HISTÓRIA DO COMPUTADOR
- 43 - O futuro que vem aí
Diversos projetos são pesquisados
simultaneamente
Entre
os diversos setores de pesquisa do Nif, destaca-se o projeto The World
Wide Movie Map (wwmm), que visa organizar o ciberespaço a partir
da geografia do espaço
real. Diferente de outras iniciativas, como principalmente a Linguagem
de Modelação de Realidade Virtual (VRML), o projeto está
menos preocupado com a representação física do espaço
que com a qualidade social. A ênfase está na construção
e interação. Os criadores de material para a Web, hoje limitados
a produzir páginas estáticas em linguagem HTML, deverão
contar com ferramentas e infra-estrutura que lhes permitam construir espaços
interativos feitos não de esferas e caixas, mas de representações
efetivas do mundo real que eles poderão recriar e compartilhar,
como é explicado na página
do projeto.
Também
foi desenvolvida uma nova linguagem de programação, Bongo,
tendo como base a linguagem Java e com o objetivo expresso de tornar divertido
e fácil para as crianças o uso do poder de Java para criar
seus próprios programas ativos e dinâmicos.
Outra página
abre as portas do projeto
Plum, de um sistema computacional que amplia
notícias sobre acidentes. O sistema Plum analisa as notícias
que chegam e automaticamente compara com seu banco de dados, apresentando
os fatos relacionados para os leitores de sua comunidade. Assim, ajuda
os leitores a entenderem melhor as razões do desastre e as similaridades
entre a região onde o acidente ocorreu e a própria região
em que eles vivem, usando para isso um perfil da comunidade geográfica
onde vive o leitor para adicionar informações relevantes
para a vida desse leitor. De forma simplificada, é como se o sistema
registrasse o miado dos chamados Tigres Asiáticos e automaticamente
mostrasse uma tabela com os anos em que a Bolsa paulista teve comportamento
semelhante.
Totem 3D
- Em tese de mestrado supervisionada por Walter Bender, Jill Kliger desenvolveu
métodos de visualização que chamou de Totem Poles.
Segundo ele, as pessoas tendem a não confiar em métodos de
filtragem de notícias que não possam controlar visualmente.
Ou seja, não confiariam em um programa de computador que automaticamente
selecionasse as notícias que deveriam ser conhecidas pelo usuário,
se não pudessem ver como esse programa separa as informações
relevantes do resto (como diziam os avós, separa o joio do trigo).
Que garantia tem o usuário de que nenhuma informação
importante para ele foi omitida no processo?
Sua solução
seria colocar, ao lado do jornal personalizado, um totem de notícias
tridimensional, em que as notícias mais relevantes têm seus
títulos mais destacados, e as demais aparecem cruzando o espaço
das informações importantes ou no segundo plano dessas imagens
(algo como se você nadasse num aquário junto com as notícias,
e as mais importantes estivessem flutuando por perto, e as outras informações
ficassem mais distantes).
Há também
o projeto Media
Bank, que reúne sinais de áudio, vídeo e informação
programada num espaço Web, facilitando o uso para o usuário,
que pode trocar de formato durante os programas e facilitar de outros modos
sua participação. As pesquisas atuais estão ligadas
à escalabilidade da imagem, tolerância a falhas na rede, integração
com outras linguagens e os browsers ligados ao projeto Java.
E,
enquanto muitos se preocupam em como colocar informações
importantes em evidência, outros
pesquisam formas de escondê-las. Por exemplo, meios de embutir
textos na codificação de uma fotografia ou de um arquivo
sonoro, identificando de forma indelével seu autor para efeitos
de direitos autorais. Ou então, leia a Bíblia: afinal, o
autor do livro “O Código da Bíblia” afirma que, nos textos
milenares, há códigos escondidos que permitiram prever o
assassinato do primeiro-ministro de Israel, Yitzak Rabin, a época
do crime e até o nome do assassino, só para citar um exemplo...). |