Como estão pirateando músicas
com a Net
Porém, o padrão
MP3 facilita a distribuição de obras de autores novos
Alexandre Paladini (*)
Colaborador
Um novo
formato de arquivo de som está provocando grandes polêmicas
na Internet, onde o tamanho dos arquivos é muito importante. Trata-se
do MPEG Layer 3, ou MP3, que – utilizando um sofisticado mecanismo de compressão
– pode reduzir o tamanho de um arquivo de som em até 50 vezes. Isto
possibilitou a internautas do mundo inteiro trocar suas músicas
preferidas via Web. E os mais espertinhos perceberam que podiam até
enviar e receber um CD de música inteiro no formato MP3, que depois
de recebido podia ser decodificado para WAV, e gravado em CD, gerando assim
uma cópia pirata!
O MP3, como facilitador da troca
e venda de músicas via Internet, provocou um susto nas gravadoras.
Muitos sites com sons em MP3 foram forçados a fechar, mas ainda
se encontra muitos piratas de MP3 na Internet. O ponto positivo do MP3
na Internet é o fato de que muitos músicos iniciantes podem
agora colocar (e vender) seus trabalhos através da rede, sem precisar
de uma distribuidora. O público a ser atingido é muito maior,
por não envolver a mídia físicas (o CD, no caso).
Redução mágica
– Mas, como o MP3 consegue essa mágica redução do
tamanho dos arquivos? Pesquisas revelaram que, dentro de uma onda de som,
um sinal fraco, quando está jundo a um sinal forte, é ignorado
pelo nosso cérebro. Ou seja, apesar de existir, esse sinal fraco
é inaudível. O MP3, ao codificar um arquivo de som, retira
esses sinais imperceptíveis, que só ocupam espaço
no arquivo, sem ser audíveis.
O resultado é surpreendente.
Dependendo do arquivo, ele pode ser reduzido em cerca de dez vezes sem
perda de qualidade (tirando apenas os sinais inaudíveis), ou até
em 50 vezes ou mais, com perda mínima (tirando também sinais
que ele considera menos importantes). Tudo depende da taxa de compressão
usada.
O formato até agora usado
para som, o bom e velho WAV, está sendo aposentado porque ocupa
muito espaço. Um WAV com qualidade de CD precisa ter a configuração
de 44.100 Hz, 16 bits e estéreo. Neste padrão, um segundo
de música precisa de 172 KB. Ou seja, uma música inteira
de cinco minutos ocupa mais de 30 MB.
Onde encontrar – Para tocar
os arquivos MP3, você precisa de um programa, pois o seu Windows,
que consegue tocar WAVs e MIDs, não tem o "codec" MPEG Layer 3,
ou seja, não consegue interpretar os arquivos com extensão
MP3 (que é a extensão adotada como padrão). Atualmente,
o programa mais popular que toca MP3 é o WinAMP,
produzido pela Nullsoft.
Para converter um WAV em MP3, é
preciso um codificador. Um dos primeiros que surgiram é o L3Encoder.
Você escolhe a taxa de compressão e ele cria o arquivo MP3.
Para não comprometer a qualidade do som, uma boa taxa é 160
Kbps/s (eqüivalente a 20 KB/s), ou ainda 128 Kbps/s.
Um terceiro tipo de programa utilizado
por quem lida com MP3 é o leitor de CD, que lê músicas
de um CD de áudio (utilizando CD-ROM e salva como WAV (função
ripping). Então é só converter o WAV para MP3.
Um bom ripper é o WinDAC32.
Dois bons sites de informações
sobre MP3 na Internet são MP3.com
e MP3.org.
(*) Alexandre
Paladini é engenheiro e consultor da Impacta Tecnologia, da capital
paulista. |