INFORMÁTICA
Analista de Sistemas acompanha da
criação até a implantação e manutenção
do sistema
Seu trabalho é como
o de um engenheiro em relação a uma obra
Raquel de Almeida Marques (*)
Colaboradora
O Analista
de Sistemas está para o desenvolvimento de um sistema assim como
o engenheiro está para a obra. É ele o profissional que irá
analisar a viabilidade do projeto, a infra-estrutura exigida, determinará
o pessoal e o prazo necessário e definirá como o sistema
será feito, participando do levantamento à implantação.
Ufa! Isto parece tarefa para super-homem...
Mas é.
E é por isto que um analista
de sistemas deve ser alguém muito preparado, com uma extensa experiência
para agir com solidez nesta função. Não é necessário
ser um expert em tudo, mas saber o suficiente para conseguir discutir
um assunto técnico ou discernir se o seu assistente em uma determinada
área está agindo certo ou não. Afinal, será
o nome do analista que estará em jogo.
Da sua experiência em suporte,
ele irá basear suas decisões sobre infra-estrutura dos projetos,
definindo (ou ao menos sugerindo) o tipo de hardware ideal para
cada tipo de missão, redes e cabeamento mais adequado e irá
prever os problemas que enfrentará nesta área. Com a sua
experiência em programação, ele será capaz de
orientar seus desenvolvedores sobre como tratar uma determinada rotina
e avaliará o desempenho de seus profissionais com maior exatidão.
De posse destes conhecimentos e da experiência adquirida quando exercia
esta função, ele irá determinar também plataformas
adequadas para cada caso e perceberá quando é hora de reciclar
seus profissionais.
Se além destas experiências,
ele possuir também conhecimentos de outras áreas como administração,
finanças, contabilidade ou comércio exterior será
quase um profissional completo. E por fim, facilidade de relacionamento
interpessoal é fundamental. Afinal, este profissional não
executará nada pessoalmente. Ele será somente a ponte entre
o desejo de seus clientes e os profissionais que irão realmente
executar estes serviços. E este caminho, por vezes, é muito
complicado. Sem jogo de cintura, o analista de sistemas pode por em risco
o seu projeto e até mesmo o seu emprego.
Talvez pelo fato da profissão
de Analista de Sistemas não possuir o devido cuidado e respeito,
existam tantos sistemas falhos e usuários descontentes. Mas de quem
é a culpa? O profissional está procurando o seu espaço,
e com a sua boa vontade imagina que vai conseguir atingir os objetivos.
A empresa que o contrata, na sua ingenuidade, imagina estar fazendo uma
boa aquisição. E todos são prejudicados, pois o usuários
não serão atendidos a contento, a empresa ficará decepcionada
e o profissional terá sua imagem arranhada.
Assim, faço minhas as palavras
que ouvi uma vez de um profissional muito bem sucedido na área de
informática: 'Deve ser possível ser analista de sistemas
sem ter sido programador, mas eu não conheço nenhum. Na dúvida,
opto pelo empirismo".
(*) Raquel
de Almeida Marques é consultora de Informática, especializada
em problemas e soluções para pequenas e médias empresas,
ministrando treinamentos nessa área. |