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Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 13/10/1998.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/10/00 10:42:19
TENDÊNCIA
Gartner Group destaca a estratégia empresarial Zero Latency

Deverá ser uma das caraterísticas mais importantes da computação nos próximos anos

Nova pesquisa do Gartner Group identificou a estratégia empresarial intitulada Zero Latency (Tempo de Espera Zero) como a evolução técnica e gerencial considerada uma das mais importantes tendências da computação para os próximos cinco anos. Os sistemas Zero Latency começaram a ser abordados em profundidade ontem (N.E.: 12/10/1998), durante o Gartner Group Symposium/ITxpo'98, que prossegue até o dia 16 no Dolphin Hotel, em Lake Buena Vista, estado norte-americano de Flórida.

Zero Latency é um termo talhado pelo Gartner Group para descrever sistemas de computação que estão conectados em rede, de novas e mais sofisticadas maneiras, possibilitando a troca de informações muito mais velozmente que no passado. Isto acelera certos processos de negócios e resulta em operações mais dinâmicas e sensíveis ao tempo, com custos reduzidos, vendas crescentes e satisfação do cliente ampliada. Aplica-se nos casos em que o valor da informação depende de um ganho de tempo e quando múltiplos departamentos ou múltiplas companhias trabalham juntas no mesmo processo de negócios.

Além disso, uma companhia afinada com a tecnologia Zero Latency possui a habilidade de poder reagir mais rapidamente a uma variedade de eventos, como a assinatura de um novo acordo comercial, aceitação de pedidos de clientes, mudanças de preço de um instrumento financeiro, falhas de equipamentos, interrupções de processos de manufatura, ou ainda rapidamente expandir noas oportunidades de negócios.

Usos – Aplicações reais da estratégia Zero Latency estão sendo utilizadas em indústrias nos setores de transporte, serviços, financeiro, utilidades e indústrias onde o gerenciamento da cadeia de fornecedores é um ponto crítico, embora o conceito Zero Latency como uma ferramenta de gerenciamento esteja ainda relativamente no início. Com as grandes melhorias verificadas nas redes corporativas e capacidade de acesso crescente de PCs, o uso de estratégias Zero Latency deverá aumentar significativamente, de acordo com a mais recente análise divulgada pelo Gartner Group.

Usuários líderes como 3Com, Bechtel, Daiwo Securities, Delta Airlines e Descartes Systems Group, entre outros, já utilizaram estes princípios em uma grande variedade de aplicações. "As estratégias Zero Latency marcam uma grande mudança na maneira de conduzir os negócios - não se trata apenas de mais um item de tecnologia da informação", explica Roy Schulte, vice-presidente de sistemas aplicativos e middleware e o arquiteto da pesquisa Zero Latency.

Nem tudo, mas... – "Não são todos os problemas que podem ser solucionados com uma maior fluência de informações. Porém, quando a mão direita sabe o que a esquerda está fazendo a cada momento, as possibilidades de eficiência e oportunidades de ampliação de serviços ao cliente são enormes", diz ele.

O termo Zero Latency se refere a qualquer estratégia corporativa que envolve ambas: a identificação de um objetivo de negócio e a aplicação de tecnologia que resulta em aviso instantâneo e resposta apropriada a eventos que ocorrem em toda a organização. Mais do que um modo de diminuir o tempo gasto em um processo de negócio, as estratégias Zero Latency emergiram significativamente neste momento por conta da combinação de novas tecnologias, que possibilitaram que elas se tornassem amplamente acessíveis.

Evento – No simpósio deste ano, o Gartner Group está anunciando uma nova metodologia de avaliação para riscos nos negócios não dependentes da Tecnologia da Informação (TI), de avaliação de riscos para a área de TI, novas informações e estratégias para sistemas embutidos e uma projeção mais detalhada sobre o que podemos esperar que aconteça no ano 2000.

Considerado a maior autoridade mundial em TI, o Gartner Group disponibiliza aos seus clientes amplo leque de produtos e serviços nas áreas de consultoria, benchmark, pesquisa, suporte a decisão e análise. Fundado em 1979 e sediado em stamford, Connecticut (EUA), é o centro de uma comunidade global com mais de 11 mil empresas clientes, atendidas por analistas em 80 localidades em todo o mundo.

Seu simpósio deste ano reúne mais de 215 sessões estratégicas de tecnologia, organizadas em 37 áreas, abordando temas variados que vão do ano 2000 a gerenciamento de cadeia de fornecedores e segurança de informação, por exemplo. As apresentações principais incluem executivos de empresas líderes da indústria de TI, como Bill Gates (Microsoft), Larry Ellison (Oracle), John Chambers (Cisco Systems) e Michael Armstrong (AT&T). Há mais detalhes sobre o evento na Internet.