ECR é a sigla do inglês Efficient Consumer Response, que significa Resposta Eficiente ao Consumidor. O termo surgiu em 1992 nos Estados Unidos, onde se estima o sistema tenha propiciado economia superior a US$ 30 bilhões, em toda a cadeia de suprimentos.

No Brasil, o conceito de ECR começou a sair do papel em 1997, quando foi fundada a Associação ECR Brasil. A entidade iniciou suas atividades com 22 indústrias e 22 empresas do varejo e do atacado associadas. Atualmente, é presidida por José Simão Filho, do Grupo Pão de Açúcar, representando o atacado e varejo, e Orivaldo Gallasso, do lado da indústria. Conta hoje com quase 90 associados, entre as maiores indústrias e empresas do varejo e do atacado nacionais, bem como bancos, transportadoras, consultorias e prestadores de serviços.

Atualmente, 30% da cadeia nacional de abastecimento já aderiu à ECR, gerando economia de US$ 1,5 bilhão. Tomando como base um mercado de US$ 46,59 bilhões (segundo o ranking da Associação Brasileira de Supermercados - Abras), o potencial de redução de custos da ECR no Brasil é de US$ 4,5 bilhões, com diminuição de 10% no preço final dos produtos adquiridos pelos consumidores.

A entidade conta ainda com o apoio de entidades como Abras, Associação brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Associação brasileira da Indústria Alimentícia (Abia), Associação Brasileira das Indústrias de Higiene, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e Associação Brasileira de Automação Comercial (EAN Brasil).

O que é – A ECR é uma grande aliança entre indústrias e supermercadistas, na qual os distribuidores e fornecedores trabalham em conjunto para proporcionar maior valor ao consumidor. Com isso, o maior desafio da ECR é tornar a cadeia de distribuição mais ágil, reduzindo o custo total do sistema, estoques e bens físicos, proporcionando ao consumidor a possibilidade de escolher produtos mais frescos, na hora certa, no lugar certo e com maior qualidade.

Existem alguns princípios básicos: em primeiro lugar, a ECR se preocupa em redesenhar os processos comerciais, a fim de torná-los eficientes e, em seguida, automatizá-los ao menor custo possível, buscando a redução do desperdício de tempo e dinheiro. Mais do que isso, a Resposta Eficiente ao Consumidor só tem sucesso se tiver como metas estes quatro pontos:

A ECR deve ser conduzida por líderes extremamente comprometidos em estabelecer alianças lucrativas tipo ganha/ganha, colocando uma pá de cal no velho paradigma do ganha/perde.

Todas as informações devem ser rápidas e precisas, com o objetivo de dar apoio a decisões efetivas de marketing, produção e logística As informações devem, ainda, transitar externamente entre os parceiros, via EDI (electronic data interchange, troca eletrônica de dados), eliminando a papelada e tornando o processo menos burocrático.

Os produtos devem fluir com a maximização dos processos de adição de valor desde a produção/embalagem até a sacola do consumidor, bem como assegurar que o produto certo esteja disponível na hora certa.

Uma medida de desempenho e sistemas de recompensa consistentes, direcionados para a eficiência de todo o processo.

Veja mais:
ECR chega às pequenas e médias empresas e tem palestra hoje em Santos