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*Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 9/3/1999.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/07/00 14:08:51
TELEFONIA
Site brasileiro conta a história do telefone 

Página também dá sugestões para resolver problemas com o aparelho

Não usar o telefone durante tempestades com raios (o autor teve experiência pessoal disso, levando um choque acústico no ouvido), como economizar impulsos telefônicos no uso da Internet e como reparar vários problemas da instalação telefônica são algumas das dicas oferecidas pela empresa paulistana 2WS. O site dessa empresa de produtos e serviços de telefonia também apresenta a história do telefone no Brasil.

Segundo o leitor Edel de Araújo Gomes Filho, da Nobre Vidros (que enviou a sugestão para Informática visitar a página), a história do telefone é um assunto difícil de encontrar na Internet, pelo menos em nosso idioma. Uma das poucas alternativas, aliás, é a excelente série de páginas da Embratel sobre o assunto - lembrando inclusive as pesquisas do padre Landell de Moura, que em 1894, em São Paulo, conseguia transmitir sinais a oito quilômetros de distância, sendo considerado o precursor do telégrafo e do telefone sem fio -, ou então sites internacionais (em inglês) como o da União Internacional de Telecomunicações, citado na matéria sobre telegrafia Morse.

Telégrafo harmônico – Aliás, é curiosa a pesquisa que resultou na invenção do telefone. Nas páginas da 2WS é relatado que Alexandre Graham Bell tentava aperfeiçoar o telégrafo para a transmissão de mais de duas mensagens simultâneas pelo mesmo fio, seguindo a teoria de um diapasão que permitisse transmitir de seis a oito mensagens sincrônicas por esse fio, chamando-o de telégrafo harmônico.

Durante suas experiências, Bell procurou ajuda para fabricação das peças de que necessitava, indo à loja de artigos elétricos de Charles Willians Junior, que só era menor que a Western Electric, de Chicago. Foi destacado para lhe dar assistência Thomas A.Watson, que além de se tornar grande amigo de Bell, foi destacado colaborador.

Na noite de 2 de junho de 1875, ambos faziam novas tentativas com o telégrafo: Watson operava os transmissores, fazendo com que, um a um, soltassem um "lamento" e Bell, em outra sala, ia afinando as cordas dos receptores, graduando-lhes o som por meio de parafusos. 

Súbito, Watson, ao experimentar a corda de um transmissor, puxou-a com mais força e largou-a; como a palheta, no receptor, havia sido apertada muito forte, ocasionou um som totalmente distinto dos até então ouvidos. Bell, experiente, notou a diferença e percebeu que a corrente induzida possuía força suficiente para uso prático. Era o que ele procurava: uma corrente elétrica que variasse de intensidade do mesmo modo que o ar varia de densidade, transmitindo sons audíveis dentro de um certo espaço da corda do receptor.

"O incidente - continua o relato da 2WS - veio demonstrar que o complicado aparelho que Bell imaginara para produzir uma corrente variável em intensidade era desnecessário, pois ali estava um mecanismo extremamente simples, revelando que o mesmo resultado poderia ser obtido de maneira mais fácil. Bell então deu a Watson a incumbência de construir o primeiro aparelho elétrico para transmissão da voz. Morria, em definitivo, para Bell, o telégrafo harmônico".

Em 14/2/1876 Bell solicitou o registro do telefone, apenas duas horas antes de um então desconhecido concorrente, Lisha Gray, solicitar a mesma patente. Ela foi concedida a Bell em 7 de março daquele ano e, três dias depois, um novo acidente auxiliou as pesquisas: "Bell havia derrubado um pouco de ácido na roupa ao limpar a bateria e disse, com simplicidade: 'Sr. Watson, venha cá. Eu preciso de você'... Na outra sala, junto ao outro aparelho, a frase chegou a Watson, límpida e completa. Era a primeira vez que uma frase inteira, sem interrupção, chegava ao outro lado."