NOTÍCIAS 2004
Minibajas da FEI são aperfeiçoados
Novos projetos ganham suspensão para superar obstáculos, obtêm redução do peso e aumento
da rigidez na estrutura
No grupo das favoritas da 10ª SAE Brasil-Petrobrás de Mini
Baja, as equipes de minibaja do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) começaram a testar os carros (FEIBaja 1
e FEIBaja 2) que disputarão a competição nos dias 15 a 18/4/2004, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), em
Piracicaba/SP. Campeã nacional em 2001 e 2002, e representante do Brasil em 2003, nos Estados Unidos, a FEI apresentará como atração
novos projetos de suspensão dos carros, direcionados para enfrentar os obstáculos no enduro, principal prova da competição.
Competição inclui enduro de mini-bajas
Os novos sistemas permitirão aos dois carros atravessar buracos, poças de lama e outros
obstáculos sem precisar reduzir a velocidade. "Podemos agora passar por cima de qualquer coisa e não precisamos mais reduzir a
velocidade porque os carros agüentam o tranco", comemora Rafael Donadio, capitão e piloto da equipe FEIBaja 2, campeã do enduro em
2003.
Os minibajas da FEI ficaram 10% mais leves e tiveram um aumento de 20% na rigidez da
estrutura, o que proporcionará maior velocidade e aproveitamento da energia do motor. "Para isso, alteramos o posicionamento das
barras e o material da gaiola", conta o capitão da FEIBaja 1, Luís Gustavo Baciotti Bernardino. As duas equipes, compostas no total
por 10 alunos do curso de Engenharia Mecânica, também investiram em sistemas especiais de transmissão e freios.
Mini-baja da FEI que participa das provas em Piracicaba
Participantes - O Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA) receberá mais de
mil estudantes de Engenharia, com seus 79 carros, para disputar aquela competição, que reúne 54 universidades brasileiras, além de
uma americana e uma porto-riquenha. Durante quatro dias, os estudantes porão à prova os SAE Mini Bajas, que foram projetados e
construídos especialmente para a competição.
As duas equipes que atingirem mais pontos na classificação geral das provas (estáticas e
dinâmicas) representarão o Brasil na edição Midwest Mini Baja, da SAE International, ainda em 2004, nos Estados Unidos, com vários
países.
A competição é considerada por especialistas da indústria automotiva um excelente
laboratório de formação complementar para jovens estudantes de Engenharia e futuros profissionais do setor. Assim como em 2003, além
do cunho educativo, a competição vai cooperar com a Campanha Fome Zero, do governo federal. Assim, todos que forem ver o enduro, no
dia 18/4/2004, deverão ajudar com um quilo de alimento não-perecível.
Realizada pela SAE Brasil, a competição possui, em
média, 10 estudantes por equipe. São Paulo será representado por 25 equipes, seguido de Minas Gerais com 11, Rio de Janeiro com
nove, Rio Grande do Sul, com sete, e o Paraná e Pernambuco com cinco cada. Santa Catarina faz-se representar por quatro equipes e o
Ceará três. Com duas equipes disputam Distrito Federal, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. Bahia, Maranhão, Porto Rico e EUA têm
uma equipe cada.
Depois de disputarem a edição de 2002 da competição, as equipes estrangeiras voltam à SAE
Brasil-Petrobrás de Mini Baja, através do Rochester Institute of Technology, que ficou em 5º lugar em 2001 e 10º em 2002. Porto
Rico, que
já participou com outra instituição, desta vez vem representado pela University Of Puerto Rico
Mayaguez Campus.
Mini-baja da FEI que participa das provas em Piracicaba
Competição – Os SAE Mini Baja são veículos leves, projetados e fabricados de segundo
regulamento definido pela SAE Brasil. Os carros possuem chassis tubulares em aço condizentes com normas e procedimentos de
segurança. Suspensão, transmissão e carrocerias são projetadas pelas equipes e os motores de 10 HP são padronizados. A competição se
inicia com o envio de relatórios dos projetos no mês de janeiro, e com a construção dos veículos dentro das faculdades,
encerrando-se com a realização de provas dinâmicas e estáticas em Piracicaba. No quarto e último dia de competição, os veículos
participam da prova mais esperada: um enduro de quatro horas na pista de autocross do ECPA, situada na Rodovia SP 135, KM 13,5, no
Bairro Tupi, em Piracicaba (há um mapa na Internet
para chegar lá).
Segundo o engenheiro Luso Martorano Ventura, presidente da SAE Brasil, o Projeto SAE Mini
Baja é de elevado valor na formação complementar do estudante, pois ao término da realização e construção do veículo, ele terá
passado por todos os rigores de compromisso, comprometimento, entendimento claro das regras e objetivos e, finalmente, o triunfo de
chegar ao final do projeto. "Mais importante que ele chegar ao pódio é participar da prova com todo o afinco em todas as etapas do
processo. O participante passa por uma experiência fundamental para o sucesso em sua carreira", comenta Luso Ventura.
No último dia, a atração é uma prova de enduro
Associação - A SAE Brasil - Sociedade de Engenheiros da Mobilidade - é uma associação
sem fins lucrativos e que congrega pessoas físicas (engenheiros, técnicos e executivos) unidas pela missão comum de disseminar
técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A entidade foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial,
conscientes da necessidade de se abrirem as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da
integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então, tem experimentado
grande crescimento, totalizando em 2003 mais de 3,5 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo
Sul do Brasil, tornando-se a mais importante sociedade de engenharia do Brasil.
A SAE Brasil é filiada à SAE International, uma associação com os mesmos fins e objetivos,
fundada em 1905, nos Estados Unidos, por líderes de grande visão da indústria americana e da então nascente indústria aeronáutica,
dentre os quais se destacam Henry Ford, Thomas Edison e Orville Wright, e que tem se tornado, em mais de nove décadas de existência,
uma das principais fontes de normas e padrões relativas aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 5 mil
normas geradas. A SAE International conta com mais de 85 mil sócios em 93 países. |