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*Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 19/1/1999.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/07/00 14:05:38
ESPECIALIZAÇÃO
Nova tendência é a capacitação profissional através do fabricante 

Muitas escolas criaram cursos oportunistas de informática

Enilson Moraes Pestana (*)
Colaborador

Virou moda, todos falam em Capacitação Profissional como requisito número 1 para o País ser mais competitivo, faz parte do programa de governo de Fernando Henrique Cardoso, de candidatos ao governo do estado de São Paulo, e até de alguns candidatos a deputado federal. Desde que o presidente americano Bill Clinton esteve no Brasil e liberou uma verba fantástica para esta área, todos falam deste tema.

Mas, o que existe de concreto, o que foi finalizado, ou melhor, o que existe de fato para atender esta necessidade? A nova lei de Diretrizes do MEC rachou o curso de segundo grau, permitindo a criação da especialização, mas com que efeito? Muitas escolas, envolvidas com o espírito de puro oportunismo, criaram cursos “técnicos de informática”. Tivemos a oportunidade de conhecer alguns destes “cursos de especialização” e constatamos que estão mais uma vez pensando apenas nas mensalidades escolares.

O objetivo desta elogiável atitude do MEC é que o aluno seja preparado para entrar no mercado de trabalho, mas, infelizmente, por falta de conhecimento de mercado e por puro oportunismo de alguns, o aluno recebe apenas um banho de tecnologia digna de ser aplicada no computador “Patinho Feio” dos anos 70.

Agregada a esta realidade, que não é nova, temos a postura da grande maioria de empresas que, em nome de um novo conceito de empregabilidade, deixaram de investir em treinamento profissional. Com a crise dos últimos anos e maior nos últimos meses, se havia exceção, virou regra, pois a maioria das empresas deixou de investir na reciclagem de seus funcionários.

Esta é uma atitude errada, pois, quanto maior a crise, maior a necessidade de concentrar atividades nos funcionários e, para isso, precisam estar treinados; caso contrário, aumentarão os custos com a contratação de serviços externos.
Tanto isto é fato, que as receitas em serviços de suporte técnico, para resolver problemas em ambientes de redes, aumentaram desde o mês de 8/1998, inclusive o número de contratos de suporte.

Concentração – Outro fato interessante é que, devido à falta de investimento das empresas no treinamento de seu pessoal, o poder da informação técnica tem ficado restrito a um grupo pequeno de profissionais. Conseqüentemente, este pessoal passou a ter maior valorização no mercado, onde as empresas tem tido dificuldade em mantê-los em seus quadros, com a inflação de seus salários.

A falta de investimento no treinamento de pessoal + crescimento dos salários dos administradores de redes + crise do mercado financeiro = aumento da demanda de suporte técnico e aumento dos custos destes serviços.

Quem perde com isso são as próprias empresas, pois pagam um preço maior para manterem seus ambientes estáveis, e quem ganha com isso são os profissionais que estão sabendo aproveitar esta oportunidade.

Assim, com o fim do velho conceito de empregabilidade, cada vez mais cabe ao profissional fazer um alto investimento em sua carreira; assim, ficará mais competitivo e mais valorizado.

É isto que temos mostrado  ao mercado, através de dezenas de palestras, a milhares de alunos universitários.

As empresas não investem e não mais investirão como antes faziam em treinamento. Cada vez mais, o profissional terá que assumir estes custos e consequentemente conquistará diferenciais importantes no competitivo mercado de trabalho.

Foi dentro desta situação que a Inbras decidiu investir no interior do Brasil, levando a estrutura educacional a localidades como Cooxupé, que tem pouco acesso a ensino do nível que o mercado exige.

Interiorização – A Inbras lidera o segmento de treinamento em Network Computing na América Latina. Estamos trazendo para Cooxupé, através da faculdade, os programas de capacitação profissional da Novell, Microsoft e InfiLearning. As aulas serão ministradas na própria faculdade, no período noturno ou aos sábados. 

Nestes programas, o aluno obterá uma certificação profissional como especialista em Redes de Computadores da Novell e/ou da Microsoft. O aluno terá três opções para escolher:

A primeira é a certificação da Novell, onde o aluno recebe o titulo de Certified Novell Administrator (CNA), e para isso precisa fazer um curso de 40 horas e fazer um teste.

A segunda é a certificação da Microsoft, onde o aluno recebe o titulo de Microsoft Certified Professional (MCP), e necessita assistir a um treinamento de 40 horas e fazer um teste, também.

A terceira é a certificação em Cabling Professional, onde o aluno se especializa na área de Cabeamento Ótico e Metálico, e para isso tem também um treinamento de 40 horas.

Estas certificações são fornecidas pela indústria. Por isso, são reconhecidas mundialmente, pois o mesmo treinamento que o aluno tem neste programa, no Brasil, é aplicado em qualquer parte do planeta, usando o mesmo material. O aluno poderá escolher uma das especializações, e para ingressar nestes cursos o requisito é apenas o conhecimento básico de informática como o Windows 3.11 ou a versão 95.

(*) Enilson Moraes Pestana é diretor-presidente da Inbras centro Educacional. Os interessados em maiores detalhes podem obter informações pelo e-mail.

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