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NOTÍCIAS 2002

DuPont Fluorquímicos destaca a linha Suva

Empresa quer certificação ambiental  e desenvolve seu comércio eletrônico

Tecnologia de ponta em processamento, controle de qualidade e distribuição de fluídos refrigerantes. A frase resume as atividades da unidade industrial mantida pela DuPont do Brasil, Divisão Fluorquímicos, no município de Barra Mansa (RJ), no sentido Rio de Janeiro da Via Dutra. A empresa também mantém um canal de comércio eletrônico na Internet.

Tanques de armazenagem de Suva em Barra Mansa/RJ

Do lado de fora das instalações, chamam a atenção de quem passa pela rodovia os tanques de armazenamento de produtos e o inconfundível oval da logomarca da empresa. Mas os detalhes do interior da planta é que realmente valem a pena ser conhecidos.

De sua unidade de Barra Mansa, a DuPont supre a demanda de pelo menos 200 empresas brasileiras que usam fluídos refrigerantes, atuando sobretudo com a linha de alternativos Suva, produzida nos Estados Unidos. Uma complexa e moderna operação comercial, seguida de procedimentos exclusivos de controle de qualidade, monitoram a distribuição desses produtos aos quatro cantos do País. "Trabalhamos para que nossos clientes possam manter sua operação 24 horas por dia, sem falhas", define Ricardo Luiz G. Santos, gerente de suprimentos da DuPont Fluorquímicos e responsável pela unidade de Barra Mansa.

Cada lote de fluído refrigerante que chega à planta da DuPont, vindo do exterior, resulta de um processo gerencial baseado em projeções de vendas antecipadas em até 30 meses, sustentado principalmente em dados sobre os volumes/especificações consumidos, por cliente, ao longo dos últimos períodos, e no nível de estoque necessário para que este mantenha sua produção ininterrupta - entre outras informações de Logística.

Vista aérea da unidade da DuPont Fluorquímicos em Barra Mansa/RJ

Interligação - Para tanto, a companhia desenvolveu em Barra Mansa um modelo operacional que interligou suas áreas comercial, de importação, qualidade e processamento de dados - processo certificado com a norma ISO 9001/2000. Com isso, a própria DuPont passou a monitorar, para muitos clientes, a programação de abastecimento de Suva - e a informá-los com antecedência sobre dia e hora da entrega do produto, além das questões fiscais, tributárias e comerciais envolvidas. "A precisão do processo é de 100%", afirma Ricardo, reforçando: "A chance de desabastecimento é zero".

Esse padrão de excelência na relação com clientes ganhou força com a implantação do sistema DuPont Direct, ferramenta de negócios adotada pela companhia em todo o mundo, mas que teve sua versão para o mercado nacional de Fluorquímicos desenvolvida sob forte envolvimento da unidade de Barra Mansa, representada pela analista de sistemas Alessandra Bock.

Trata-se de um canal comércio eletrônico, que mantém em rede a operação daquela planta com a área comercial dos clientes. A DuPont ainda responde pela instalação do sistema nas empresas usuárias e oferece treinamento a operadores. "A relação comercial passa a acontecer em tempo real", destaca Alessandra.

De acordo com o gerente de mercadologia da DuPont, Maurício Xavier, 96% da demanda por fluídos refrigerantes do segmento de reposição é suprida via DuPont Direct, enquanto o setor de OEM passará a contar com a ferramenta em breve. "Hoje 60% do volume de negócios de Fluorquímicos no Brasil se dá via DuPont Direct", diz Maurício. "Em pouco tempo, devemos chegar perto de 100%", adianta.

