NOTÍCIAS 2003
Coréia quer intensificar comércio com Brasil
A Câmara de Comércio Coreana no Brasil - Korea Trade Center (Kotra)
- anunciou a organização de uma missão empresarial para a Coréia, no início de 2003 (estará em Seul nos dias 18 e 19/2), para os segmentos de tecnologia da informação,
eletroeletrônica, máquinas e peças para maquinário. O objetivo é intensificar o comércio entre os dois países, cujo montante foi da
ordem de US$ 2,737 bilhões, em 2001, com a Coréia exportando US$ 1,61 bilhão e o Brasil comercializando cerca de US$ 1,126 bilhão
para o seu parceiro na Ásia. Mais informações estão disponíveis pelo telefone (0**11) 289.4200 e por
correio eletrônico.
De acordo com Seung-Hwan Do, vice-diretor da Kotra, o público-alvo da missão é,
principalmente, formado por empresas interessadas em oportunidades de negócios com empresas coreanas de médio porte, com produtos de
alto valor tecnológico, tais como: programação, microprocessadores, instrumentação inteligente, além de fabricantes ou
distribuidores de máquinas para diversos setores da manufatura. "Embora ostente uma avançada capacidade tecnológica e alto padrão de
qualidade nessas áreas, a Coréia tem uma política de preços, em média, 30% menores que os do mercado norte-americano. Daí o
crescente interesse do empresário brasileiro em estreitar laços conosco", afirma.
Segundo o executivo, a missão interessa também para empresas brasileiras que possuam
produtos com perfil competitivo para oferecer aos pares coreanos. De fato, embora ainda importe a maior parte dos componentes de
ponta usados em equipamentos eletroeletrônicos, o Brasil desenvolveu inúmeros focos de excelência na produção de itens como
brinquedos, maquinário e programas para uso empresarial.
De janeiro a julho de 2002, a Coréia exportou para o Brasil o equivalente a US$ 655,3
milhões, representando uma alta de 17,6% em relação a igual período de 2001. As importações da Coréia, por sua vez, ficaram em US$
775,7 milhões, com queda de 32,4%.
Ainda de acordo com Seung-Hwan Do, por meio de missões empresariais como a que a Kotra está
organizando, a indústria brasileira de bens de capital e de software tem uma oportunidade de duas pontas. De um lado, consegue maior
independência em relação a fornecedores tradicionais como EUA, Japão e Europa, ao mesmo tempo em que encontram interlocutores com
potencial para se tornarem importantes clientes para os produtos nacionais. "Hoje, a exportação brasileira para a Coréia ainda é
predominantemente composta por aço, commodities minerais, couro e produtos agrícolas. Mas há espaço para absorver produtos
com maior nível de valor agregado e até de propriedade intelectual", completa o vice-diretor da Kotra. |