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NOTÍCIAS 2002

Publicações

Electronic Gamming Monthly (EGM Brasil) - Na edição de 12/2002, a publicação da Ziff Davis Media/Conrad Editora destaca na capa o jogo Grand Theft Auto, com os bastidores da produção, dicas de sobrevivência, os melhores carros e armas e outros detalhes. Apresenta ainda, de forma exclusiva, as primeiras informações sobre Enter The Matrix e, diretamente da França, as novidades de Rayman 3: Hoodlum Havoc.

Nessa edição especial natalina, aborda os sete jogos em lançamento relativos à saga do bruxinho Harry Potter, e adianta as novidades sobre Devil May Cry 2 (para Playstation 2), Starcraft: Ghost e Minority Report (para todos os consoles) e Unreal Championship (para Xbox). E revê os jogos Phantasy Star Online (GameCube), Fifa 2003 (PC), Blinx: The Time Sweeper (Xbox) e Ratchet & Clank (Playstation 2).

Nintendo - Metroid Prime é o jogo destacado na capa da edição natalina (12/2002) da revista da Nintendo, publicada pela Conrad Editora, com uma cobertura completa em 18 páginas sobre esse lançamento, que é também detonado com toda a estratégia.

Nas outras reportagens, detalhes sobre os jogos Zelda: Ocarina of Time e Ura Zelda para GameCube; uma viagem de volta no tempo em Fusion para Game Boy Advanced, detonado com todos os detalhes, e a história da Activision.

Há também uma prévia dos jogos para consoles Nintendo: O Senhor dos Anéis (GameCube e Game Boy Advanced), Harry Potter e a Câmara Secreta (GameCube), Harry Potter/Hamtaro (Game Boy Color), Tony Hawk's Pro Skater 4 (GameCube), Resident Evil 0 (GameCube), Kelly Slater's Pro Surfer, Contra Advance/Game & Watch 4 (Game Boy Advanced), Taz Wanted/Bloody Raine (GameCube).

Herói - Na edição de 12/2002, a revista da Conrad Editora dedicada ao universo dos quadrinhos e animações apresenta uma entrevista exclusiva com Matt Groening, o criador da série de desenhos animados Os Simpsons, em que ele explica as polêmicas alusões depreciativas ao Rio de Janeiro feitas em um dos episódios e pede desculpas ao público brasileiro.

Outra polêmica é levantada por Hayao Miyazaki, um dos principais diretores de desenhos animados, quando afirma que essa atividade está extinta como arte no Japão, tendo descambado para o apelo sexual e a violência, e quer que as pessoas discutam os efeitos que isso está tendo nas crianças.

A revista destaca a continuação de O Senhor dos Anéis: As Duas Torres; Crumb, o homem que reinventou os quadrinhos estadunidenses; e a tendência de muitos jogadores de preferirem atuar como o vilão nos jogos de computador.

Anuário Informática Hoje 2002 - Apresentando as 250 maiores empresas do setor, especialmente a premiada como Empresa do Ano e as mais eficientes, além do prêmio Marca Líder, a publicação anual da Plano Editorial inclui matérias especiais avaliando o mercado brasileiro no setor e projetando as tendências para os próximos anos. O título das análises já definem o ano: "A indústria de Tecnologia da Informação avança, mas em ritmo mais lento"; "Os serviços ganham cada vez mais espaço"; "Os clientes querem mais qualidade", "O avanço do dinheiro de plástico", "Distribuidoras: é hora de apertar os cintos", "Revendas: mudança de rota, para sobreviver", "Internet: as perspectivas são animadoras"; "Governos mais abertos, via Web", "Novas armas contra a pirataria", "Sistema de Pagamentos Brasileiro: muito trabalho e pouco dinheiro", "Aplicativos: o reinado da pequena empresa", "Crescimento, no rastro do apagão", "Computadores portáteis: avanço lento, mas seguro", "A luta sem fim pela política industrial".

Os católicos e a economia de mercado - Oposição ou colaboração? - "É uma perigosa ilusão pensar que as reformas econômicas, ainda que tão necessárias, serão capazes de remediar por si sós os graves males que afligem a sociedade, pois a crise contemporânea é essencialmente moral" disse o arquiteto e construtor Adolpho Lindenberg no lançamento de seu livro, em que faz um apelo ao resgate dos princípios morais e do bom senso como meio de dar um rumo certo à economia e à sociedade.

Lindenberg acrescentou que em seu livro não se limita a tomar uma atitude meramente defensiva e crítica, mas quer dar seu "contributo para despertar entre o público, especialmente na juventude, um desejo ardente de uma ordem de coisas autenticamente cristã, contrária ao legado socialista e aos erros do mundo moderno". O autor lembrou a "importância fundamental que outrora se atribuía aos valores morais, às tradições e às regras de bom relacionamento social, assim como ao bom senso, à ética e à lei natural", e disse que a defesa desses valores não é um mero saudosismo, mas uma questão de sobrevivência.

