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Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática do jornal A Tribuna de Santos, em 28/7/1998.
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/10/00 10:34:05
INFORMÁTICA FÁCIL
Crianças, computador e o desafio do futuro 

Mesmo que sirva apenas para games, o investimento já será válido

Raquel de Almeida Marques (*)
Colaboradora

O grande desafio que os pais encontram, na educação dos seus filhos, é como prepará-los para a concorrência do futuro. Devido a estas preocupações, as crianças freqüentam cursos de Inglês e Informática, entre outros. Será que isto é o ideal? Quanto ao aspecto pedagógico da questão, não saberei responder aos leitores. Mas, como professora de Informática, posso passar um pouco do que tenho vivenciado sobre o aprendizado da informática pelos pequenos.

Sem dúvida alguma, a convivência com o computador deve começar o mais cedo possível. Esta atitude desmitifica o eletrodoméstico, que ainda causa tanto medo aos adultos. 

Tudo bem, o contato é importante, mas como fazê-lo? A primeira alternativa seria a dos cursos de computação. É apropriada para favorecer o primeiro contato e ensinar o básico. Para crianças com menos de doze anos, o ideal é que estes cursos sejam dados pela própria escola que freqüentam, pois ficará assegurado que as classes possuem alunos da mesma faixa etária e que os exercícios serão direcionados às necessidades e interesses da idade. 

Aos maiores, e mesmo os adultos, os cursos livres passam a ser uma boa alternativa. Na hora de escolher, preste atenção na proposta da escola. Um curso atualizado deverá ensinar, no mínimo, Windows 95 (sistema operacional), Word 7 (editor de textos) e Excel 7 (planilha eletrônica). É o suficiente para quem quer começar. Porém, quem possui dificuldades maiores ou deseja um ensino mais efetivo e profundo, deve considerar um treinamento particular.

Treino – Mas, um dia o curso termina. A criança recebe seu diploma e será que o conhecimento de informática estará assegurado para todo o sempre? Não, por dois motivos. O primeiro é que a fluência e a segurança na utilização do computador só virão com o tempo e após bastante treino. E é incrível como essa habilidade se perde após um período sem o contato com o micro. O segundo motivo é que tudo muda muito rápido, novas versões dos programas aparecem todos os anos e a desatualização é certa. Assim, a única maneira de manter o conhecimento adquirido é possuir o computador. 

E você deve estar pensando: será que, com o micro em casa, ele estudará informática? Provavelmente não. Mas, mesmo que ele fique apenas jogando e acessando a Internet e, esporadicamente, faça um trabalho de escola, o investimento já será válido. Pois ele não perderá o vínculo com a tecnologia, e é isso o que interessa.

(*) Raquel de Almeida Marques é consultora de informática, especializada em problemas e soluções para pequenas e médias empresas, ministrando treinamentos nessa área.