Assunto para eletricistas, mas que os leigos também deveriam dominar - pois afeta seus bolsos - é o controle da ligação dos equipamentos elétricos em fases diferentes. Jorge sintetiza: se todos os equipamentos forem ligados numa fase elétrica, há um desperdício de energia na outra fase, daí a importância de se balancear as cargas elétricas entre as três fases quando se usa energia trifásica. 

Para que os tradicionais proprietários lusos de padarias pensem: os fornos elétricos e balcões frigoríficos que usam geralmente são monofásicos: embora as panificadoras usem rede trifásica, é comum encontrar esses equipamentos ligados na mesma fase. 

Com o balanceamento de fases e um controle que gerencie as partidas dos compressores (no caso dos balcões refrigerados) de forma a evitar que elas ocorram ao mesmo tempo, a fiação elétrica esquentaria menos, evitando-se uma perda de calor na fiação que chega a 6% do consumo elétrico. E se os radiadores desses balcões usassem água para a troca de calor, obteriam um rendimento dez vezes melhor. Corrigindo-se esses erros de instalação, os proprietários das padarias poderiam viajar a Portugal duas vezes por ano, só com a economia feita na energia elétrica... 

Da mesma forma, os proprietários de hotéis podem ir pensando na adequação de suas instalações de ar condicionado, que também são geralmente monofásicas, em vez de trifásicas. Nem é preciso dizer que os ambientalistas agradeceriam bastante pela economia de energia, que poderia evitar até a construção de novas hidrelétricas. 

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