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*Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 28/7/1998.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/10/00 10:35:06
PPV
Tecnologia de computação no serviço pay-per-view

Sistemas que falhem representam grandes prejuízos e frustração dos usuários

Simone Trindade (*)
Colaboradora

No Brasil, as empresas de TV por assinatura estão ansiosas por verem seus nomes associados à sigla mágica PPV (pay-per-view – pague para ver). Ela significa estar à frente e mais próxima das maravilhas do primeiro mundo. Mas, para que esse sistema se torne um benefício para o consumidor e um negócio para as empresas, tecnologias de diversas áreas devem ser usadas em conjunto, visando garantir agilidade na solicitação do programa, rapidez na liberação do evento e segurança na passagem de informações.

Para fazer a solicitação do serviço (filme, jogo, show etc.), o assinante tem duas opções. A primeira é diretamente no decodificador ligado à TV, onde a resposta é imediata, chamada de impulse pay-per-view (IPPV), ou seja, compra por impulso. Para que a transação se realize no IPPV, os decodificadores devem possuir um modem interno e estar ligados à linha telefônica, através da qual a informação chega à operadora de TV.

Outra forma de escolha é por telefone, cadastrando o pedido através da central de atendimento da operadora, encarregada de liberar a exibição do programa. A experiência internacional do setor mostra que a decisão de compra do evento acontece momentos antes de sua exibição, causando concentração de ligações. Isso resulta na necessidade de automatizar o processo no sistema de gerenciamento de assinantes, e a forma mais comum de fazê-lo é através da Unidade de Resposta Audível (URA).

Opções – Com a URA, o assinante navega num menu de opções utilizando as teclas do telefone até confirmar a escolha do programa, em vez de falar com o atendente. O cliente pode se identificar através do seu telefone ou de um número de cadastro. A próxima etapa consiste na busca do assinante no sistema de gerenciamento e, se ele for encontrado e tiver as permissões para receber o evento escolhido, a compra é efetuada.

Em ambos os casos, o sistema de gerenciamento é o responsável pela cobrança dos serviços. Ele cadastra todos os programas oferecidos pela operadora de TV e deve estar 100% sincronizado com os horários de transmissão dos programas que constam no guia de programação (impresso ou eletrônico).

Além de toda a tecnologia necessária para transmitir a programação, os sistemas de informação e de comunicação de dados são imprescindíveis nesse negócio. Qualquer interrupção pode significar milhares de assinantes sem conseguir solicitar ou receber o programa escolhido.

Por tudo isso, a empresa que pretende oferecer pay-per-view precisa ter alta velocidade de transmissão de dados, redes e computadores non-stop e tolerantes a falhas, sistemas aplicativos de qualidade e que estejam preparados para grandes volumes de transações.

(*) Simone Trindade é supervisora de projetos especiais da LinkTV, divisão da ADP que presta serviços de informática para a área de TV por assinatura.