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NOTÍCIAS 2002

TV divulga os efeitos do El Niño no Brasil

Conheça as características e os possíveis efeitos do fenômeno de acordo com estudo realizado por The Weather Channel/O Canal do Tempo

O fenômeno El Niño volta a ocorrer em 2002/2003, e seus efeitos podem começar a ser sentidos no segundo semestre de 2002. Normalmente - e às vezes de forma irresponsável - apontado como grande vilão das calamidades associadas ao clima, o El Niño é um dos principais fenômenos naturais associados às anomalias climáticas, mas não o único.

Para esclarecer todas as questões referentes ao tema e revelar os prováveis efeitos do fenômeno nos próximos meses, The Weather Channel/O Canal do Tempo montou um completo guia sobre o assunto, em estudo de seu meteorologista sênior Vinícius Ubarana:

O QUE É O EL NIÑO E QUANDO ELE OCORRE

O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do Pacífico Equatorial Oriental, desde a costa do Peru e Equador, podendo se estender até o meio da bacia do Pacífico.

O aquecimento e posterior resfriamento, até que as águas voltem às condições habituais, costuma durar entre 12 e 18 meses. A evolução típica do El Niño mostra que o fenômeno tem início no final do primeiro semestre do ano, atinge a intensidade máxima em dezembro, e enfraquece na metade do ano seguinte.

O fenômeno não apresenta um ciclo regular. Podem se passar décadas sem a ocorrência do El Niño.

QUAIS OS EFEITOS DO EL NIÑO

O El Niño é um fenômeno oceânico. As respostas da atmosfera a essa ocorrência são a inversão da direção dos ventos e a mudança na pressão atmosférica no Pacífico.

O fenômeno acoplado oceano-atmosfera chama-se El Niño-Oscilação Sul, sendo essa última parte a resposta da atmosfera às mudanças no oceano. Essa resposta pode se medir através da pressão atmosférica no Pacífico, representada pela chamada Oscilação Sul.

Como conseqüência, há alteração na distribuição de chuva e nebulosidade, além de mudanças na temperatura, em países como Peru e Equador. Esses são efeitos quase que diretos.

Outros resultados são anomalias climáticas indiretas ao redor do globo, como as secas observadas na Amazônia Oriental e Nordeste do Brasil, assim como a redução/enfraquecimento da temporada de ciclones no Atlântico Norte.

Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA–EUA), as observações indicam um evento El Niño formado no Pacífico, com alguns dos efeitos diretos já verificados no Pacífico, como a chuva acima da média ocorrida nos últimos meses na costa do Peru e Equador. Possíveis efeitos secundários podem começar a ocorrer nesse semestre ao redor do mundo.

O El Niño 2002/2003 não promete ser tão forte quando o de 1997/1998, embora o prognóstico climático disponível até o momento não permita definir, com precisão, a sua magnitude e duração – verificando-se, no momento, somente a tendência de será um evento fraco, com duração máxima até o segundo semestre de 2003.

Confira os possíveis efeitos do El Niño no Brasil:

Norte – Secas no norte e leste da Amazônia. Aumento da probabilidade de incêndios florestais.

Nordeste – Secas no norte do Nordeste durante a estação chuvosa, de fevereiro a maio.

Sudeste – Moderado aumento das temperaturas médias.

Sul – Precipitações abundantes, principalmente na primavera, e chuvas intensas de maio a julho. Aumento da temperatura média.

O NOME EL NIÑO

O El Niño é um fenômeno ancestral, cujos efeitos foram descritos até em crônicas pré-colombianas.

Durante séculos os pescadores das costas do Peru e do Equador conviveram diretamente com seus efeitos, observados especialmente na época do Natal.

Por conta disso, o fenômeno passou a ser chamado de El Niño, em alusão ao nascimento do menino Jesus.

LA NIÑA

A ocorrência oposta ao El Niño é conhecida como La Niña, caracterizada pelo resfriamento das águas do Pacífico.

Embora fisicamente o fenômeno em si seja o inverso do El Niño, seus efeitos não são diretamente inversos aos do El Niño. Ou seja, onde verificaram-se inundações decorrentes do El Niño, por exemplo, não se verificará, necessariamente, uma seca em decorrência de La Niña.

O EL NIÑO NÃO É...

Uma enchente, uma seca, uma tempestade.... Trata-se de um fenômeno climático, cujos efeitos podem ocasionar anomalias como enchentes, secas e tempestades.

Causa única das anomalias climáticas do planeta. É preciso levar em consideração todas as variáveis que controlam a atmosfera.

Um fenômeno que necessariamente aumenta o número de calamidades associadas ao tempo e ao clima. Não há dúvidas quanto ao efeito destrutivo de anomalias climáticas decorrentes do El Niño, especialmente na América Latina. Porém, o grande número de vítimas e as gigantescas perdas materiais associadas a esses fenômenos devem-se principalmente à vulnerabilidade das populações a eventos desse tipo e à falta de políticas eficientes de alertas meteorológicos.

Emissora - Única cadeia de informação meteorológica que transmite 24 horas por dia previsões locais, nacionais, regionais e internacionais, sete dias por semana, The Weather Channel chega a mais de 9,6 milhões de assinantes em toda a América Latina e a mais de 80 milhões de lares nos Estados Unidos. Cada canal é programado 100% no idioma nativo da região que serve.

Em 1998 o TWC inaugurou dois sites Web como complemento de seu serviço a cabo: Weather Brasil ou Canal do Tempo e Weather-Espanhol. Ambos oferecem informações confiáveis e permanentemente atualizadas sobre o tempo na América Latina. Além disso, o site é composto por mapas específicos sobre o clima e previsão para mais de 7.000 cidades internacionais.

O weather.com está entre os principais sites de conteúdo da Web, segundo o Média Metrix, recebe uma média de 10 milhões de visitantes por mês, mais de 350 milhões de page views, sendo um dos principais entre os sites que oferecem notícia e informação, segundo Nielsen/NetRatings.

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