CARTÃO
DE VISITA: Páscoa na Internet
As origens da festa
A Páscoa
é uma data-base no calendário cristão e deve ser celebrada
no primeiro domingo seguinte à lua cheia depois do dia 21 de março
(início da Primavera), conforme as tradições. Existe
uma complicada fórmula matemática para calcular essa data,
de que participam o ciclo lunar, o ciclo solar, o chamado áureo
número, a epacta (número de dias após o início
do ciclo lunar, no primeiro dia do ano civil), a letra dominical (que designa
em que dia da semana começou o ano civil), entre outros ítens.
A partir da Páscoa, determina-se facilmente as outras datas móveis:
o domingo de Carnaval ocorrerá sempre 49 dias antes da Páscoa
e o dia de Corpus Christi, 60 dias depois.
Para os cristãos, a Páscoa
representa a ressurreição de Cristo, três dias depois
de sua morte na cruz. Para os judeus, que não reconhecem a figura
de Cristo, a comemoração ocorre durante a semana seguinte
à da Páscoa cristã.
Segundo a publicação
novaiorquina Family Word,
em página
específica sobre o tema, a Páscoa sempre foi considerada
o símbolo de uma nova vida, e o ovo pascal já era conhecido
pelos judeus com a mesma simbologia. A tradição dos ovos
decorados chegou à Europa na Idade Média, levada pelos cruzados
- era prática comum entre egípcios, persas, fenícios,
gregos e romanos pintar ovos para seus festivais de Primavera. Na Polônia
e na Ucrânia, essa tradição foi levada muito a sério.
Jóia - Os ovos de Páscoa
mais elaborados nem são ovos: um joalheiro russo, Carl
Fabergé, fez seus ovos de ouro, prata e pedras preciosas. Abertos,
revelavam pequenas imagens de pessoas, animais, plantas ou prédios,
e eram dados como presentes pelo imperador russo aos amigos.
O costume de usar roupas novas na
Páscoa começou no ano 300, com o primeiro imperador cristão,
Constantino: ele decretou que os membros de sua corte deveriam trajar as
melhores roupas nesse dia.
Os desfiles de Páscoa, como
em Nova York, começaram na Idade Média, como continuação
do Passeio de Páscoa, em que as pessoas das cidades usavam suas
melhores roupas no passeio das igrejas aos campos.
Em
partes da Europa, as tribos tinham uma forma abreviada de chamar Eostre,
a deusa da Primavera, e que começou a ser usada para descrever a
direção do nascente - Leste. Daí a palavra Easter.
As primeiras cestas de Páscoa se assemelhavam aos ninhos de pássaros.
Antes, as pessoas colocavam os ovos nos ninhos em honra da deusa Eostre.
Coelho por lebre - O coelho
de Páscoa é uma versão moderna de um símbolo
pascoalino muito antigo. A lebre (parente do coelho) era sagrada para a
deusa Eostre. No século XVIII, colonizadores alemães levaram
para os Estados Unidos a idéia dos coelhos de Páscoa. O costume
de procurar os ovos de Páscoa foi iniciado por uma duquesa alemã,
ao dizer que os brilhantes ovos de Páscoa tinham sido deixados pelos
coelhos para as crianças, que tinham como passatempo encontrá-los.
O quarto presidente dos Estados Unidos,
James Madison; sua mulher Dolly e o filho John iniciaram na Casa Branca
o costume de na segunda-feira de Páscoa fazerem anualmente uma festa
em que as crianças procuram os ovos escondidos na Casa Branca.
Canadá - Existem muitas
tradições pascoalinas, em todo o mundo. As crianças
canadenses, como lembra a Universidade
de Manitoba, acreditam que o coelho da Páscoa lhes trará
ovos coloridos, normalmente confeitados. As famílias celebram a
data comprando novas roupas, preparando cardápios especiais, além
de participarem dos serviços religiosos pascoalinos.
Tradições suecas
- Na Suécia, segundo a Lulea
University, os rituais são parecidos, incluindo o Domingo de
Ramos, que marca a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, recebido
com ramos de palmeiras. Existe a superstição de que as bruxas
ficam especialmente poderosas nesta semana. Numa terça-feira como
a de hoje, elas voam em suas vassouras para se juntar ao demônio
num lugar chamado “Blakulla”, retornando no sábado seguinte. Na
manhã de Páscoa, as pessoas temem acender suas lareiras,
porque as bruxas de Páscoa podem ter deixado algum feitiço
sobre as chaminés, a caminho de Blakulla. Para se assegurarem de
que estão livres de feitiços, queimam nove tipos diferentes
de árvores antigas.
Para que as vassouras das bruxas
voem, são molhadas com uma poção secreta, segundo
a lenda, e elas se reúnem nas torres das igrejas para seguirem juntas
até Blakulla. Aproveitam para raspar algum metal dos sinos, pois
este seria usado nessa poção. Assim, é prova de coragem
entre os rapazes passar num campanário a noite anterior à
Páscoa, sem fazer qualquer movimento, pois se forem descobertos
pelas bruxas tornam-se instantaneamente calvos. Também são
comuns cruzes e outros símbolos
sacros nas portas, tiros para o céu e outras práticas anti-bruxas.
Crianças suecas costumam se vestir de bruxas (como no Dia das Bruxas
dos Estados Unidos, doces ou travessuras), levando pequenos cartões
decorados (Easter letters). Na área ocidental do país,
os cartões são colocados nas caixas de correio ou sob as
portas, mantendo-se secreta a identidade de quem os envia.
Na tarde antes da Páscoa,
costumam comer ovos de Páscoa, que são cozidos e em muitos
casos decorados, mas longe das tradições existentes em outros
países. Nas manhãs de Páscoa, bem cedo, os rapazes
se reúnem nas vilas, munidos de galhos, e percorrem cada fazenda
na região, batendo com os galhos nas garotas, até que elas
lhes dêem de beber algo que não seja água. Depois de
algumas incursões, podem ser bem desagradáveis. Na noite
seguinte, em algumas regiões do país, elas se vingam, aplicando-lhes
seu próprio remédio...
Na quarta-feira antes da Páscoa
(Dymmelsonsdagen), é comum prender objetos atrás das roupas
das vítimas, de forma a que nada suspeitem e fiquem circulando com
esses objetos pelo maior tempo possível.
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Ovos
de Páscoa, via Internet
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