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NOTÍCIAS 2003

Varejo: mudar é possível

Eliane Ringer Ferreira (*)
Colaborador

O varejo vem sofrendo profundas mudanças nos últimos anos, e algumas ferramentas, como "intuição" e "olhômetro" estão com seus dias contados. As transformações decorrentes da irreversível abertura de mercado, por meio da globalização e da vinda de fortes grupos do Exterior, o perfil mais cívico e exigente do consumidor e vários outros fatores exigem que o micro e o pequeno varejista tenham uma gestão eficiente e eficaz do negócio. Dessa forma, é necessário que as micro e pequenas indústrias planejem adequadamente seu projeto de automação.

Sobreviver no cenário atual sem automação é muito difícil. Informações em tempo real na gestão dos negócio, vendas, compras, margens de lucro, composição de mix, atendimento e fluxo de caixa são rotinas e ações vitais para o crescimento das empresas. A automação também é indispensável para que o varejo faça frente aos obstáculos impostos pela concorrência das grandes cadeias varejistas, à globalização e às mudanças econômicas. Isto, porque o controle básico do varejista está na distribuição entre as funções de compra, venda, crédito, recebimento, movimentação, armazenamento, pagamento e as transações financeiras de modo geral, sendo estas as funções cobertas pelo que chamamos de automação.

A visão do empresário limita-se muitas vezes à percepção de seus clientes, mas é necessário ir sempre além do que o cliente percebe. Deve-se fazer o que é necessário e preciso para o crescimento e eficiência do negócio. Só assim é possível atender às necessidades do consumidor, podendo até superá-las. E é justamente por meio da automação que se pode auxiliar o varejista a antecipar, calcular e controlar os riscos e perdas em seu negócio.

Utilizar ferramentas da automação é caminhar com a modernidade, é eliminar operações anacrônicas e o desperdício. É beneficiar os cidadãos, à medida que contribui para a democratização do acesso aos bens de consumo. Isto é fundamental, pois o consumidor brasileiro assume definitivamente as prerrogativas da cidadania e quer pagar menos por produtos de qualidade cada vez melhor. Além disso, em especial nos grandes centros, o ritmo das pessoas e profissionais não permite perda de tempo nas filas dos caixas dos estabelecimentos varejistas. Também não se admitem erros nos preços. Todos esses fatores são contemplados pela automação e viabilizados pela utilização correta do código de barras, um avanço inquestionável.

A cada instante surge uma nova tecnologia no mundo, conceitos são revistos, assim como processos, a quantidade de informação a ser assimilada diariamente é enorme. Angustiante? Talvez, mas o fato é que as empresas precisam estar abertas e atentas a essas novas exigências. Mudar a cultura do varejo, indústria, atacadista e distribuidor não é fácil, mas é possível. A automação e a inovação tecnológica devem fazer parte do dia a dia das empresas como é o ato de negociar.

(*) Eliane Ringer Ferreira é assessora de soluções de negócios da EAN Brasil - Associação Brasileira de Automação.