Linha de produtos Suva

Análises e qualidade - A garantia de qualidade da linha Suva distribuída no Brasil recebe aval da unidade de Barra Mansa antes de seguir para o cliente. Explica-se: os produtos vêm do exterior. Contudo, são submetidos aqui a análises rigorosas já ao chegar, sempre acompanhados de laudos técnicos produzidos nos locais de origem - relativos a especificações técnicas, composição e outros dados. Assim, têm as características reavaliadas por completo, e não saem de Barra Mansa sem a emissão de um novo laudo. O objetivo de tamanha preocupação é verificar, por exemplo, se não ocorreram alterações, do tipo contaminação por umidade, durante o manuseio, ou se o produto é mesmo aquele requerido pelo cliente.

As análises de qualidade de Suva são realizadas com o suporte de um laboratório de última geração, equipado com aparelhos sem similar no País, com destaque para um cromatógrafo de alta precisão capaz de identificar 1 parte por milhão de eventuais impurezas, numa simples amostra de produto. "Procedimento idêntico também pode ser feito na base de operação do cliente, se houver registro de alterações decorrentes de processos - entre outros fatores -, usando um micro-laboratório portátil, montado exclusivamente para esta finalidade, talvez único do gênero no Brasil", explica Ricardo.

De acordo com o executivo, o laboratório de Barra Mansa executa em média 300 análises por mês, envolvendo todos os tipos de fluídos refrigerantes comercializados pela DuPont - e agora está apto para produzir estudos de reciclagem. "Três anos atrás, o grau de sofisticação de nosso laboratório só era encontrado nos Estados Unidos", revela Ricardo. O laboratório ainda reúne condições para desenvolver estudos de formulação de novos produtos aerossóis, segundo condições específicas apresentadas pelos fabricantes. "Em resumo, podemos proporcionar a interação entre o produto do cliente e o agente expansor indicado", diz.

Por sua vez, Maurício Xavier lembra que capacitação tecnológica da unidade já deu origem a uma linha de propelentes, da famíla Dymel, totalmente desenvolvida no Brasil, cuja descoberta está associada aos esforços locais da DuPont no sentido de encontrar soluções para a substituição do CFC na produção de aerossóis, em conformidade com as necessidades dos clientes atendidos no segmento.

Mas a preocupação da DuPont com os padrões de qualidade e segurança de sua linha de fluídos refrigerantes vai além dos limites da planta de Barra Mansa. Estende-se às unidades industriais dos clientes, a muitos dos quais a companhia fornece equipamentos de suporte, ou ativos, como grandes tanques de armazenagem - além de gerenciar seu funcionamento, manutenção e mecanismos de segurança. Isso resulta, entre outros benefícios, num índice próximo a zero no tocante a vazamentos seguidos de emissões na atmosfera.

Há cinco anos sem registro de acidentes, a planta de Barra Mansa dedica especial atenção ao manuseio de embalagens retornáveis, que os clientes enviam para reenvase. São verificados, por exemplo, as condições de uso dos cilindros, válvulas, roscas e outros detalhes. O descarte de recipientes impróprios é imediato. Já os cilindros aprovados para reenvase são degasados, numa operação cercada de minúcias de segurança - e sem falhas - visando a verificação de resíduos de produto em seu interior. "O índice de perdas por manuseio é inferior a 1,5%, enquadrado rigorosamente nos patamares aceitáveis", reforça Ricardo.

Inaugurada em 1957, inicialmente para produzir os fluídos Freon 11 e 12 e mais tarde o Freon 22, a unidade de Barra Mansa da DuPont Fluorquímicos foi expandida em 1975. Em 1991, deu início à distribuição da linha de alternativos Suva. Cerca de 15% da receita da planta são destinados a programas de segurança e meio-ambiente.

Até 12/2002, a unidade da DuPont Fluorquímicos em Barra Mansa deverá contar com a norma ambiental ISO 14 001, cujo processo de certificação está em andamento. Neste aspecto, outra inovação: a companhia empreendeu uma atualização da norma ISO 9002 para ISO 9001/2000, para interligá-la à ISO 14.001. "Estamos integrando uma norma de qualidade a uma norma ambiental, o que certamente encurtará o caminho da certificação", conclui Ricardo.

