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Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 15/12/1998.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/10/00 10:53:04
Informatização escolar entra na era das consultorias especializadas 

Não basta montar um laboratório de informática, é necessário todo um projeto educacional

Cristina Tuzzolo Vidaller (*)
Colaboradora

Prestes a entrar no Terceiro Milênio, e plenamente na Era da Informação, as escolas passam por uma série de transformações, e é necessário acompanhá-las para que continuem a sobreviver:

1) A chegada da informática: entender que o computador consiste hoje num recurso educacional imprescindível à vida dos indivíduos já é consenso entre os educadores. Nos dias de hoje, prescindir de um recurso tão poderoso como o computador pode comprometer a qualidade do processo de ensino-aprendizagem, na medida em que distancia os dois agentes fundamentais do processo, especialmente quando se sabe quão acessível tem se tornado o computador na vida dos alunos.

2) As conseqüências: os alunos estão tendo acesso às informações com muita facilidade e rapidez, seja através da mídia, e principalmente através do computador (softwares informativos e Internet). O professor informador, isto é, aquele que está meramente preocupado em ser transmissor de informações, está condenado, dando lugar apenas ao professor educador, aquele que atua como mediador ou facilitador da aprendizagem, transformando a informação em conhecimento, fazendo com que o aluno reflita, analise e critique, construindo assim seu próprio pensamento.

Realidade atual – Ao lado de escolas que, desde finais da década de 80, já lidavam com a questão da informática, existem outras que ainda estão em busca da informatização. Apesar desses níveis diferentes, quando se trata de informatização, existe hoje um denominador comum que é a questão do uso correto da tecnologia.
Por exemplo: "O simples uso do computador em sala de aula pressupõe que o ensino é informatizado?"; "Como podem as novas tecnologias suportar o processo ensino-aprendizagem?"; "Existe planejamento de projetos educacionais, gerando a integração curricular com os recursos tecnológicos?"; "O grau de envolvimento do corpo docente no processo de integração (curricular e tecnológica) está satisfatório?"

Para responder a estas questões, é necessário analisar as etapas de um processo de ensino-aprendizagem informatizado:

1) Aluno buscando informação através do computador;

2) Aluno transformando informação em conhecimento (professor como mediador);

3) Aluno voltando ao computador para se expressar com criatividade.

Nesse tipo de processo, o computador ganha o seu real significado, ou seja, de ferramenta pedagógica. Ele constitui num meio a mais, entre outros, como livros, filmes, leituras etc., que devem continuar sendo utilizados. Nesse processo, percebemos que o computador impõe mudanças nos padrões de ensino e determina novas formas de comportamento.

Toda essa operação só pode ocorrer através do desenvolvimento de amplos projetos educacionais, com temas acadêmicos, possibilitando a interdisciplinaridade. Essa é a forma correta que induz o professor a orientar e o aluno a construir o seu próprio pensamento, ambos utilizando adequadamente a tecnologia.

Sobre esta perspectiva, implantar o laboratório de informática na escola não é suficiente. É preciso potencializar este espaço, de modo a catalizar estratégias que favoreçam o desenvolvimento cognitivo dos alunos, associados a experiências interdisciplinares que envolvam o maior número de propostas.

Como fazer? –  A solução está na parceria com empresas que trabalham com projetos específicos e que ofereçam sugestões para solução dos problemas de cada escola, não importando o estágio de informatização em que a mesma se encontre.
A FutureKids, por exemplo, usa a informática como ferramenta para o desenvolvimento das Inteligências Múltiplas, e vem oferecendo seus projetos. Para as escolas que preferirem um trabalho independente, a empresa oferece serviços de consultoria.

A consultoria visa auxiliar cada escola nas suas necessidades específicas, dando assim um atendimento personalizado e individualizado a cada uma delas. É a transformação das necessidades da escola em objetivos a serem atingidos.
Como levantar as necessidades de uma escola? Verifica-se o objetivo pretendido e aonde a escola pretende chegar, usando a informática como ferramenta e/ou com a utilização dos projetos para o desenvolvimento das múltiplas inteligências.

Definido o objetivo, levanta-se o que a escola já possui e de que necessita: recursos materiais, humanos e conhecimentos. Inicia-se então, em parceria, um esboço de soluções possíveis, ou o Planejamento de um Projeto Educacional.

A consultoria – Eis alguns dos itens que podem compor a consultoria, de acordo com as necessidades da escola:

Elaboração de projetos interdisciplinares visando o desenvolvimento das múltiplas inteligências, utilizando-se a informática enquanto ferramenta;
Assessoria pedagógica aos projetos planejados;
Assessoria tecnológica aos projetos planejados;
Acesso a mais de mil títulos de softwares (educacionais e aplicativos);
Utilização dos softwares adquiridos e testados pela FutureKids;
Contratação e capacitação de professores;
Capacitação do corpo docente em metodologia de informática educacional;
Capacitação do corpo docente em microinformática;
Capacitação do corpo docente nos softwares utilizados nos projetos;
Assessoria na implantação da Internet;
Capacitação do corpo docente em telecomunicações;
Assessoria no desenvolvimento de projetos educacionais de Internet;
Planejamento e auxílio na realização de projetos em multimídia, utilizando software de autoria;
Assessoria em projetos de robótica;
Capacitação na linguagem Logo e assessoria na elaboração de projetos com Logo;
Atendimento de Help Desk On-Line ou in loco;
Auxílio na escolha, na compra e na atualização (upgrade) do hardware;
Auxílio na escolha e compra dos softwares necessários para elaboração dos projetos planejados;
Eventuais necessidades da escola.

(*) Cristina Tuzzolo Vidaller é diretora geral da FutureKids-Santos.