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*Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 29/12/1998.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/10/00 10:53:38
INFORMÁTICA PÚBLICA
Polícia paranaense usa notebooks para segurança do trânsito 

Projeto pioneiro automatiza o atendimento a acidentes com vítimas

Com investimentos iniciais da ordem de US$ 500 mil, a Polícia Militar do Paraná finalizou a primeira etapa de um projeto pioneiro que automatiza o atendimento a acidentes de trânsito com vítimas, o SOAT. A partir da cidade de Curitiba, todos os policiais militares do Paraná contarão com um sistema de gerenciamento de informações, desenvolvido com as ferramentas Centura Team Developer, para registrar as ocorrências de acidentes de trânsito com vítimas, munidos de notebooks

Um dos benefícios imediatos da informatização será a redução pela metade do tempo de registro de ocorrências, que atualmente é de 104 minutos. "Estes sistemas vão revolucionar o gerenciamento de informações de trânsito da Polícia Militar", explica o capitão Prates, do Batalhão de Trânsito de Curitiba (BPTran).

Segundo o diretor-geral da Centura, Carlos Klotz, a nova aplicação da PM de Curitiba poderá funcionar como uma espécie de laboratório para que outras instituições de serviços urbanos passem a encarar o notebook, com banco de dados SQL Base, como uma ferramenta de uso diário.

A partir da introdução do SOAT, o policial munido de notebook efetua todos os registros no local do acidente e desenha o croqui. Ao término de cada período de trabalho, os policiais retornam ao BPTran e conectam seus notebooks ao servidor que atualiza as informações no banco de dados. 

Em seguida, o usuário, com apenas um clique num dos botões da tela de seu aplicativo, disponibiliza o scanner, digitaliza e armazena o croqui referente ao registro. Ou seja, o programa dispensa a necessidade de sair do sistema e acionar o software do scanner para efetuar esta operação, uma facilidade proporcionada pela tecnologia Centura, que suporta aplicações externas atreladas aos seus sistemas.

Sem retrabalho – Antes da implantação desse projeto, a rotina dos policiais para a execução do Boletim de Ocorrência consistia em retrabalho. O processo de registro de cada boletim implicava em escrever um rascunho no local do acidente e desenhar um croqui. Ao final de cada dia, ao voltar para o Batalhão, o policial precisava datilografar todas as ocorrências já anotadas, anexar o croqui rascunhadoe assinar o boletim.

Além da redução do tempo de registro, que por sua vez proporcionará melhor aproveitamento da hora/homem da PM, de acordo com o capitão, quando o banco de dados estiver pronto, a polícia contará com estatísticas que lhe permitirão aperfeiçoar estratégias que visam redução de acidentes. 

"Hoje, nós dispomos do número de acidentes num determinado ponto da cidade, mas não sabemos detalhes referentes às condições nas quais ele ocorreu", analisa. Segundo ele, o novo sistema também poderá disponibilizar informações para entidades privadas como seguradoras. "Entre outras inovações, teremos a lista de motoristas que já se envolveram em acidentes de trânsito, constando a quantidade de acidentes e os motivos", avisa.