TELEVISÃO
Programa Vila Esperança
estréia tecnologias Intergraph e Softimage
Produtora independente usa
cenários e personagens virtuais
Programa
infantil não é coisa de criança, segundo a Idea Produções,
que estreou na semana passada (N.E.: 1/9/1998)
o Vila Esperança, na Rede Record de Televisão. É
um programa diário de 45 minutos de duração, nos moldes
do Rá-Tim-Bum. Os números atestam ser este o maior
programa infantil exibido em uma emissora privada nacional e produzido
por uma produtora independente: cada capítulo está orçado
em R$ 25 mil e foi fechado contrato de um ano de exibição,
totalizando um investimento de R$ 6,6 milhões, ou seja, a metade
do custo de uma novela da Rede Globo (que gira em torno de R$ 50 mil por
capítulo). O Vila Esperança conta com 100 profissionais
empenhados em sua realização, entre diretores, atores, cenógrafos,
roteiristas e consultores.
Jairo Silva, proprietário
da produtora, afirma que o projeto também se viabilizou na relação
custo/benefício com os recursos, a qualidade e a economia proporcionados
por hardware e software distribuídos no Brasil pela
Sisgraph. O pacote é composto por duas ilhas de edição
Softimage/DS e o software Softimage 3D. Além de uma workstation
TDZ 2000 e de uma estação de trabalho Studio Z, de tenologia
desenvolvida pela Intergraph norte-americana.
A conjugação de economia,
qualidade e suporte completo foi o diferencial para a Idea optar pelo pacote
da Sisgraph. Por exemplo, Jairo aponta como fundamental a edição
não linear da Softimage/DS. "Posso montar um programa e recompô-lo
a qualquer momento, permitindo agilidade e qualidade na preparação
do produto para o mercado internacional, por exemplo, sem todas as operações
de uma ilha de edição tradicional, com total segurança".
E este exemplo não é gratuito: a Idea Produções
planeja vender o Vila Esperança e outros programas no mercado
externo.
Virtuais – Os 425 metros quadrados
de cenário construídos no estúdio da Idea Produções
– com um total de 640 m², o maior de São Paulo – não
serão os únicos no programa. O projeto prevê o uso
de cenários e personagens virtuais para animação do
programa. "O 3D tem capacidade de animar personagens e o DS dispõe
de ferramentas de composição de efeitos especiais superiores
aos oferecidos no mercado", aponta Jairo. Outra vantagem destacada é
o pacote ser baseado em microprocessadores Pentium, o que proporciona interatividade
com outros softwares e tecnologias em digitalização
de imagens, abrindo plenas possibilidades para expansões futuras.
Jairo também ressalta o fato
da Sisgraph proporcionar suporte integral: "Fizemos uma pesquisa de mercado
e constatamos que a única representante de produtos deste nível
com suporte seguro é a Sisgraph, fundamental para um programa diário
de TV". A Idea Produções está há um ano no
mercado, até então atuando com vídeos institucionais,
e Vila Esperança segmenta a empresa em programas infantis.
Studio Z – A nova geração
Studio Z substitui as ilhas de edição, máquinas dedicadas
ou estações de trabalho proprietárias baseadas no
universo Risc/Unix e edita imagens em qualidade digital (padrão
D1). Habilita os usuários a criar, editar de forma não linear,
renderiza imagens computadorizadas, com animações em 3D,
em todas as fases envolvidas na produção de vídeo.
Esse trabalho oferece o padrão de qualidade digital Betacam Broadcasting
(ou padrão D1), significando que as fitas estão prontas para
"ir ao ar'.
O usuário tem à sua
disposição (até simultaneamente) imagens digitalizadas,
escaneadas ou gravadas em vídeo, software de efeitos especiais,
de edição de sons e imagens, geração de caracteres,
de gráficos, bancos de imagens etc. O tempo necessário para
a criação e edição é reduzido drasticamente,
e as interfaces com o operador oferecem todas as facilidades, pois são
as mesmas do conhecido padrão Windows.
O Softimage/DS traz duas importantes
vantagens: melhorias de desempenho, velocidade e mais recursos tanto em
hardware quanto em software. A principal característica
é a de operar com qualquer padrão de produção
de vídeo do início ao fim do processo. Rodando em Windows
NT, permite interoperabilidade total com Silicon Graphics e outras plataformas
do mercado. O hardware do Softimage/DS está baseado na nova
geração de workstations Intergraph StudioZ Pentium
II biprocessadas de 300 MHz. O equipamento apresenta placa de captura D1
sem compressão.
Já o Softimage 3D é
uma solução de animação e modelagem em 3D flexível,
de alto desempenho e recursos avançados. Entre eles, vale destacar:
modelagem aperfeiçoada, cinemática inversa – animação
de objetos de acordo com as leis da Natureza (gravidade, densidade e elasticidade),
fazendo-os se comportarem como no mundo real –, simulações
dinâmicas e captura de imagens em movimento. Oferecendo resposta
imediata aos comandos, permite aos criadores testarem suas idéias
de modo interativo e intuitivo.
Equipamento – A linha de estações
de trabalho TDZ 2000 GT1 apresenta modelos de 400 MHz com ganhos de performance
de 33% em função de sua arquitetura e dos novos chips.
Os modelos Pentium II da linha TDZ trazem placas e subsistemas gráficos
para criação em realidade virtual, em 3D, em edição
de vídeos, animações e outras que as colocam nos patamares
de mercado (e custando a quarta parte do valor) de sistemas Unix/Risc.
Foram desenvolvidas de forma a extrair o máximo de performance do
ambiente Windows NT, e usam o chipset Reliance Champion II, que
viabiliza freqüência de operação de 100 MHz em
seu bus. Dessa forma, o fluxo de dados entre CPU, memória
RAM e periféricos obtém importante ganho de performance.
Sua capacidade de processamento de
imagens (fundamental para rotinas como renderização de imagens
tridimensionais e criação de projetos em CAD, por exemplo)
repousa no padrão Open GL RealiZm 3D, que garante o trabalho em
tempo real (ou performance interativa) com imagens complexas e texturas
variadas de objetos constantes no desenho ou projeto. Os recursos gráficos
do padrão RealiZm 3D viabilizam a criação de animações
e edição de imagens com recursos para sombras, névoas,
imagens translúcidas etc. |