O general Macedo Soares (óculos e chapéu), um dos fundadores da CSN, na inauguração da planta de Barra Mansa, em 1957

Na Fispal - De 17 a 20/6/2002, a Bandeirantes Refrigeração Comercial apresenta durante a Fispal Alimentação quatro de seus produtos, desenvolvidos com o emprego da linha de fluídos refrigerantes alternativos Suva, da parceira DuPont. Há 15 anos no mercado, a Bandeirantes produz e comercializa insumos voltados aos segmentos de refrigeração comercial e industrial. No estande da Rua G, 49, do Expocenter Norte, Pavilhão Azul, apresenta vários produtos:

Jet Freezer - túnel de congelamento rápido para pequenos e médios fabricantes, indicado para a conservação de salgados (coxinhas, pães de queijo etc.), com capacidade para 100 kg/h e recursos que mantêm as propriedades nutritivas de alimentos.

Câmara frigorífica - produzida de acordo com as necessidades de usuários no tocante a tamanho e capacidade de armazenagem. Versátil, destina-se tanto a açougues e confeitarias como a floriculturas, para a conservação a 0º Celsius.

Câmara para congelados - atinge até menos 30º Celsius e é utilizado para congelamento de carnes, polpa de frutas e sorvetes, entre outros.

Recolhedora de fluídos refrigerantes RB1 - empregada na manutenção de refrigeradores ou em operações de Retrofit. Impede, por exemplo, que fluídos refrigerantes sejam perdidos na atmosfera.

Recolhedora e recicladora RRB 15000 - para recolhimento e reciclagem de fluídos refrigerantes, permitindo o reaproveitamento desses compostos.

Recolhedora RB1, da Bandeirantes, é apresentada na Fispal

Em parceria com a Bandeirantes, a DuPont Brasil/Divisão Fluorquímicos também expõe na Fispal sua linha completa de fluídos refrigerantes alternativos Suva.

A DuPont, que em 2002 completa 200 anos de existência, é uma companhia voltada para a Ciência, que concentra seus esforços em busca de soluções que melhorem o dia-a-dia das pessoas nas áreas de alimentação e nutrição; higiene pessoal; moda; casa e construção; eletrônicos; transporte e comunicação. Está presente em 70 países e conta com 90 mil funcionários.

Patentes - A DuPont Fluorprodutos anunciou em 20/5/2002 ter conseguido um acordo de licença de patentes com a Great Lakes Chemical Corporation (GLCC) envolvendo o uso do HFC227ea em produtos de proteção contra incêndio. O acordo permite a cada companhia os direitos sobre outras patentes que contenham o HFC227ea como agente de proteção contra incêndios, dando tanto à DuPont como à GLCC acesso ao mercado mundial de venda e mercadologia do HFC227ea. Outros termos do acordo não foram divulgados.

A DuPont comercializa o HFC227ea na indústria de proteção à incêndios sob a marca
FE-227. A GLCC comercializa  o HFC227ea sob a marca FM-200. Agente químico substituto ao Halon 1301, o HFC227ea é não condutivo, de baixa toxidade e preferível aos produtos que contenham Halon 1301 por não agredir o meio-ambiente.

“A DuPont está contente que, agora com a questão das patentes resolvida, os consumidores da indústria de proteção contra incêndio poderão incluir mais facilmente o HFC227ea em suas opções de extintores”, disse Brian Engler, gerente mundial de extintores da DuPont Fluorprodutos, acrescentando: “Nosso objetivo é dar assistência à indústria de proteção contra incêndio na transição dos produtos compostos pelo Halon 1301 para o HFC227ea". Segundo o acordo, em qualquer país onde a obrigatoriedade das patentes da DuPont ou da GLCC existir, apenas o FE-227 ou o FM-200 serão autorizados para uso.