do camarão e do outro o rabo.
Quando mordi o meio, só havia massa."
É com bolinhos assim que se
vai (des)fazendo a fama de uma cidade... Valeria até uma reflexão
sobre as conseqüências negativas a longo prazo dessa tendência
de lucro imediatista de parte do empresariado. Da mesma forma como o colunista
não esqueceu o bolinho santista, e - a exemplo da tradicional estatística
do cliente insatisfeito versus cliente satisfeito - anos depois ainda comenta
como foi mal atendido, quantos outros não estarão falando,
mundo afora, dos aspectos negativos da cidade, e assim anulando os (raros)
esforços de atração de negócios e riquezas
para a região...
Voto eletrônico – Já
está sendo reconhecida no Congresso Nacional e na comunidade científica,
bem como nos meios militares, a necessidade de mudanças nos requisitos
de segurança das urnas eletrônicas usadas nas eleições.
Embora já não haja tempo para introduzir mudanças
nos equipamentos a serem usados nas eleições dos próximos
anos, elas deverão ser incorporadas já nas eleições
seguintes.
A campanha para a correção
nas falhas de segurança foi iniciada em Santos pelo engenheiro Amilcar
Brunazo Filho e divulgada pela primeira vez na edição de
Informática de 15/10/1996.
Segundo ele, há pelo menos dois pontos básicos: faltam garantias
contra uma fraude no programa de computador que desvie parte dos votos
para um dos candidatos, e contra a possibilidade de se identificar em quem
o eleitor votou (como o número de seu título eleitoral é
colocado na urna para liberar a votação, é simples
cruzar os dados da votação com os números dos títulos
e assim saber em quem o eleitor votou, o que quebra um preceito constitucional,
o sigilo do voto).
Durante debate ocorrido nos
últimos dias em dependências do Instituto Tecnológico
da Aeronáutica, em São José dos Campos (SP), as comunidades
científica e militar puderam perceber claramente as dúvidas
apresentadas, concordando com a necessidade de se mudar o processo. Ao
mesmo tempo, em Brasília, os senadores votaram favoravelmente às
mudanças pleiteadas, na semana passada.
Agora, as empresas que participaram
das concorrências para a confecção das urnas eletrônicas
serão convidadas a apresentarem protótipos de equipamentos
adequados às novas exigências de segurança. Curiosamente,
o Tribunal Superior Eleitoral, que deveria ser o primeiro a zelar pelo
sigilo do voto e pela lisura nos processos eleitorais, tem fugido aos debates
e aos esclarecimentos solicitados...
Vírus – Se você
receber alguma mensagem circular com alerta de vírus, citando "nós
da IBM" ou de outra empresa conceituada de informática e pedindo
que você a retransmita "para quantas pessoas puder", simplesmente
ignore: é falsa. Ninguém da IBM, da Sun ou da Microsoft sai
por aí dizendo para você enviar mensagens para os outros.
Creia, se um dia eles resolverem fazer um alerta, simplesmente reúnem
a imprensa, comunicam o fato e horas depois você vai ficar sabendo
por televisão, rádio, jornais e revistas.
Mais: não existe vírus
impossível de ser detectado (se assim fosse, o próprio autor
do alerta não poderia detectá-lo...). Colabore para a limpeza
das caixas postais eletrônicas: mande tal mensagem diretamente para
a lata de lixo, que é o lugar dela! |