NOTÍCIAS 2004
Etiqueta Inteligente chega ao Brasil em 2005
Entre as empresas do varejo pesquisadas em trabalho da Associação ECR Brasil (em parceira com a
IBM Brasil), 89% revelaram intenção de investir na tecnologia de identificação por radiofreqüência
Considerada o código de barras do século 21, a etiqueta
inteligente (ePC – eletronic Product Code), também conhecida no exterior como smart tag ou e-tag, deverá se tornar uma
realidade no mercado mundial já em 2005. É a partir dessa data que grandes fabricantes e varejistas internacionais, entre eles
Wal-Mart, Tesco, Gillette e Procter & Gamble, prevêem sua adoção em paletes, caixas de embarque e produtos.
A rede de supermercados norte-americana Wal-Mart, maior rede de varejo mundial, que já
realiza testes em seus centros de distribuição nos EUA, anunciou recentemente que, a partir de 2005, os cem principais fornecedores
deverão enviar os produtos já equipados com a etiqueta.
Na Europa, grandes redes como Metro (Alemanha) e Tesco (Reino Unido) também desenvolvem
projetos-piloto com a etiqueta não só nos armazéns, mas também nas lojas. A Tesco, a gigante do varejo britânico, dias atrás,
solicitou a um grupo selecionado de fornecedores que os produtos sejam entregues nos centros de distribuição com etiquetas
inteligentes a partir de abril de 2004. As exigências do Wal-Mart e da Tesco referem-se sempre à recepção de mercadorias. A adoção
da etiqueta inteligente no ponto-de-venda demorará ainda mais alguns anos.
A Gillette, que adquiriu 500 milhões de etiquetas inteligentes em 2003, além de também
realizar testes em seu centro de distribuição nos EUA, mantém projetos-piloto com o uso da etiqueta nas gôndolas de supermercados da
rede Tesco. Com a tecnologia, a gerência da loja pode monitorar em tempo real cada produto que sai da gôndola, permitindo fazer a
reposição automaticamente e evitando a falta de itens. Todo o sistema também está ligado a um circuito interno de TV, o que também
permite prevenir eventuais furtos.
Brasil - No País, a Associação ECR Brasil coordena os estudos sobre a tecnologia de
identificação por radiofreqüência, por meio do Comitê de Etiqueta Inteligente, formado por representantes da indústria, varejo,
consultorias e fabricantes. O comitê realizou a pesquisa Etiqueta inteligente no Brasil para saber quais as áreas de maior
interesse na implementação da etiqueta inteligente, a expectativa das empresas quanto à disponibilidade da tecnologia, assim como as
previsões de desenvolvimento de projetos e investimentos a ele relacionados.
A pesquisa da Associação ECR Brasil, realizada num encontro com 47 empresas potencialmente
usuárias da tecnologia e representantes de indústrias (alimentícia, farmacêutica, higiene e beleza), distribuidores, varejistas
(supermercados, materiais de construção, eletrodomésticos e vestuário) e provedores de tecnologia, mostrou que 70% das companhias,
em média, devem fazer investimentos em tecnologias relativas à etiqueta inteligente a partir de 2005 ou depois. Entre as
representantes do varejo, 89% revelaram que farão investimentos nesse período. Da indústria, 65% confirmaram a mesma intenção.
Em relação ao prazo que pretendem passar a usar a etiqueta inteligente em grande escala,
varejo e indústria foram unânimes. A pesquisa apontou que os dois setores planejam empregar a tecnologia de radiofreqüência em suas
empresas num prazo de três anos ou mais. O grupo de empresas distribuidoras participantes da enquête, essencialmente formado por
transportadoras, estimam começar no prazo de um a dois anos a usar as etiquetas inteligentes em larga escala.
"Esses e outros resultados da pesquisa da Associação ECR Brasil são apenas indicativos,
direcionais, dadas todas as lacunas de conhecimento e eventualmente de poder dos participantes. Seu valor, entretanto, é
significativo, especialmente quando comparados os resultados brasileiros com os de eventos com o mesmo formato realizados nos EUA e
no México, cujas conclusões são bastante similares", afirma o superintendente da Associação ECR Brasil, Cláudio. "A divulgação dos
resultados deverá subsidiar tanto as empresas potencialmente usuárias, como também os provedores de soluções no estabelecimento de
foco e prioridades de ação, inclusive orientando os projetos que venham a ser conduzidos pelo grupo de trabalho que reúne a
Associação ECR Brasil e EAN.UCC", conclui Cláudio. |