Ao longo de 19 capítulos, o livro do arquiteto paulistano analisa os aspectos mais delicados da economia global contemporânea numa linguagem acessível, sem ambições acadêmicas e sem a intenção de dar uma solução definitiva aos problemas concretos, mas fazendo uma firme defesa da economia de mercado, fundamentada no direito de propriedade e na livre iniciativa, oposta ao conceito totalitário do Estado.

Perguntado sobre a idéia do pacto social apresentada pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, após esclarecer que o lançamento de seu livro no Brasil era uma simples coincidência de datas com a referida proposta, disse que nenhum pacto pode chegar ao pleno êxito se deixar de lado os princípios cristãos. "Lula, em encontro com sindicalistas, acaba de dizer que tem bons ouvidos, que está disposto a um debate democrático sadio, que aprendeu que as coisas não ocorrem na marra e que não considera ter a verdade absoluta dentro de si. Neste sentido, espero que meu livro seja uma modesta, mas leal, contribuição para que o Brasil alcance toda a riqueza espiritual, cultural e econômica a que está chamado".

Além da publicação no Brasil, a cargo da Editora LTR e em Portugal pela Editora Civilização, o livro de Adolpho Lindenberg conta com edições em inglês e italiano, tendo sido efetuados lançamentos em Washington e Roma. Os interessados podem receber gratuitamente, por correio eletrônico, a introdução feita pelo autor à edição brasileira.

Quem disse que os elefantes não dançam? - É possível virar o jogo numa empresa que chegou ao fundo do poço? Caso clássico de reviravolta vitoriosa é o da IBM que em 1990 teve o ano mais lucrativo de sua história e três anos depois esteve prestes a perder US$ 16 bilhões e entrar na lista negra das empresas ameaçadas de extinção. O colapso só não aconteceu graças a Louis Gerstner, Jr., principal responsável pelo renascimento da IBM. Contra todas as expectativas, a empresa ressurgiu das cinzas e voltou a ocupar o topo do mercado.

Toda a história dessa transformação - desde que assume como titular e diretor executivo da IBM em abril de 1993 na sua fase mais crítica, até março de 2002, quando se aposenta - é contada pelo próprio Louis nesse livro de 320 páginas (traduzido por Afonso Celso da Cunha Serra e lançado pela Editora Campus), escrito sem a ajuda de um co-autor ou escritor fantasma. Em suas próprias palavras, o autor conta passo a passo sua chegada à empresa e sua campanha para recompor a equipe de líderes e renovar o fôlego e o entusiasmo de seus empregados.

Através de uma narrativa eletrizante e ágil, Louis detalha no livro os meandros e bastidores da IBM - desde os primeiros dias sondando os pontos fortes da empresa, até a decisiva formulação e implementação de uma estratégia vitoriosa que finalmente levaria à virada do jogo. Apaixonado, franco e direto, Louis não mede esforços para mostrar o que ele fez e por que fez.

Ao assumir o controle, Louis fez com que os gerentes trabalhassem em sintonia para resgatar a missão da IBM: ser a maior fornecedora de soluções de computação para seus clientes. Apesar das críticas, decidiu  manter a empresa coesa e reduzir o preço de seu produto mais importante para manter a competitividade. A partir de seu ponto de vista privilegiado como diretor executivo, Louis abre ao grande público a extraordinária história dos anos em que esteve à frente da Big Blue.

"Poucas pessoas e poucas instituições reconhecem a própria falta de foco, mesmo no exercício de uma auto-avaliação honesta. Contudo, aprendi que esta é a causa mais freqüente da mediocridade empresarial" cita o autor, no capítulo Lições Aprendidas.

Louis Gerstner continuou como presidente do Conselho até o final de 2002. Antes de liderar a IBM, ocupou os mesmos cargos durante quatro anos na RJR Nabisco, Inc. Antes disso, dirigiu por onze anos a American Express Company, como presidente da
matriz e titular/diretor executivo de sua maior subsidiária, a American Express Travell Related Services Company. Anteriormente, foi diretor da firma de consultoria McKinsey & Co., Inc. Recebeu o título de bacharel em engenharia do Dartmouth College e o MBA da Harvard Business School.

Oriente Médio - Todos os dias, os conflitos sangrentos entre árabes e israelenses enchem os noticiários. O mundo inteiro acompanha, atento, as idas e vindas do processo de paz e convive com questões que envolvem assentamentos, homens-bomba, Hamas, Faixa de Gaza, Cisjordânia, campos de refugiados, fundamentalismo islâmico, entre tantos outros termos que, na maioria das vezes, não são aprofundados.

