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Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 8/9/1998.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/10/00 10:36:31
INFORMÁTICA
Analista de Sistemas acompanha da criação até a implantação e manutenção do sistema 

Seu trabalho é como o de um engenheiro em relação a uma obra

Raquel de Almeida Marques (*)
Colaboradora

O Analista de Sistemas está para o desenvolvimento de um sistema assim como o engenheiro está para a obra. É ele o profissional que irá analisar a viabilidade do projeto, a infra-estrutura exigida, determinará o pessoal e o prazo necessário e definirá como o sistema será feito, participando do levantamento à implantação.
Ufa! Isto parece tarefa para super-homem... Mas é. 

E é por isto que um analista de sistemas deve ser alguém muito preparado, com uma extensa experiência para agir com solidez nesta função. Não é necessário ser um expert em tudo, mas saber o suficiente para conseguir discutir um assunto técnico ou discernir se o seu assistente em uma determinada área está agindo certo ou não. Afinal, será o nome do analista que estará em jogo.

Da sua experiência em suporte, ele irá basear suas decisões sobre infra-estrutura dos projetos, definindo (ou ao menos sugerindo) o tipo de hardware ideal para cada tipo de missão, redes e cabeamento mais adequado e irá prever os problemas que enfrentará nesta área. Com a sua experiência em programação, ele será capaz de orientar seus desenvolvedores sobre como tratar uma determinada rotina e avaliará o desempenho de seus profissionais com maior exatidão. De posse destes conhecimentos e da experiência adquirida quando exercia esta função, ele irá determinar também plataformas adequadas para cada caso e perceberá quando é hora de reciclar seus profissionais.

Se além destas experiências, ele possuir também conhecimentos de outras áreas como administração, finanças, contabilidade ou comércio exterior será quase um profissional completo. E por fim, facilidade de relacionamento interpessoal é fundamental. Afinal, este profissional não executará nada pessoalmente. Ele será somente a ponte entre o desejo de seus clientes e os profissionais que irão realmente executar estes serviços. E este caminho, por vezes, é muito complicado. Sem jogo de cintura, o analista de sistemas pode por em risco o seu projeto e até mesmo o seu emprego.

Talvez pelo fato da profissão de Analista de Sistemas não possuir o devido cuidado e respeito, existam tantos sistemas falhos e usuários descontentes. Mas de quem é a culpa? O profissional está procurando o seu espaço, e com a sua boa vontade imagina que vai conseguir atingir os objetivos. A empresa que o contrata, na sua ingenuidade, imagina estar fazendo uma boa aquisição. E todos são prejudicados, pois o usuários não serão atendidos a contento, a empresa ficará decepcionada e o profissional terá sua imagem arranhada.

Assim, faço minhas as palavras que ouvi uma vez de um profissional muito bem sucedido na área de informática: 'Deve ser possível ser analista de sistemas sem ter sido programador, mas eu não conheço nenhum. Na dúvida, opto pelo empirismo".

(*) Raquel de Almeida Marques é consultora de Informática, especializada em problemas e soluções para pequenas e médias empresas, ministrando treinamentos nessa área.