VÍRUS
Papa e Melissa iniciam ataque em
massa, mas já existe proteção para os PCs
Velocidade das contaminações
só é superada pela da criação da vacina
Embora
surpreendam pela espantosa velocidade de replicação, com
registros de sua presença em cinco continentes em menos de 16 horas,
os dois vírus de computador lançados no final de 3/1999,
Papa e Melissa, tiveram resposta imediata das principais empresas produtoras
de vacinas, a Trend Micro e a Network Associates: em menos de 24 horas,
os antivírus já estavam disponíveis em seus sites
na Internet.
Descoberto no dia 30/3, o vírus
de macro Papa, que ataca as planilhas do MS Excel, foi analisado pelos
pesquisadores da Trend Micro
em trabalho ininterrupto, e 24 horas depois a empresa colocou na Internet
o alerta e a vacina, em sua página. Mesmo quem não esteja
usando o software da Trend Micro pode tirar proveito do serviço
de rastreamento on-line gratuito HouseCall, para a detecção
e limpeza do vírus Papa em seu computador.
O Papa tem características
semelhantes ao Melissa (descoberto dia 26/3), e em sua primeira versão
continha um bug que dificultou sua replicação. Porém,
a nova versão do Papa já não contém esse bug,
podendo assim causar grandes estragos, como derrubar a rede inteira de
uma empresa, segundo a Trend Micro. Enquanto o Melissa se replica para
os primeiros 50 endereços da lista de e-mails do usuário,
o Papa está programado para replicar por 60 endereços.
Denominado oficialmente W97M_Melissa,
o vírus infecta documentos tanto do Word 97 quanto do Word 2000,
acessa o Address Book do Microsoft Outlook do usuário para se auto-replicar,
como um auto-spam, para as diversas listas de endereços de
e-mail
que lá encontrar.
Ele altera o Registro do Windows,
desativando a proteção contra macros do Word. Então,
se o Outlook estiver presente no sistema, ele passa a enviar e-mails
para os endereços listados, com o assunto "Important Message from
[nome do remetente]". O corpo da mensagem vem com o seguinte texto: "Here
is the document you asked for... don't show anyone else:-)".
Anexado ao e-mail, há
o arquivo [LIST.DOC], que contém uma lista de sites pornográficos.
Se esse arquivo for aberto, causará a contaminação
no micro. Portanto, em hipótese alguma o usuário deve abrir
esse arquivo anexado, deve simplesmente remover a mensagem.
Avert – Também o laboratório
Anti-virus
Emergency Response Team (Avert)
da Network Associates, responsável pelo anti-vírus VirusScan,
apresentou resposta imediata em seu site Web. Sobre o vírus Papa
e a versão Papa-B, explica que o usuário recebe um e-mail
com o assunto "Urgent info inside. Disregard macro warning" e o
arquivo anexo [PASS.XLS], funcionando de forma semelhante ao Melissa.
Usuários da versão
4 do VirusScan precisarão atualizar o apenas o arquivo de dados
(DAT) de vírus através da Internet, enquanto quem usa versões
anteriores precisará atualizar o próprio programa anti-vírus.
Mas é possível também fazer o escaneamento do micro
on-line,
a partir da página do Avert. |