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Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática
do jornal A Tribuna de Santos/SP, em 9 de dezembro de 1997
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 02/27/05 16:32:28

HISTÓRIA DO COMPUTADOR - 27 - O futuro que vem aí
Cheops e Isis visam nova plataforma de vídeo escalar

Dentro do conceito Televisão do Amanhã, está sendo desenvolvido também o projeto Cheops, também um sistema de vídeo escalar, projetado pelo pesquisador John Watlington. O objetivo é desenvolver uma plataforma compacta e modular para obtenção, processamento em tempo real e apresentação de seqüências de vídeo digital.

Isso é feito em paralelo às operações do processador principal do computador, requerendo portanto hardware especializado. Para isso, utiliza uma linguagem de script denominada Isis, e a equipe de Watlington está desenvolvendo também o chip especial para aquele processamento e um sistema operacional (Floe) que incorpore o sistema Cheops.

Reflection of Presence: interação entre imagens

Na página do Isis há detalhes e experimentos, como Reflection of Presence, em que o sistema inclui objetos de vídeo e áudio numa cena em movimento, como as imagens dos participantes de uma videoconferência, de forma que pareçam estar juntos num mesmo local.

Pode-se enfatizar ou reduzir a presença de um dos participantes deixando sua imagem menos ou mais transparente, e sobrepor o conjunto a um texto, ou incluir legendas sobre os personagens, sendo até possível aos participantes acrescentarem desenhos à imagem ou navegar entre os documentos colocados no fundo (background) dessa imagem.

Estão previstos aperfeiçoamentos para que o sistema trabalhe bem mesmo com grande número de participantes, além de novas técnicas que permitam interação mais natural e visões personalizadas do espaço comum, para cada participante dessa espécie de videoconferência.

Wallpaper – Outra experiência usando a linguagem Isis é a chamada The Wallpaper, em que vários elementos visuais e audíveis de uma cena (pessoas, cadeiras, mesas, sons ambientes) são gravados separadamente uns dos outros num computador e então recombinados em tempo real conforme as instruções de um script. Pode-se assim mudar ângulos de câmara, trocar elementos visuais ou audíveis da cena, mudar as características acústicas do ambiente, o brilho, as cores ou a aproximação da câmara em close-up sobre um objeto, de forma a se obter diferentes perspectivas de uma mesma cena.

Visões de objeto em diferentes estágios de processamento

Do mesmo Watlington, o projeto Vídeos Sintéticos (iniciado há dez anos) utiliza um vídeo sintético para compartilhar informações com outras pessoas que usem o mesmo espaço de trabalho computadorizado.

Como ele cita em sua tese, o maior trabalho é conseguir imagens realísticas, considerando por exemplo o efeito de uma brisa sobre o vestuário de uma pessoa. A aplicação dessas pesquisas fica evidente, quando se lembra do crescente interesse pela disputa de games interativos entre vários participantes via Internet, por exemplo.

OBS.: as páginas do projeto Isis foram sendo movidas, depois da publicação desta matéria em 1997, passando ao núcleo europeu do MIT - Massachusetts Institute of Technology - o Media Lab Europe. No início de 2005, o projeto Isis estava no núcleo Human Connectedness/Projects, no espaço do pesquisador Stefan Agamanolis: Isis.  A página original do projeto Vídeos Sintéticos continuava em 2005 no mesmo endereço citado.