NOTÍCIAS 2005
O pulo dos jovens
Mario Persona
[*]
Tem gente que
quer mudar o mundo pulando, como o pessoal do WorldJumpDay. A idéia é antiga. A China
poderia aproveitá-la colocando mais de um bilhão de chineses pulando para causar terremotos em outros países e dominar o mundo. O
risco da arma sísmica virar simiesca seria grande, por isso até hoje não foi adotada. Mas quem poderá dominar o mundo com sua
influência?
Os jovens! Tem uma geração inteira deles chegando aí muito gás. Uma estudante,
Samara (20) deixou um recado para mim no Orkut que dizia:
"Sou estudante de publicidade, e na disciplina de Marketing 2 tive que escolher um livro para fazer uma resenha. Bom, acabei optando
pelo
Marketing de Gente. Ficaria contente se você, o autor do livro, pudesse dar sua opinião sobre tal. Caso se interesse, é só
falar que te mando. A propósito, adorei o livro!"
Li com carinho a resenha e adorei. Será que por ser de meu livro? Oras, o que você acha?! Tanto que decidi publicá-la aqui.
Aproveito também para descobrir que o site da Rita Apoena (21?) voltou ao ar reformado. Sou fã
de seu estilo delicioso de escrever como quem brinca com as letras. Visite o site e faça rolagem na horizontal na página inicial
para descobrir o que tem lá.
Por falar em jovens, não podia me esquecer de meus jovens filhos (he! he!). Já falei da
Lia Persona (24), autora de
Uma Luta Pela Vida, que dá os retoques finais em seu
segundo romance, "Se essa vida fosse minha", aguardando a resposta das editoras que já analisam o projeto para publicação. Agora
quem começa a explicar o inexplicável é Lucas Persona (23), escrevendo sobre
software, sistemas e programação como quem
conta histórias.
Fique agora com a resenha escrita por Samara Jorge da Silva, da Universidade Federal do Ceará sobre o livro Marketing de Gente:
A imagem talvez seja o bem mais precioso de qualquer pessoa, sobretudo de profissionais de toda e qualquer
área. É o que podemos chamar de nossa marca, pois queira ou não, somos um produto sempre em negociação. Um produto dos mais
sofisticados que fala, anda e, vejam só, até pensa! Não é esse tipo de produto que a tecnologia sempre buscou? Não só ela, as
empresas também. E como cuidar da nossa imagem e posicionar adequadamente nossa marca? Simples, através do marketing pessoal.
É simples, mas não é obvio. Não adianta, por exemplo, anunciar no jornal que você é isso e aquilo, sabe fazer tal coisa e sua mãe te
acha lindo. E é dessa maneira simples, com inovação, linguagem fácil e temas atuais que Mário Persona trata o assunto em
Marketing de Gente: O marketing pessoal como suporte para o principal ativo das empresas.
Mário Persona, que além de escritor, é palestrante, professor de marketing e consultor de empresas, mostra nesse seu
sexto livro como uma pessoa deve se preparar e agir para ter sucesso
não só na vida profissional, como na pessoal. Tudo isso com a experiência conquistada em anos no mercado e com a certeza de quem
afirma que "gente" é o fator mais importante nos negócios.
O prefácio do livro, uma carta do autor a um filho recém saído da faculdade e prestes a encarar o mundo, já indica que nas páginas
que se seguirão o autor falará ao leitor com intimidade. E assim segue o livro, de forma leve, direta, com humor, mas também
profundidade dos conceitos e conselhos, contados e passados através de crônicas e contos. Como ele deixa claro no primeiro parágrafo
da Apresentação: "Neste livro, falo de marketing e falo de gente como quem conta histórias para mentes e corações.
Afinal, marketing e recursos humanos estão casados - e sem direito a separação" (pg 14).
Toda empresa tem que ter a noção de que um serviço depende tanto das pessoas quanto do conhecimento que essas põem em prática,
afinal, a tecnologia não é mais o diferencial de uma empresa. A diferença agora está nas pessoas que trabalham nela. Ou seja, para o
melhor andamento dos negócios é preciso ter profissionais competentes, com diversas qualidades. Qualidades essas que podemos até ter
noção de quais são, mas que o autor explora através de exemplos reais dando uma idéia mais clara do que vem a ser "ser bom e parecer
bom", duas qualidades intimamente ligadas e que resumem todas as outras.
Logo na primeira crônica do livro, "Marketing pessoal e animal", o autor conta a história de uma palestrante duas caras, que
na frente da platéia se mostrava bem humorada, inteligente e transparente, dessa maneira conquistou o público ao falar de ética,
respeito e consideração. Mas, bastou as cortinas se baixarem para ela virar uma fera e acabar com a equipe que cuidava do som, que
não saíra como o esperado. Então, o autor afirma que o marketing pessoal depende do caráter, comportamento, atitude e
reputação da pessoa. Essa última para ser mantida pode se tornar tarefa das mais difíceis, ainda mais em um mundo onde qualquer
deslize transforma-se, facilmente, em catástrofe.
Além disso, o profissional tem que estar sempre em busca de renovação, tem que se atualizar e ser original. A originalidade e
criatividade que um garoto usou para destacar seu projeto de ciência que concorria com uma pedra da lua exposta ao lado, em plena a
década de setenta, é o tema de uma crônica, na qual o autor afirma que originalidade não tem preço, ainda mais quando vem
acompanhada de criatividade e inovação. Inspirar-se em alguém não é o problema. O problema está em ser apenas mais uma cópia. Sim, é
preciso se diferenciar e inovar, e sim, para isso é preciso correr riscos.
Quem poderia imaginar que trabalho em casa poderia ir além de serviços domésticos ou aquele excedente que levamos para terminar em
casa? É, mas isso está cada vez mais comum e cada vez mais eficaz. É disso que se trata a crônica "Paiêêê...seu cliente chegou!".
Muitos serviços podem e teriam melhores resultados se feitos em casa. Uma forte aliada para essa inovação é a tecnologia, por isso o
autor sempre toca nesse assunto, no qual se destaca a Internet, o meio de comunicação de maior destaque dos últimos anos. É
necessário se atualizar, ler, aprender, escutar e se render ao e-mail, ao e-book, ao blog e até ao Orkut.
Quanto às empresas, cabe a elas encontrar pessoas que cumpram a tarefa de atender bem ao cliente e também atender aos seus desejos e
necessidades. Afinal, o que leva a pessoa a adquirir um serviço ou um produto é este dar conta de seus anseios. A ética e a
honestidade conquistam o cliente e esse começa a ter respeito pela empresa, como foi o caso apresentado em "Sedativo de Escorpião",
na qual uma vendedora com essas características levou nosso cético autor a comprar o carro que vendia.
Partindo da idéia de que a empresa é o cliente e o produto é o candidato ao emprego, o livro serve tanto para os profissionais que
desejam conquistar os melhores empregos, quanto para as empresas que querem escolher os melhores profissionais.
[*] Mario Persona é escritor, palestrante e consultor de
comunicação e marketing. Texto disponível em seu site. |