Desde o dia 5/2/1999, o maior e mais avançado cabo de fibra ótica da região já está interligando as Américas, permitindo a ampliação de diversos serviços de telecomunicações já existentes e a criação de novos produtos no setor que aproveitem a maior banda de comunicação agora disponível pelo Cabo Pan-Americano de Fibra Ótica. Maior investidora norte-americana nesse meio de comunicação, a MCI WorldCom (que no ano passado adquiriu o controle acionário da Embratel) está ampliando o seu serviço Internet de banda larga e de acesso de dados na América Latina.

O cabo oferece, pela primeira vez, serviços de fibra ótica submarina para as costas Norte e Oeste da América do Sul, indo das Ilhas Virgens norte-americanas até Aruba, Venezuela, Colômbia, Panamá, Equador, Peru e Chile. É considerado o mais avançado cabo desse tipo existente na região, devendo reduzir os custos das empresas prestadoras de serviços, que até então dependiam de onerosas rotas de satélite. O tráfego local entre os países das Américas do Sul e Central será iniciado no dia 15/2/1999.

"O fato de sermos o maior investidor norte-americano no sistema de cabo pan-americano demonstra compromisso com nossos clientes", disse Seth Blumenfeld, presidente da MCI WorldCom International Services and Correspondent. Segundo ele, o novo cabo permite que a MCI WorldCom amplie os benefícios de sua estratégia  On-Net, estendendo o alcance das facilidades da rede de sua propriedade, ou que está sob seu controle, até os crescentes mercados de telecomunicações das Américas do Sul e Central.

Benefícios – O novo cabo permite maior capacidade e velocidade, melhor qualidade dos serviços e a introdução de novidades, como o Serviço Internacional de Linha Privada através de fibra ótica, Comutação de Voz, Frame-Relay Global, Serviço 64 Comutado, serviços comutados de banda larga e Internet de banda larga e de acesso de dados. Além disso, os clientes contarão com maior confiabilidade de rede e recuperação virtualmente instantânea.

Os outros parceiros da MCI no Cabo Pan-Americano são, pela ordem de seus investimentos, a Telefónica de Peru, a Telecom Italia, a Andiantel, a Pacifictel do Equador, a venezuelana CanTV e a Telecom Colômbia. A MCI WorldCom de Venezuela e a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel) também são investidoras no cabo. A Embratel usará o cabo para estender sua rede de fibra internacional até países da costa do Pacífico localizados na América do Sul.

Características – O novo cabo é um sistema constituído de rota direta e derivações funcionando em uma configuração de "anel interno de proteção", o que permite a auto-recuperação do sistema. Este é o primeiro cabo internacional ampliável na América do Sul, utilizando o protocolo SDH (Hierarquia Digital Síncrona), equipado para oferecer capacidade de voz, dados e vídeo de 2,5 gigabits/segundo na fase inicial, o que equivale a 60.480 canais únicos de voz. O cabo tem 7 mil quilômetros (cerca de 4.354 milhas) de extensão e custou aproximadamente US$ 214 milhões.

A MCI WorldCom é a maior empresa norte-americana operadora de telefonia fixa na América Latina, tendo 21 escritórios espalhados por 17 países, além de alianças, joint-ventures, importantes investimentos e subsidiárias em toda a região. No México, a empresa tem a Avantel, uma joint-venture com a Banacci; na Venezuela, possui uma subsidiária inteiramente controlada por ela, a MCI WorldCom de Venezuela. No Brasil, possui o controle acionário da Embratel. Em toda a América Latina, a MCI possui joint-ventures com a Telefónica, que é a maior empresa operadora internacional da região. 

Como empresa de comunicações globais, a MCI tem receita superior a US$ 30 bilhões, proveniente de operações em cerca de 65 países, abrangendo as regiões das Américas, da Europa e da Ásia/Pacífico. Suas redes globais, incluindo a moderníssima rede pan-européia e os seus sistemas de cabo transoceânico, oferecem conectividade fim-a-fim de alta capacidade para pais de 38 mil prédios em todo o mundo.