HISTÓRIA DO COMPUTADOR - 27 - O futuro que vem aí
Cheops e Isis visam nova plataforma de vídeo escalar
Dentro
do conceito Televisão do Amanhã, está sendo desenvolvido também o projeto Cheops, também um sistema de vídeo escalar, projetado pelo pesquisador John
Watlington. O objetivo é desenvolver uma plataforma compacta e modular para obtenção, processamento em tempo real e apresentação de seqüências de vídeo
digital.
Isso é feito em paralelo às operações do processador principal do computador, requerendo
portanto hardware especializado. Para isso, utiliza uma linguagem de script denominada Isis, e a equipe de Watlington está desenvolvendo também o chip
especial para aquele processamento e um sistema operacional (Floe) que incorpore o sistema Cheops.
Reflection of Presence: interação entre imagens
Na página do Isis há
detalhes e experimentos, como Reflection of Presence, em que o sistema inclui objetos de vídeo e áudio numa cena em movimento, como as imagens dos
participantes de uma videoconferência, de forma que pareçam estar juntos num mesmo local.
Pode-se enfatizar ou reduzir a presença de um dos participantes deixando sua imagem menos ou
mais transparente, e sobrepor o conjunto a um texto, ou incluir legendas sobre os personagens, sendo até possível aos participantes acrescentarem
desenhos à imagem ou navegar entre os documentos colocados no fundo (background) dessa imagem.
Estão previstos aperfeiçoamentos para que o sistema trabalhe bem mesmo com grande número de
participantes, além de novas técnicas que permitam interação mais natural e visões personalizadas do espaço comum, para cada participante dessa espécie
de videoconferência.
Wallpaper – Outra experiência usando a linguagem Isis é a chamada The Wallpaper, em
que vários elementos visuais e audíveis de uma cena (pessoas, cadeiras, mesas, sons ambientes) são gravados separadamente uns dos outros num computador
e então recombinados em tempo real conforme as instruções de um script. Pode-se assim mudar ângulos de câmara, trocar elementos visuais ou audíveis da
cena, mudar as características acústicas do ambiente, o brilho, as cores ou a aproximação da câmara em close-up sobre um objeto, de forma a se obter
diferentes perspectivas de uma mesma cena.
Visões de objeto em diferentes estágios de processamento
Do mesmo Watlington, o projeto Vídeos Sintéticos (iniciado há dez anos) utiliza um vídeo
sintético para compartilhar informações com outras pessoas que usem o mesmo espaço de trabalho computadorizado.
Como ele cita em sua tese,
o maior trabalho é conseguir imagens realísticas, considerando por exemplo o efeito de uma brisa sobre o vestuário de uma pessoa. A aplicação dessas
pesquisas fica evidente, quando se lembra do crescente interesse pela disputa de games interativos entre vários participantes via Internet, por exemplo.
OBS.: as páginas do projeto Isis foram sendo movidas, depois da publicação desta
matéria em 1997, passando ao núcleo europeu do MIT - Massachusetts Institute of Technology - o Media Lab Europe.
No início de 2005, o projeto Isis estava no núcleo Human Connectedness/Projects, no espaço do
pesquisador Stefan Agamanolis: Isis. A página original do projeto Vídeos Sintéticos
continuava em 2005 no mesmo endereço citado. |