INFORMÁTICA PÚBLICA
Polícia paranaense usa notebooks
para segurança do trânsito
Projeto pioneiro automatiza
o atendimento a acidentes com vítimas
Com investimentos
iniciais da ordem de US$ 500 mil, a Polícia Militar do Paraná
finalizou a primeira etapa de um projeto pioneiro que automatiza o atendimento
a acidentes de trânsito com vítimas, o SOAT. A partir da cidade
de Curitiba, todos os policiais militares do Paraná contarão
com um sistema de gerenciamento de informações, desenvolvido
com as ferramentas Centura Team Developer, para registrar as ocorrências
de acidentes de trânsito com vítimas, munidos de notebooks.
Um dos benefícios imediatos
da informatização será a redução pela
metade do tempo de registro de ocorrências, que atualmente é
de 104 minutos. "Estes sistemas vão revolucionar o gerenciamento
de informações de trânsito da Polícia Militar",
explica o capitão Prates, do Batalhão de Trânsito de
Curitiba (BPTran).
Segundo o diretor-geral da Centura,
Carlos Klotz, a nova aplicação da PM de Curitiba poderá
funcionar como uma espécie de laboratório para que outras
instituições de serviços urbanos passem a encarar
o notebook, com banco de dados SQL Base, como uma ferramenta de uso diário.
A partir da introdução
do SOAT, o policial munido de notebook efetua todos os registros
no local do acidente e desenha o croqui. Ao término de cada período
de trabalho, os policiais retornam ao BPTran e conectam seus notebooks
ao servidor que atualiza as informações no banco de dados.
Em seguida, o usuário, com
apenas um clique num dos botões da tela de seu aplicativo, disponibiliza
o scanner, digitaliza e armazena o croqui referente ao registro.
Ou seja, o programa dispensa a necessidade de sair do sistema e acionar
o software do scanner para efetuar esta operação,
uma facilidade proporcionada pela tecnologia Centura, que suporta aplicações
externas atreladas aos seus sistemas.
Sem retrabalho – Antes da
implantação desse projeto, a rotina dos policiais para a
execução do Boletim de Ocorrência consistia em retrabalho.
O processo de registro de cada boletim implicava em escrever um rascunho
no local do acidente e desenhar um croqui. Ao final de cada dia, ao voltar
para o Batalhão, o policial precisava datilografar todas as ocorrências
já anotadas, anexar o croqui rascunhadoe assinar o boletim.
Além da redução
do tempo de registro, que por sua vez proporcionará melhor aproveitamento
da hora/homem da PM, de acordo com o capitão, quando o banco de
dados estiver pronto, a polícia contará com estatísticas
que lhe permitirão aperfeiçoar estratégias que visam
redução de acidentes.
"Hoje, nós dispomos do número
de acidentes num determinado ponto da cidade, mas não sabemos detalhes
referentes às condições nas quais ele ocorreu", analisa.
Segundo ele, o novo sistema também poderá disponibilizar
informações para entidades privadas como seguradoras. "Entre
outras inovações, teremos a lista de motoristas que já
se envolveram em acidentes de trânsito, constando a quantidade de
acidentes e os motivos", avisa. |