Informatização escolar
entra na era das consultorias especializadas
Não basta montar um
laboratório de informática, é necessário todo
um projeto educacional
Cristina Tuzzolo Vidaller (*)
Colaboradora
Prestes
a entrar no Terceiro Milênio, e plenamente na Era da Informação,
as escolas passam por uma série de transformações,
e é necessário acompanhá-las para que continuem a
sobreviver:
1) A chegada da informática:
entender que o computador consiste hoje num recurso educacional imprescindível
à vida dos indivíduos já é consenso entre os
educadores. Nos dias de hoje, prescindir de um recurso tão poderoso
como o computador pode comprometer a qualidade do processo de ensino-aprendizagem,
na medida em que distancia os dois agentes fundamentais do processo, especialmente
quando se sabe quão acessível tem se tornado o computador
na vida dos alunos.
2) As conseqüências: os
alunos estão tendo acesso às informações com
muita facilidade e rapidez, seja através da mídia, e principalmente
através do computador (softwares informativos e Internet).
O professor informador, isto é, aquele que está meramente
preocupado em ser transmissor de informações, está
condenado, dando lugar apenas ao professor educador, aquele que atua como
mediador ou facilitador da aprendizagem, transformando a informação
em conhecimento, fazendo com que o aluno reflita, analise e critique, construindo
assim seu próprio pensamento.
Realidade atual – Ao lado
de escolas que, desde finais da década de 80, já lidavam
com a questão da informática, existem outras que ainda estão
em busca da informatização. Apesar desses níveis diferentes,
quando se trata de informatização, existe hoje um denominador
comum que é a questão do uso correto da tecnologia.
Por exemplo: "O simples uso do computador
em sala de aula pressupõe que o ensino é informatizado?";
"Como podem as novas tecnologias suportar o processo ensino-aprendizagem?";
"Existe planejamento de projetos educacionais, gerando a integração
curricular com os recursos tecnológicos?"; "O grau de envolvimento
do corpo docente no processo de integração (curricular e
tecnológica) está satisfatório?"
Para responder a estas questões,
é necessário analisar as etapas de um processo de ensino-aprendizagem
informatizado:
1) Aluno buscando informação
através do computador;
2) Aluno transformando informação
em conhecimento (professor como mediador);
3) Aluno voltando ao computador para
se expressar com criatividade.
Nesse tipo de processo, o computador
ganha o seu real significado, ou seja, de ferramenta pedagógica.
Ele constitui num meio a mais, entre outros, como livros, filmes, leituras
etc., que devem continuar sendo utilizados. Nesse processo, percebemos
que o computador impõe mudanças nos padrões de ensino
e determina novas formas de comportamento.
Toda essa operação
só pode ocorrer através do desenvolvimento de amplos projetos
educacionais, com temas acadêmicos, possibilitando a interdisciplinaridade.
Essa é a forma correta que induz o professor a orientar e o aluno
a construir o seu próprio pensamento, ambos utilizando adequadamente
a tecnologia.
Sobre esta perspectiva, implantar
o laboratório de informática na escola não é
suficiente. É preciso potencializar este espaço, de modo
a catalizar estratégias que favoreçam o desenvolvimento cognitivo
dos alunos, associados a experiências interdisciplinares que envolvam
o maior número de propostas.
Como fazer? – A solução
está na parceria com empresas que trabalham com projetos específicos
e que ofereçam sugestões para solução dos problemas
de cada escola, não importando o estágio de informatização
em que a mesma se encontre.
A FutureKids, por exemplo, usa a
informática como ferramenta para o desenvolvimento das Inteligências
Múltiplas, e vem oferecendo seus projetos. Para as escolas que preferirem
um trabalho independente, a empresa oferece serviços de consultoria.
A consultoria visa auxiliar cada
escola nas suas necessidades específicas, dando assim um atendimento
personalizado e individualizado a cada uma delas. É a transformação
das necessidades da escola em objetivos a serem atingidos.
Como levantar as necessidades de
uma escola? Verifica-se o objetivo pretendido e aonde a escola pretende
chegar, usando a informática como ferramenta e/ou com a utilização
dos projetos para o desenvolvimento das múltiplas inteligências.
Definido o objetivo, levanta-se o
que a escola já possui e de que necessita: recursos materiais, humanos
e conhecimentos. Inicia-se então, em parceria, um esboço
de soluções possíveis, ou o Planejamento de um Projeto
Educacional.
A consultoria – Eis alguns
dos itens que podem compor a consultoria, de acordo com as necessidades
da escola:
Elaboração
de projetos interdisciplinares visando o desenvolvimento das múltiplas
inteligências, utilizando-se a informática enquanto ferramenta;
Assessoria
pedagógica aos projetos planejados;
Assessoria
tecnológica aos projetos planejados;
Acesso
a mais de mil títulos de softwares (educacionais e aplicativos);
Utilização
dos softwares adquiridos e testados pela FutureKids;
Contratação
e capacitação de professores;
Capacitação
do corpo docente em metodologia de informática educacional;
Capacitação
do corpo docente em microinformática;
Capacitação
do corpo docente nos softwares utilizados nos projetos;
Assessoria
na implantação da Internet;
Capacitação
do corpo docente em telecomunicações;
Assessoria
no desenvolvimento de projetos educacionais de Internet;
Planejamento
e auxílio na realização de projetos em multimídia,
utilizando software de autoria;
Assessoria
em projetos de robótica;
Capacitação
na linguagem Logo e assessoria na elaboração de projetos
com Logo;
Atendimento
de Help Desk On-Line ou in loco;
Auxílio
na escolha, na compra e na atualização (upgrade) do
hardware;
Auxílio
na escolha e compra dos softwares necessários para elaboração
dos projetos planejados;
Eventuais
necessidades da escola.
(*) Cristina
Tuzzolo Vidaller é diretora geral da FutureKids-Santos. |