PPV
Tecnologia de computação
no serviço pay-per-view
Sistemas que falhem representam
grandes prejuízos e frustração dos usuários
Simone Trindade (*)
Colaboradora
No Brasil,
as empresas de TV por assinatura estão ansiosas por verem seus nomes
associados à sigla mágica PPV (pay-per-view – pague
para ver). Ela significa estar à frente e mais próxima das
maravilhas do primeiro mundo. Mas, para que esse sistema se torne um benefício
para o consumidor e um negócio para as empresas, tecnologias de
diversas áreas devem ser usadas em conjunto, visando garantir agilidade
na solicitação do programa, rapidez na liberação
do evento e segurança na passagem de informações.
Para fazer a solicitação
do serviço (filme, jogo, show etc.), o assinante tem duas
opções. A primeira é diretamente no decodificador
ligado à TV, onde a resposta é imediata, chamada de impulse
pay-per-view (IPPV), ou seja, compra por impulso. Para que a transação
se realize no IPPV, os decodificadores devem possuir um modem interno e
estar ligados à linha telefônica, através da qual a
informação chega à operadora de TV.
Outra forma de escolha é por
telefone, cadastrando o pedido através da central de atendimento
da operadora, encarregada de liberar a exibição do programa.
A experiência internacional do setor mostra que a decisão
de compra do evento acontece momentos antes de sua exibição,
causando concentração de ligações. Isso resulta
na necessidade de automatizar o processo no sistema de gerenciamento de
assinantes, e a forma mais comum de fazê-lo é através
da Unidade de Resposta Audível (URA).
Opções – Com
a URA, o assinante navega num menu de opções utilizando as
teclas do telefone até confirmar a escolha do programa, em vez de
falar com o atendente. O cliente pode se identificar através do
seu telefone ou de um número de cadastro. A próxima etapa
consiste na busca do assinante no sistema de gerenciamento e, se ele for
encontrado e tiver as permissões para receber o evento escolhido,
a compra é efetuada.
Em ambos os casos, o sistema de gerenciamento
é o responsável pela cobrança dos serviços.
Ele cadastra todos os programas oferecidos pela operadora de TV e deve
estar 100% sincronizado com os horários de transmissão dos
programas que constam no guia de programação (impresso ou
eletrônico).
Além de toda a tecnologia
necessária para transmitir a programação, os sistemas
de informação e de comunicação de dados são
imprescindíveis nesse negócio. Qualquer interrupção
pode significar milhares de assinantes sem conseguir solicitar ou receber
o programa escolhido.
Por tudo isso, a empresa que pretende
oferecer pay-per-view precisa ter alta velocidade de transmissão
de dados, redes e computadores non-stop e tolerantes a falhas, sistemas
aplicativos de qualidade e que estejam preparados para grandes volumes
de transações.
(*) Simone
Trindade é supervisora de projetos especiais da LinkTV, divisão
da ADP que presta serviços de informática para a área
de TV por assinatura. |