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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 01/12/03 00:05:08
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NOTÍCIAS 2003

Coréia quer intensificar comércio com Brasil

A Câmara de Comércio Coreana no Brasil - Korea Trade Center (Kotra) - anunciou a organização de uma missão empresarial para a Coréia, no início de 2003 (estará em Seul nos dias 18 e 19/2), para os segmentos de tecnologia da informação, eletroeletrônica, máquinas e peças para maquinário. O objetivo é intensificar o comércio entre os dois países, cujo montante foi da ordem de US$ 2,737 bilhões, em 2001, com a Coréia exportando US$ 1,61 bilhão e o Brasil comercializando cerca de US$ 1,126 bilhão para o seu parceiro na Ásia. Mais informações estão disponíveis pelo telefone (0**11) 289.4200 e por correio eletrônico.

De acordo com Seung-Hwan Do, vice-diretor da Kotra, o público-alvo da missão é, principalmente, formado por empresas interessadas em oportunidades de negócios com empresas coreanas de médio porte, com produtos de alto valor tecnológico, tais como: programação, microprocessadores, instrumentação inteligente, além de fabricantes ou distribuidores de máquinas para diversos setores da manufatura. "Embora ostente uma avançada capacidade tecnológica e alto padrão de qualidade nessas áreas, a Coréia tem uma política de preços, em média, 30% menores que os do mercado norte-americano. Daí o crescente interesse do empresário brasileiro em estreitar laços conosco", afirma.

Segundo o executivo, a missão interessa também para empresas brasileiras que possuam produtos com perfil competitivo para oferecer aos pares coreanos. De fato, embora ainda importe a maior parte dos componentes de ponta usados em equipamentos eletroeletrônicos, o Brasil desenvolveu inúmeros focos de excelência na produção de itens como brinquedos, maquinário e programas para uso empresarial.

De janeiro a julho de 2002, a Coréia exportou para o Brasil o equivalente a US$ 655,3 milhões, representando uma alta de 17,6% em relação a igual período de 2001. As importações da Coréia, por sua vez, ficaram em US$ 775,7 milhões, com queda de 32,4%.

Ainda de acordo com Seung-Hwan Do, por meio de missões empresariais como a que a Kotra está organizando, a indústria brasileira de bens de capital e de software tem uma oportunidade de duas pontas. De um lado, consegue maior independência em relação a fornecedores tradicionais como EUA, Japão e Europa, ao mesmo tempo em que encontram interlocutores com potencial para se tornarem importantes clientes para os produtos nacionais. "Hoje, a exportação brasileira para a Coréia ainda é predominantemente composta por aço, commodities minerais, couro e produtos agrícolas. Mas há espaço para absorver produtos com maior nível de valor agregado e até de propriedade intelectual", completa o vice-diretor da Kotra.