REDES
Algumas reflexões sobre o
Windows NT
A escolha do software acaba
sendo feita sem análise ponderada
Paulo César Fernandes (*)
Colaborador
Os últimos
anos têm sido de afirmação do Windows NT como software
de rede. Empresas como a Tandem, hoje da Compaq, e mesmo a Oracle, têm
procurado aderir a este padrão, no intuito de ampliar suas possibilidades
de penetração no mercado.
O que se vê, no entanto, em
algumas empresas, é a opção pelo produto sem antes
se preocupar com o necessário planejamento da rede. Sem saber, em
alguns casos, se este realmente se adequa às suas reais necessidades.
Decisões acabam sendo tomadas
no escuro, na emoção de um artigo de revista, de alguém
dizer que é bom, sem que haja uma análise com as necessárias
ponderações.
Decisão correta – A
meu juízo, a opção pelo NT é uma decisão
acertada. É um produto de amplas possibilidades, e mais, flexibilidade.
Uma plataforma sólida e segura. O problema maior que podemos encontrar
é a ausência de um planejamento preliminar, a tal ponto necessário
que a Microsoft dedica bom espaço de seus Books OnLine do
CD de instalação do Windows NT para esse assunto.
Antes da instalação
do produto, algumas questões devem ser levadas em consideração,
abarcando inclusive as políticas gerais da empresa ou organização.
Uma rede não diz respeito apenas à área técnica,
principalmente pelo fato de impactar, e deve impactar, todas as áreas
da empresa. É algo abrangente. Uma rede deve estar a serviço
do negócio, antes de tudo.
Dessa forma, as áreas da empresa
devem ser colocadas no papel, e o planejamento deve contemplar o estabelecimento
de diretrizes de ação no sentido de permitir que cada área,
cada micro, venha melhor contribuir para as finalidades da organização.
Nesse momento vem à tona
as especificidades de cada departamento, cada setor. A pessoa ou empresa
responsável pelo planejamento deve estar apta a fornecer possíveis
soluções para os problemas propostos.
Questões – O que se
vê, algumas vezes, é surgir uma série de questões
após o NT instalado, questões como:
O
RAS atende às nossas conexões remotas?
Crio
ou não crio um novo grupo para determinado departamento?
Devo
estabelecer uma política de segurança máxima e flexibilizar,
ou vou aos poucos restringindo o acesso?
Logicamente, nada é tão
trágico assim, e as empresas sempre chegam ao outro lado do rio.
Só que uma travessia sem percalços sempre agrada aos passageiros.
A questão do planejamento
acaba por ferir ferir a política do "prá ontem", vigente
em grande parte dos ambientes de trabalho. Por outro lado, no cômputo
geral, traz frutos salutares aos objetivos de qualquer organização
que busque se adequar ao momento econômico presente, em sua dinâmica
e competitividade.
(*) Paulo
César Fernandes () é analista de sistemas e participou
da implantação da intranet na Prefeitura Municipal de Santo
André, atuando como Coordenador de Programas I junto à Diretoria
de Informática. |