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Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 13/04/1999.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/07/00 14:06:11
REDES
Algumas reflexões sobre o Windows NT 

A escolha do software acaba sendo feita sem análise ponderada

Paulo César Fernandes (*)
Colaborador

Os últimos anos têm sido de afirmação do Windows NT como software de rede. Empresas como a Tandem, hoje da Compaq, e mesmo a Oracle, têm procurado aderir a este padrão, no intuito de ampliar suas possibilidades de penetração no mercado.
O que se vê, no entanto, em algumas empresas, é a opção pelo produto sem antes se preocupar com o necessário planejamento da rede. Sem saber, em alguns casos, se este realmente se adequa às suas reais necessidades.

Decisões acabam sendo tomadas no escuro, na emoção de um artigo de revista, de alguém dizer que é bom, sem que haja uma análise com as necessárias ponderações.

Decisão correta – A meu juízo, a opção pelo NT é uma decisão acertada. É um produto de amplas possibilidades, e mais, flexibilidade. Uma plataforma sólida e segura. O problema maior que podemos encontrar é a ausência de um planejamento preliminar, a tal ponto necessário que a Microsoft dedica bom espaço de seus Books OnLine do CD de instalação do Windows NT para esse assunto.

Antes da instalação do produto, algumas questões devem ser levadas em consideração, abarcando inclusive as políticas gerais da empresa ou organização. Uma rede não diz respeito apenas à área técnica, principalmente pelo fato de impactar, e deve impactar, todas as áreas da empresa. É algo abrangente. Uma rede deve estar a serviço do negócio, antes de tudo.

Dessa forma, as áreas da empresa devem ser colocadas no papel, e o planejamento deve contemplar o estabelecimento de diretrizes de ação no sentido de permitir que cada área, cada micro, venha melhor contribuir para as finalidades da organização.
Nesse momento vem à tona as especificidades de cada departamento, cada setor. A pessoa ou empresa responsável pelo planejamento deve estar apta a fornecer possíveis soluções para os problemas propostos.

Questões – O que se vê, algumas vezes, é surgir uma série de questões após o NT instalado, questões como:

O RAS atende às nossas conexões remotas?
Crio ou não crio um novo grupo para determinado departamento?
Devo estabelecer uma política de segurança máxima e flexibilizar, ou vou aos poucos restringindo o acesso?

Logicamente, nada é tão trágico assim, e as empresas sempre chegam ao outro lado do rio. Só que uma travessia sem percalços sempre agrada aos passageiros.
A questão do planejamento acaba por ferir ferir a política do "prá ontem", vigente em grande parte dos ambientes de trabalho. Por outro lado, no cômputo geral, traz frutos salutares aos objetivos de qualquer organização que busque se adequar ao momento econômico presente, em sua dinâmica e competitividade.

(*) Paulo César Fernandes () é analista de sistemas e participou da implantação da intranet na Prefeitura Municipal de Santo André, atuando como Coordenador de Programas I junto à Diretoria de Informática.