Mas, afinal, de onde surgiu tudo isso? Qual a razão de tantos antagonismos, há tanto tempo? Como situar estas questões em um  contexto que faça algum sentido? Em seu novo livro (301 páginas, lançado pela Editora Campus), o historiador e professor Márcio Scalercio propõe-se justamente a desenhar um panorama histórico, político e militar de um conflito que pode ser caracterizado como milenar, mas que se cristalizou na modernidade há pouco mais de 50 anos, logo após a criação do estado de Israel, em 1948.

Recorrendo a inúmeras fontes e a uma notável erudição em história militar, Márcio detalha cuidadosamente a gênese das contradições que  marcam a difícil convivência entre árabes e israelenses. Trata dos principais protagonistas (inclusive grupos terroristas e partidos políticos) e faz narrativas quase fotográficas das grandes batalhas na região, com destaque para o desenrolar dos acontecimentos que resultaram em cada guerra e os equipamentos e táticas militares utilizadas.

Posicionando-se, acima de tudo, a favor do compromisso, o autor descreve eventos fundamentais, relações internacionais, perfil de grandes lideranças, diferentes fases políticas do conflito. "O objetivo maior é fazer uma análise que constate o que aconteceu para entender o agora", afirma o autor - que não esconde, no livro, suas próprias opiniões, recheadas com humor e ironia.

Mergulhado no estudo de uma situação histórica interminavelmente caótica, ele sinaliza, no entanto, para uma possível convivência, mesmo admitindo que as bases para que isto se concretize são as mais difíceis. "Não existe outra alternativa", diz. Com um texto vivo e prazeroso, o autor preenche uma lacuna na literatura sobre a história mundial, ao destrinchar as complexas relações que se dão no Oriente Médio.

Márcio Scalercio é carioca, doutorando em ciência política pelo Instituto
Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (Iuperj) e mestre em história social pela
Universidade Federal Fluminense. Professor titular da Universidade Cândido Mendes e professor do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Realiza estudos nas áreas de história militar, história dos conflitos internacionais e dos sistemas de armamentos. Publicou vários artigos referentes a estes temas e é autor do livro Um inventário da prosperidade: a economia
norte-americana no século XIX, pela Editora Contracapa.

Sobre Deus e o Sempre - Afinal, onde Deus está? Em que tempo fora do nosso tempo Ele se encontra? De onde viemos e para onde vamos quando saímos do tempo? Em seu novo livro (184 páginas Editora Campus), - o mais ambicioso de sua carreira - Nilton Bonder propõe uma profunda reflexão sobre a natureza de Deus.

Numa linguagem prazerosa, Nilton traduz essa questão que, em si, traz a junção da certeza e da dúvida. O autor parte do princípio de que Deus habita um outro tempo - nem passado, presente ou futuro - mas um quarto tempo, que é o sempre. Tempo no qual também estaríamos imersos - embora nos seja imperceptível aos sentidos - e que seria um parâmetro intuitivo presente em nossa consciência. Mas que tempo é esse que é um lugar e que não tem direção? Como lidar com a possibilidade de que algo possa estar fora do tempo, se é nele que nos percebemos e resgatamos a memória do que já existiu?

Nas palavras do autor, o livro é um convite para uma viagem, que tem o intuito de levar as pessoas para um mapa maior, onde as coordenadas são dadas não por referências externas, mas internas. Segundo Nilton, cada um contém em si a memória não acessível de uma incrível trajetória que traz a todos para o aqui. Esta memória feita de passados e da sensação de transitoriedade do tempo também é repleta de um sentimento antigo da presença do sempre. E é nele que reside a eternidade e a divindade.

Para tal viagem, Nilton afirma fazer uso de todos os recursos possíveis para visualizar a silhueta desta existência que não reside onde todos vivem. "Estaremos em busca de furtivos encontros com o nada e com o vazio para aprofundarmos nossa intimidade com esta realidade", diz.

Proporcionando a ampliação do horizonte sensível e ético de cada um, a obra conduz ao caminho da essência divina, encontrada justamente na característica central que é a ausência Dele no tempo. É a oportunidade de, ao investigar essa natureza de Deus, descobrir aspectos da própria existência humana.

Nilton Bonder é rabino e líder espiritual da Congregação Judaica do Brasil. Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade de Columbia, é doutor em Literatura Hebraica pelo Jewish Theological Seminary. Seus livros - entre eles Exercícios d'Alma (Prêmio Jabuti 2000, na categoria religião) - são publicados também na Holanda, Itália, Alemanha, Estados Unidos, Coréia do Sul e Espanha. Em 2001, lançou pela Campus Fronteiras da Inteligência.