VERDE EM PORTUGAL
Escola de São Vicente promove
intercâmbio pela Web
Neste mês, inicia um
fórum de debates internacional
Neste
mês (N.E.: 9/1998) em que se inicia
o ano letivo português (após as férias escolares do
verão setentrional), a escola vicentina Verde Que Te Quero Verde
inicia um Fórum de Debates com a participação de escolas
portuguesas, em seu site. Através
da Internet, os docentes de disciplinas afins estarão em contato
constante, discutindo formas didáticas aplicadas, além de
pesquisas e conteúdos capazes de incrementar o dia-a-dia em sala
de aula.
Deste fórum também
farão parte os alunos de todas as escolas participantes, sempre
a partir das atividades propostas pelos professores. Afinal, como destaca
Silmara Casadei (coordenadora de quinta a oitava séries da escola
vicentina), são os alunos os principais protagonistas do intercâmbio:
"É ele, o aluno, que vai partir para as pesquisas e fazer com que
o intercâmbio se desenrole de forma ativa", observa, anunciando que
a seqüência do projeto será a visita dos profissionais
portugueses à Baixada Santista, ainda sem data definida. Da mesma
forma, está nos planos a possibilidade de intercambiar os próprios
alunos, para que eles possam conhecer mais de perto realidades diferentes,
vivenciando e experimentando uma outra cultura.
Viagem – Cinco professores
de quinta a oitava séries da Verde Que Te Quero Verde retornaram
recentemente de Portugal, onde tiveram a oportunidade de conhecer, pessoalmente,
professores de escolas portuguesas com os quais só haviam tido contato
por meio da Internet, por conta desse Projeto de Intercâmbio Cultural,
iniciado em 1997.
Andréa Rossi, Silvia Matheus,
Fábio Mello, Rosária Coutinho e Silmara Casadei estiveram
em unidades de ensino de Algoz, Sintra, Paços D’Arcos, Seia e Cascais.
Em todos os encontros, a palavra de ordem foi Integração,
não só entre os profissionais envolvidos como também
com os alunos portugueses.
Além da certeza da importância
de se tentar extrapolar essa integração para uma maior aproximação
dos dois países lusófonos, o grupo voltou convicto da necessidade
de dar continuidade à troca de experiências na área
educacional, por meio do correio eletrônico.
Durante a estada em Portugal, os
professores vicentinos puderam conhecer um pouco da realidade educacional
portuguesa, assim como mostrar o trabalho realizado em sua escola, dentro
da proposta construtivista fundamentada nas teorias de Piaget e Vigotsk.
Mudança – Segundo Silmara
Casadei, Portugal vive um período de mudança nas questões
educativas. As escolas de lá, conforme explicou, pretendem inovar
as práticas didáticas, buscando assim um ensino mais dinâmico
e que desperte no aluno o interesse pela escola e pelos conteúdos
trabalhados.
Nos encontros mantidos na Europa,
os professores brasileiros e portugueses discutiram a continuidade do projeto
cultural entre as escolas e, também, sua possível ampliação
a partir do envolvimento das prefeituras locais em projetos de interesse
para as comunidades. Isto porque, de acordo com a coordenadora Silmara,
muitas das sugestões de temas a serem desenvolvidos partem da importância
da multidisplinaridade, sobretudo em relação à Educação
Ambiental e ao resgate histórico entre Brasil e Portugal. |