ESPECIALIZAÇÃO
Nova tendência é a
capacitação profissional através do fabricante
Muitas escolas criaram cursos
oportunistas de informática
Enilson Moraes Pestana (*)
Colaborador
Virou
moda, todos falam em Capacitação Profissional como requisito
número 1 para o País ser mais competitivo, faz parte do programa
de governo de Fernando Henrique Cardoso, de candidatos ao governo do estado
de São Paulo, e até de alguns candidatos a deputado federal.
Desde que o presidente americano Bill Clinton esteve no Brasil e liberou
uma verba fantástica para esta área, todos falam deste tema.
Mas, o que existe de concreto, o
que foi finalizado, ou melhor, o que existe de fato para atender esta necessidade?
A nova lei de Diretrizes do MEC rachou o curso de segundo grau, permitindo
a criação da especialização, mas com que efeito?
Muitas escolas, envolvidas com o espírito de puro oportunismo, criaram
cursos “técnicos de informática”. Tivemos a oportunidade
de conhecer alguns destes “cursos de especialização” e constatamos
que estão mais uma vez pensando apenas nas mensalidades escolares.
O objetivo desta elogiável
atitude do MEC é que o aluno seja preparado para entrar no mercado
de trabalho, mas, infelizmente, por falta de conhecimento de mercado e
por puro oportunismo de alguns, o aluno recebe apenas um banho de tecnologia
digna de ser aplicada no computador “Patinho Feio” dos anos 70.
Agregada a esta realidade, que não
é nova, temos a postura da grande maioria de empresas que, em nome
de um novo conceito de empregabilidade, deixaram de investir em treinamento
profissional. Com a crise dos últimos anos e maior nos últimos
meses, se havia exceção, virou regra, pois a maioria das
empresas deixou de investir na reciclagem de seus funcionários.
Esta é uma atitude errada,
pois, quanto maior a crise, maior a necessidade de concentrar atividades
nos funcionários e, para isso, precisam estar treinados; caso contrário,
aumentarão os custos com a contratação de serviços
externos.
Tanto isto é fato, que as
receitas em serviços de suporte técnico, para resolver problemas
em ambientes de redes, aumentaram desde o mês de 8/1998, inclusive
o número de contratos de suporte.
Concentração
– Outro fato interessante é que, devido à falta de investimento
das empresas no treinamento de seu pessoal, o poder da informação
técnica tem ficado restrito a um grupo pequeno de profissionais.
Conseqüentemente, este pessoal passou a ter maior valorização
no mercado, onde as empresas tem tido dificuldade em mantê-los em
seus quadros, com a inflação de seus salários.
A falta de investimento no treinamento
de pessoal + crescimento dos salários dos administradores de redes
+ crise do mercado financeiro = aumento da demanda de suporte técnico
e aumento dos custos destes serviços.
Quem perde com isso são as
próprias empresas, pois pagam um preço maior para manterem
seus ambientes estáveis, e quem ganha com isso são os profissionais
que estão sabendo aproveitar esta oportunidade.
Assim, com o fim do velho conceito
de empregabilidade, cada vez mais cabe ao profissional fazer um alto investimento
em sua carreira; assim, ficará mais competitivo e mais valorizado.
É isto que temos mostrado
ao mercado, através de dezenas de palestras, a milhares de alunos
universitários.
As empresas não investem e
não mais investirão como antes faziam em treinamento. Cada
vez mais, o profissional terá que assumir estes custos e consequentemente
conquistará diferenciais importantes no competitivo mercado de trabalho.
Foi dentro desta situação
que a Inbras decidiu investir no interior do Brasil, levando a estrutura
educacional a localidades como Cooxupé, que tem pouco acesso a ensino
do nível que o mercado exige.
Interiorização
– A Inbras lidera o segmento de treinamento em Network Computing na América
Latina. Estamos trazendo para Cooxupé, através da faculdade,
os programas de capacitação profissional da Novell, Microsoft
e InfiLearning. As aulas serão ministradas na própria faculdade,
no período noturno ou aos sábados.
Nestes programas, o aluno obterá
uma certificação profissional como especialista em Redes
de Computadores da Novell e/ou da Microsoft. O aluno terá três
opções para escolher:
A
primeira é a certificação da Novell, onde o aluno
recebe o titulo de Certified Novell Administrator (CNA), e para isso precisa
fazer um curso de 40 horas e fazer um teste.
A
segunda é a certificação da Microsoft, onde o aluno
recebe o titulo de Microsoft Certified Professional (MCP), e necessita
assistir a um treinamento de 40 horas e fazer um teste, também.
A
terceira é a certificação em Cabling Professional,
onde o aluno se especializa na área de Cabeamento Ótico e
Metálico, e para isso tem também um treinamento de 40 horas.
Estas certificações
são fornecidas pela indústria. Por isso, são reconhecidas
mundialmente, pois o mesmo treinamento que o aluno tem neste programa,
no Brasil, é aplicado em qualquer parte do planeta, usando o mesmo
material. O aluno poderá escolher uma das especializações,
e para ingressar nestes cursos o requisito é apenas o conhecimento
básico de informática como o Windows 3.11 ou a versão
95.
(*) Enilson
Moraes Pestana é diretor-presidente da Inbras centro Educacional.
Os interessados em maiores detalhes podem obter informações
pelo e-mail.
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