PREVISÃO
Mercado de DVDs deve se consolidar
em 1999
Até dezembro, setor
deve ter evolução de 300% no Brasil
A oferta
de produtos disponibilizada pelos fabricantes do segmento de entretenimento
e eletroeletrônicos no final de 1998 demonstrou que o padrão
DVD é a grande aposta para 1999. Depois de um longo período
de espera, distribuidores de filmes (considerados fornecedores de conteúdo)
como a Columbia Tristar Home Vídeo e a Warner alavancaram esse nicho
com o lançamento de pacotes com 24 e 60 títulos, respectivamente,
para a denominada Zona 4 (que inclui o Brasil). Para fabricantes como Sonopress,
Philips e Gradiente, o DVD tem sucesso garantido. Segundo eles, até
o final do ano a evolução desse produto deve chegar a 300%,
correspondendo a uma movimentação de US$ 100 milhões
no mercado brasileiro.
Maior fabricante de CDs do Brasil,
com produção anual de 70 milhões de peças,
a Sonopress antecipou investimentos
de cerca de US$ 500 mil para atender esse mercado. Atenta aos principais
sinais de crescimento da nova demanda, a empresa adiantou a ampliação
de seu parque industrial com a chegada de duas máquinas alemãs
de fabricação de DVDs, o que a tornou a primeira empresa
brasileira a oferecer essa tecnologia.
Entre os fatores apontados para justificar
expectativas tão otimistas, consta a aceitação do
produto pelo mercado americano. No primeiro ano de comercialização
do cd-player nos Estados Unidos, as vendas giraram em torno de 50
mil peças, o que foi considerado um sucesso. Já o DVD, no
ano de lançamento, surpreendeu a indústria, atingindo cerca
de 700 mil unidades comercializadas, número que em menos de dois
anos chegou à casa dos 5 milhões, acompanhados pela disponibilização
de cerca de dois mil títulos.
Dias contados – No Brasil,
com expectativa inicial de vendas da ordem de 8 mil peças nos primeiros
três meses de comercialização, a Gradiente começou
a fabricação do DVD em outubro de 1998. "O videocassete tem
os dias contados", afirma Eduardo Toni, gerente de marketing da
empresa. Segundo ele, com o tempo o DVD será aperfeiçoado
e vai oferecer possibilidade de gravação, momento em que
provavelmente estará concorrendo em preço com o videocassete,
mas com o dobro de resolução.
Para Mário Manga, gerente
de marketing DVD para a América Latina da Philips, a nova tecnologia
vem de encontro à demanda por aparelhos eletroeletrônicos
com mais qualidade e capacidade. Ele acrescenta que este aparelho se destaca
por ser a tecnologia do futuro, oferecendo a convergência digital
(TV-áudio-vídeo). "Hoje não temos dúvida: o
DVD veio para ficar", afirma. |