NOTÍCIAS 2009
Universidade constrói robô de forma coletiva
Iniciativa favorece tecnologia nacional em robótica
Desde setembro de 2008, docentes do Câmpus de Sorocaba
e da Faculdade de Engenharia (FE) de Bauru/SP desenvolveram, com a colaboração de internautas, o projeto inédito de criar um robô
doméstico de grande porte. Apresentado na última edição brasileira do Câmpus Party - evento internacional de tecnologia de
informática - em janeiro de 2009, o primeiro protótipo do humanóide batizado por CP01 já fala, lê pequenos textos, abre os olhos e
move a cabeça. Mas a meta é que ele ande, reconheça pessoas, estabeleça comunicação e, inclusive, expresse emoções.
"Como o Brasil não tem tradição em robótica, criamos este robô para chamar a atenção da importância do desenvolvimento desta
tecnologia no País", afirma Alexandre Simões, do curso de Engenharia de Controle e Automação de Sorocaba, um dos responsáveis pela
iniciativa. "É um projeto que abre oportunidade para o desenvolvimento do conhecimento sobre novas formas de interação entre o homem
e as máquinas", acrescenta.
CP01, o primeiro robô TORP
Imagem capturada no site do projeto
O projeto - A tarefa de construir um robô, em um País com pouca experiência na área da robótica, levou os pesquisadores a
abrir um canal de colaboração na Internet. A missão demandou integrar o conhecimento de várias áreas como Computação, Inteligência
Artificial, Engenharia, Eletrônica, Artes Plásticas e Odontologia. Segundo os docentes, para o sistema eletrônico foi realizada até
consulta com dentistas especialistas em uma resina especial de revestimento, para fazer o acabamento de cabeça, face e peito do
robô.
Como na construção do robô é utilizada a plataforma aberta (programas gratuitos) com a colaboração diversas pessoas, inclusive do
exterior, um dos desafios é compatibilizar todos os recursos computacionais e materiais. Cada membro do humanóide funciona com uma
bateria, um processador e um sistema operacional, com programas independentes, mas que precisam se integrar com as outras partes da
máquina, para que haja uma unicidade de comandos.
Outra novidade no processo de construção do robô é que ele será constante. Para isso, os docentes criaram um novo sistema de conexão
mecânica e elétrica dos membros superiores, inferiores e cabeça.
Além dos 30 colaboradores que já se cadastraram na Internet para participar do projeto, vários alunos e pesquisadores do câmpus
estão envolvidos na construção do CP01. O custo do modelo experimental foi de cerca de R$ 70 mil, com a contribuição de diversas
empresas, entre elas, a Telefônica. A próxima etapa é trabalhar na confecção das pernas e do sistema locomotor. Quando estiver
pronto medirá quase 1,80 metro e pesará cerca de 40 quilos.
Os internautas podem contribuir com sugestões através do site
www.theopenrobotproject.org. O interessado poderá fazer um download, no próprio site, de todos os arquivos sobre os
detalhes da iniciativa.
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