ECONOMIA
Computadores impulsionam o maior
cassino do mundo
Bolsas de Valores registram
o passeio instantâneo do dinheiro pelo mundo
Uma conjunção
dos planetas Saturno (que representa o pânico) e Netuno (mensageiro
da desilusão) vai acontecer em fins de outubro (N.E.:
de 1998). Isso deve provocar uma grande queda nas bolsas de valores
de todo o mundo, conforme citou a emissora de televisão Cable News
Network (CNN) em espanhol, dia 28 de agosto, após mais uma queda
nos índices das bolsas de valores de todo o mundo.
Não ria o leitor, são
fatos como esse – a célebre história do bater de asas de
uma borboleta na China causar uma ventania no Brasil – que movem o maior
de todos os cassinos, as bolsas de valores, e – com as quedas nos pregões
– arrastam para a lama as economias de países inteiros. Efeitos
da globalização, da instantaneidade das telecomunicações,
que o uso dos computadores permite na atualidade, e que vieram para ficar.
Não ria, porque mesmo desprezando
os efeitos astrológicos, há uma série de coincidências
entre o que está acontecendo hoje e os antecedentes da grande quebra
das bolsas norte-americanas ocorrida em 24 de outubro de 1929 (mais detalhes
na Web. Ou a quebra
de 19 de outubro de 1987 (confira
as semelhanças). A começar pela "exuberância irracional"
da economia norte-americana, já apontada pelos titulares do Federal
Reserve (FED), o Tesouro norte-americano.
O cassino – Ainda é
noite no hemisfério ocidental, quando os primeiros movimentos começam
a ser feitos nas bolsas de Tóquio e Hong-Kong, e os acionistas fazem
suas apostas: se acreditam que os papéis em suas mãos vão
aumentar de valor, compram. Caso acreditem ser pelo menos possível
esperar, aguardam. Se um simples boato – a queda do presidente russo Boris
Yeltsin, por exemplo – indicar uma possível baixa, vendem seus títulos,
o pregão despenca.
Os brasileiros desplugados do mercado
financeiro ainda estão dormindo, e as bolsas de Paris e Londres
já acusam o novo golpe asiático. Quando abre pela manhã
o pregão nas bolsas norte-americanas e brasileiras, o quadro de
um crash global já pode estar formado. Ou já podem
ter sido tomadas providências pelos governos para amenizar a nova
crise e adiar por mais algumas horas a próxima tempestade. Porque,
nas atuais condições do cassino digital mundial, depois de
cada tempestade é praticamente certa a vinda... de uma nova tempestade!
Sucedem-se os ataques especulativos
às moedas de países com economias inseguras, como as latino-americanas.
No cassino digital, vale derrubar a cotação cambial de um
grupo de países, se isso permitir que o capital sem pátria
nem fronteira possa ser aumentado com essa especulação. Ao
mesmo tempo, se um investidor precisar cobrir uma posição
numa região do mundo onde tenha tido perdas significativas, pode
ter que vender títulos de outra região (como os brasileiros)
para obter dinheiro vivo (liquidez).
Some-se a isso que muitos dos chamados
global players sequer sabem em que continente fica o Brasil (grande
novidade: até um presidente norte-americano passou por aqui e pensou
estar na Bolívia...), e confundem nossa economia com a da Indonésia
ou a da Tailândia, e está formado o quadro da próxima
crise – que afeta cada cidadão, pois para defender a moeda, o governo
precisa tornar nossos títulos ainda mais atrativos aos investidores
estrangeiros, aumentando os juros, e com isso provocando desemprego, quebra
de empresas etc. Se não defender a moeda, como a Rússia que
não conseguiu e teve que desvalorizar o rublo, também o cidadão
fica sem poder aquisitivo, é aquela situação pela
qual já passamos, em que nem vale a pena apanhar do chão
a moeda que cai.
Na Internet – É por
isso que, cada vez mais, o cassino digital representado pelas bolsas de
valores passa a fazer parte do cotidiano de cada um e precisa ser considerado
antes de uma decisão como a de comprar um carro, entrar no
cheque especial ou iniciar um negócio. Os internautas já
podem fazer esse acompanhamento pela rede mundial de computadores, não
só através dos principais noticiários econômicos,
mas diretamente através dos sites das bolsas de valores de todo
o mundo e de outros organismos governamentais com influência no setor.
Os brasileiros podem começar
esse passeio pelo site da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa),
que inclui uma lista de links para as bolsas do Rio de Janeiro e
do Paraná e as congêneres de todo o mundo. Daí, podem
navegar por todo o planeta, na mesma velocidade e pelos mesmos caminhos
que seu dinheiro está percorrendo nesse mesmo instante...
Acompanhe o passeio de seu dinheiro
pelo mundo:
Ele começa a viagem pela madrugada,
na Ásia:
Japão:
Tokyo Stock Exchange
Japão:
Osaka Stock Exchange
China:
Hong Kong Stock Exchange
Ao amanhecer, percorre Europa e África:
França:
Bourse de Paris
Inglaterra:London
Stock Exchange
Holanda:
Amsterdam Stock Exchange
Polônia:
Warsaw Stock Exchange
Noruega:
Oslo Stock Exchange
Suíça:
Geneva Stock Exchange
Itália:
La Borsa Valori Italiana
Espanha:
Bolsa de Madrid
Espanha:
Bolsa de Barcelona
Portugal:
Bolsa de Valores de Lisboa
África
do Sul: The South African Futures Exchange
(Safex)
Chega então à América
do Norte:
American
Stock Exchange (AMEX)
Chicago
Stock Exchange
Montreal
Stock Exchange
NASDAQ
New
York Stock Exchange (NYSE)
Índice
Dow Jones
Banco
Mundial
Momentos depois, passa pelo Brasil:
Bolsa
de Valores de São Paulo
Bolsa
de Valores do Paraná
Bolsa
de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ)
Bolsa
de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Sociedade
Operadora do Mercado de Acesso (Soma)
E é visto à tarde na
América Latina:
Bolsa
de Bogotá
Bolsa
de Comércio de Buenos Aires
Bolsa
de Comércio de Santiago
Bolsa
Mexicana de Valores
Bolsa
de Valores de Guayaquil
Bolsa
de Valores de Lima |