INFORMÁTICA FÁCIL
Crianças, computador e o
desafio do futuro
Mesmo que sirva apenas para
games, o investimento já será válido
Raquel de Almeida Marques (*)
Colaboradora
O grande
desafio que os pais encontram, na educação dos seus filhos,
é como prepará-los para a concorrência do futuro. Devido
a estas preocupações, as crianças freqüentam
cursos de Inglês e Informática, entre outros. Será
que isto é o ideal? Quanto ao aspecto pedagógico da questão,
não saberei responder aos leitores. Mas, como professora de Informática,
posso passar um pouco do que tenho vivenciado sobre o aprendizado da informática
pelos pequenos.
Sem dúvida alguma, a convivência
com o computador deve começar o mais cedo possível. Esta
atitude desmitifica o eletrodoméstico, que ainda causa tanto medo
aos adultos.
Tudo bem, o contato é importante,
mas como fazê-lo? A primeira alternativa seria a dos cursos de computação.
É apropriada para favorecer o primeiro contato e ensinar o básico.
Para crianças com menos de doze anos, o ideal é que estes
cursos sejam dados pela própria escola que freqüentam, pois
ficará assegurado que as classes possuem alunos da mesma faixa etária
e que os exercícios serão direcionados às necessidades
e interesses da idade.
Aos maiores, e mesmo os adultos,
os cursos livres passam a ser uma boa alternativa. Na hora de escolher,
preste atenção na proposta da escola. Um curso atualizado
deverá ensinar, no mínimo, Windows 95 (sistema operacional),
Word 7 (editor de textos) e Excel 7 (planilha eletrônica). É
o suficiente para quem quer começar. Porém, quem possui dificuldades
maiores ou deseja um ensino mais efetivo e profundo, deve considerar um
treinamento particular.
Treino – Mas, um dia o curso
termina. A criança recebe seu diploma e será que o conhecimento
de informática estará assegurado para todo o sempre? Não,
por dois motivos. O primeiro é que a fluência e a segurança
na utilização do computador só virão com o
tempo e após bastante treino. E é incrível como essa
habilidade se perde após um período sem o contato com o micro.
O segundo motivo é que tudo muda muito rápido, novas versões
dos programas aparecem todos os anos e a desatualização é
certa. Assim, a única maneira de manter o conhecimento adquirido
é possuir o computador.
E você deve estar pensando:
será que, com o micro em casa, ele estudará informática?
Provavelmente não. Mas, mesmo que ele fique apenas jogando e acessando
a Internet e, esporadicamente, faça um trabalho de escola, o investimento
já será válido. Pois ele não perderá
o vínculo com a tecnologia, e é isso o que interessa.
(*) Raquel
de Almeida Marques é consultora de informática, especializada
em problemas e soluções para pequenas e médias empresas,
ministrando treinamentos nessa área. |