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Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 19/1/1999.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/07/00 14:04:53
PREVISÃO
Mercado de DVDs deve se consolidar em 1999

Até dezembro, setor deve ter evolução de 300% no Brasil

A oferta de produtos disponibilizada pelos fabricantes do segmento de entretenimento e eletroeletrônicos no final de 1998 demonstrou que o padrão DVD é a grande aposta para 1999. Depois de um longo período de espera, distribuidores de filmes (considerados fornecedores de conteúdo) como a Columbia Tristar Home Vídeo e a Warner alavancaram esse nicho com o lançamento de pacotes com 24 e 60 títulos, respectivamente, para a denominada Zona 4 (que inclui o Brasil). Para fabricantes como Sonopress, Philips e Gradiente, o DVD tem sucesso garantido. Segundo eles, até o final do ano a evolução desse produto deve chegar a 300%, correspondendo a uma movimentação de US$ 100 milhões no mercado brasileiro.

Maior fabricante de CDs do Brasil, com produção anual de 70 milhões de peças, a Sonopress antecipou investimentos de cerca de US$ 500 mil para atender esse mercado. Atenta aos principais sinais de crescimento da nova demanda, a empresa adiantou a ampliação de seu parque industrial com a chegada de duas máquinas alemãs de fabricação de DVDs, o que a tornou a primeira empresa brasileira a oferecer essa tecnologia.

Entre os fatores apontados para justificar expectativas tão otimistas, consta a aceitação do produto pelo mercado americano. No primeiro ano de comercialização do cd-player nos Estados Unidos, as vendas giraram em torno de 50 mil peças, o que foi considerado um sucesso. Já o DVD, no ano de lançamento, surpreendeu a indústria, atingindo cerca de 700 mil unidades comercializadas, número que em menos de dois anos chegou à casa dos 5 milhões, acompanhados pela disponibilização de cerca de dois mil títulos.

Dias contados – No Brasil, com expectativa inicial de vendas da ordem de 8 mil peças nos primeiros três meses de comercialização, a Gradiente começou a fabricação do DVD em outubro de 1998. "O videocassete tem os dias contados", afirma Eduardo Toni, gerente de marketing da empresa. Segundo ele, com o tempo o DVD será aperfeiçoado e vai oferecer possibilidade de gravação, momento em que provavelmente estará concorrendo em preço com o videocassete, mas com o dobro de resolução.

Para Mário Manga, gerente de marketing DVD para a América Latina da Philips, a nova tecnologia vem de encontro à demanda por aparelhos eletroeletrônicos com mais qualidade e capacidade. Ele acrescenta que este aparelho se destaca por ser a tecnologia do futuro, oferecendo a convergência digital (TV-áudio-vídeo). "Hoje não temos dúvida: o DVD veio para ficar", afirma.