DINHEIRO
Câmbio eletrônico revoluciona
negócios on line
Serviço similar à
bilhetagem de telefonia elimina limite mínimo de transações
A cotação
eletrônica de moedas estrangeiras, serviço recém-lançado
pela Eurosoft Serviços e Consultoria, é o primeiro passo
de uma revolução nos negócios on-line por computador.
"O limite é a criatividade do cliente", diz Auro Azeredo, diretor
da empresa. Até o momento, esse serviço vem sendo utilizado
pela Volkswagen do Brasil, que movimenta US$ 1,6 bilhão por ano
em transações de moedas estrangeiras.
Até o final do ano (N.E.:
de 1998), cerca de 25 empresas, além da montadora alemã,
devem passar a utilizar o Câmbio Deal, nome do serviço da
Eurosoft que interliga empresas e bancos e instituições financeiras,
utilizando a tecnologia de Internet, correio eletrônico e EDI.
Segundo Azeredo, a meta da Eurosoft,
agora, é conquistar a adesão de novas empresas usuárias
ao serviço e agregar mais bancos aos 25 que já participam
do Câmbio Deal, como ABN-Amro, Bandeirantse, BBA, BankBoston, Bradesco,
CCF, Citibank, Finasa, ING Bank, Real, Sudameris e Unibanco, entre outros.
Desde 1997 – Ele conta que
o projeto começou a ser desenvolvido em 1997, a partir da necessidade
da Volkswagen de contar com uma solução que agilizasse as
atividades de câmbio.
Após o desenvolvimento do
projeto, o primeiro passo da Eurosoft foi mostrar aos bancos as vantagens
que o Câmbio Deal traria para ambos os lados. "A mudança representou
um ganho de tempo, com a substituição de sistemas convencionais
de câmbio - via corretora, por telefone e fax -, além de maior
oferta de moeda, com cotações mais satisfatórias",
salienta.
Até o surgimento deste serviço,
nenhuma empresa no Brasil fazia cotação eletrônica
de moedas. Para as empresas, não há custo de serviços,
que é cobrado dos bancos de maneira similar à bilhetagem
de serviços de telecomunicações, por exemplo.
Auro Azeredo afirma que não
existe um limite mínimo de transações que justifique
a adesão de uma empresa ao Câmbio Deal. "O fundamental não
é o volume de dinheiro movimentado, e sim a freqüência
das transações. Cotações semanais de moeda
já o justificam". |