Windows 64 bits – O sistema operacional Windows de 64 bits já está rodando em sistemas protótipo de engenharia baseados no processador Merced da Intel, conforme anúncio conjunto de Intel e Microsoft no Intel Developer Forum, realizado dia 31/8/1999 em Palm Springs, na Califórnia. Combinando a escalabilidade extensiva de multiprocessamento do chip Merced (com poderosas extensões de ponto flutuante e instruções específicas de mutimídia), a alta disponibilidade e o suporte a mais memória do Windows de 64 bits, essas soluções, segundo as duas empresas, atenderão às necessidades mais exigentes das empresas digitais, como comércio eletrônico, compilação de dados, gráficos que utilizam memória intensamente, matemática complexa e aplicações de multimídia de alto desempenho. O processador será lançado no ano 2000.

O sistema operacional de 64 bits da Microsoft manterá compatibilidade com as atuais aplicações, pois tanto a família Windows 2000 de 32 bits quanto o novo sistema usam um código fonte comum e compartilham o mesmo modelo de programação. Desenvolvedores de aplicações já podem tirar proveito das novas características usando o Windows 2000 Software Developer Kit (SDK) e Windows 2000 Devide Driver Kit (DDK), e as aplicações codificadas com as atuais versões desses kits podem ser facilmente recompiladas para rodar no ambiente de 64 bits, devido à compatibilidade de código-fonte, segundo as empresas. A Microsoft se comprometeu a liberar uma versão beta do Windows-64 bits no próximo semestre e pretende lançar a verão comercial junto com a disponibilização comercial do Merced, também em 2000.

USB veloz – No mesmo congresso, foi anunciada uma revisão para mais na meta de velocidade a ser atingida na passagem de dados da segunda versão do Universal Serial Bus (USB). O USB 2.0 Promoter Group (formado por Compaq, HP, Intel, Lucent, Microsoft, Nec e Philips) informou que ela será duas ou três vezes mais alta que os 120 a 240 megabits por segundo previstos em 2/1999. O produto - que em tese poderá registrar velocidade 60 vezes maior que a especificação USB 1.1 atualmente comercializada - deve ser lançado em 10/1999, durante a USB 2.0 Developer Conference em San Diego, na Califórnia. Um ano depois, chegarão ao mercado os primeiros sistemas e periféricos a aproveitarem essas novas capacidades. 

Briga pelo grátis – Não bastavam os custos crescentes de prover acesso à Internet - cada vez mais o acesso é ilimitado, e com isso o uso aumenta (exigindo sofisticar a tecnologia de comunicações para oferecer maior largura de banda na transmissão de dados), mas a remuneração (assinatura) diminui em função da concorrência. Agora, na Inglaterra, a briga é para ver quem oferece mais Internet de graça aos usuários.

É que está mudando o enfoque. A tendência, agora, é buscar remuneração através da hospedagem de páginas e atração de publicidade através da maior oferta de conteúdo editorial, de preferência para que o internauta nem precise buscar informações fora do provedor. É o que a America On Line vem fazendo nos Estados Unidos e agora pretende fazer na Inglaterra, ao oferecer acesso gratuito.

Enquanto isso, cresce no Primeiro Mundo a oferta de computadores completos de graça para quem aceitar que parte da tela do monitor (de 17 polegadas) seja ocupada por publicidade, ficando as 14 polegadas normais para uso normal. Como diria Marta Rocha, aquelas polegadas a mais fazem toda a diferença...

Alerta – Circula pelas listas de e-mail da região o alerta: se o internauta receber e-mail com aviso de que há um cartão animado chamado Night Kiss à sua espera, de um site denominado Kiss Card, não deve fazer o download do cartão nem executar o arquivo baixado chamado My Kiss, muito menos aceitar algum cookie desse site.

Trata-se, segundo a mensagem, de um site hacker que usa cartões animados com musiquinhas para infectar o computador com os vírus Troj Bosniff, Troj Boserver e Troj Boclient. P.S.: pode ser armação de algum concorrente, mas...

Piratas da Web – Já dizia o velho deitado, tão velho que nem se levanta mais: nem tudo que reluz é ouro. Portanto, desconfie também do que aparece na tela de seu computador, ao navegar pela Internet. Já é comum alguém registrar como seu um domínio que possa ser depois  vendido a uma empresa, organização ou político. 

Por exemplo, quando a primeira dama norte-americana começou a pensar em seu futuro político, descobriu que o domínio Hillary2000 já está registrado na Web por uma ninharia, por alguém mais esperto que agora pretende faturar alguns milhões (de dólares...). Pior é a Casa Branca: quem errar o endereço oficial vai parar num site de sexo.

Mas, há um outro risco que Buguinho adivinha, e pode se tornar um problema para certas empresas: como os navegadores Web agora permitem o uso de frames, poderemos ter em breve alguém fazendo "capas" e "molduras" para sites, à revelia dos donos originais. Por exemplo, imagine uma empresa criar site com nome suficientemente parecido com o de uma concorrente, um dos frames ser realmente da concorrente mas o outro, com alertas tipo "clique aqui para contato e para comprar" ser dessa empresa sacana. Você passeia pelo frame da empresa-vítima, escolhe o produto e depois clica no frame da empresa-pirata para a encomenda. Quando o produto encomendado não chega, mas já foi descontado de sua conta, você reclama com a empresa-vítima, que não vai entender nada, pois na realidade você nunca fez contato com ela.

E imagine um site em que você vê a cara do presidente candidato à reeleição mas ao clicar no frame que supostamente leva à página com suas propostas de ação, vê uma declaração de que o sisudo candidato pretende liberar geral em termos de sexo, drogas & rock'in'roll...

Incrível, impossível? Veremos...