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Publicado originalmente pelo editor de Novo Milênio no caderno Informática
do jornal A Tribuna de Santos/SP, em 11 de novembro de 1997
Publicado em Novo Milênio em (mês/dia/ano/horário): 12/04/00 04:37:02

HISTÓRIA DO COMPUTADOR - 14 - O futuro que vem aí
História do livro começou há 4.000 anos

Surgido na China e na Coréia, no segundo milênio antes de Cristo, o livro fabricado com folhas de palmeira, tábuas de madeira polida, folhas de seda e papel também apareceu na Assíria e na Caldéia, como placas de argila. Só no Egito ele é escrito em papiro, em forma de rolo ou, depois, quadrado. Na Ásia Menor, na Grécia e depois no mundo romano, foi utilizado o pergaminho (pele de carneiro, de cabra ou bezerro) alvejado e polido.

Na época do imperador romano Augusto, teve-se a idéia de cortar o pergaminho em folhas, dobrá-las e cosê-las em cadernos, para dar ao livro ou códice o aspecto retangular que tem conservado desde então.

O trabalho longo e caro dos escribas começou a ser substituído por meios mecânicos, destacando-se nesse processo o xilógrafo Johann Gutemberg, que no início do século XV aperfeiçoou a tipografia, dando à imprensa um importante desenvolvimento. A partir de sua primeira Bíblia, com tiragem de 100 exemplares, a impressão se difundiu rapidamente pela Europa e pelo mundo: a arte de imprimir já era praticada em Moscou em 1563, e antes no México (1540) e na Índia (em Goa, no ano de 1557).

Brasil – A impressão de livro no Brasil só começou com a fundação da Imprensa Régia, em 13 de maio de 1808, pelo príncipe regente D. João, já com a corte no Rio de Janeiro. No começo do século XIX, o emprego do papel fabricado da polpa de madeira barateou o custo da produção, popularizando o livro e a informação (antes só reservados aos nobres, à Igreja e aos potentados).

Como informação é poder, não interessava às elites da Idade Média que a massa da população tivesse acesso aos livros e, portanto, à cultura. Essa idéia é retomada no livro Fahrenheit 451, de Ray Bradbury (adaptado para o cinema por François Truffaut), em que, a pretexto de igualar as pessoas numa sociedade sem discriminações, dúvidas e incertezas, os livros são suprimidos, proibidos e queimados (451 graus Fahrenheit é a temperatura da combustão do papel). Mas surgiu um movimento de resistência, em que cada pessoa decorava um livro, como forma de preservá-lo, tornando-se assim um livro vivo.