NOTÍCIAS 2002
Surge o primeiro vírus que infecta imagens JPG
Foi descoberto em 13/6/2002 o primeiro vírus com a capacidade
de contaminar imagens digitais. Considerado inicialmente como de baixa periculosidade, o vírus W32/Perrun pode originar entretanto
uma nova classe de epidemias, aproveitando o hábito dos internautas trocarem fotos e imagens no padrão de compressão JPG/JPEG pela
rede mundial de computadores. Antivírus como o Scan na atualização 4.1.50 já identificam o vírus, e a empresa lançará vacina
específica em 19/6/2002.
Segundo página específica sobre o
W32/Perrun disponível no site da produtora estadunidense de antivírus McAfee, a origem do vírus é desconhecida, sendo do tipo
multicomponente, pois requer um arquivo extrator para extrair e executar o código malicioso de dentro dos arquivos de imagem JPEG.
Estes arquivos de imagem, em si, são incapazes de se replicar em máquinas não infectadas, isto é, que não possuam o componente
extrator do código instalado (através de uma chave inserida no Registro do Windows).
Os sintomas da contaminação pelo W32/Perrun são a modificação no registro do sistema e o
aumento de 11.780 bytes no tamanho dos arquivos de imagem JPEG. O vírus chega na forma de um arquivo de 11.780 bytes que, ao rodar
na máquina vitimada, copia o componente extrator (EXTRK.EXE) para o diretório corrente. Ambos os arquivos são escritos em Visual
Basic 6 e empacotados com UPX. A seguinte chave é inserida no Registro do Windows:
HKEY_CLASSES_ROOT\jpegfile\shell\open\command
"(Default)" = (current directory)\EXTRK.EXE %1
A partir daí, quando arquivos JPEG são executados, o componente extrator verifica se o
arquivo está infectado. Em caso positivo, o corpo do vírus é extraído e executado. Somente arquivos JPEG no diretório corrente são
infectados, e só um arquivo é infectado por ciclo. O extrator então se encarrega de mostrar a imagem JPEG usando um componente tipo
biblioteca de ligação dinâmica (DLL).
Segundo a McAfee, seus produtos a partir da versão 4185 de DAT, com varredura heurística
habilitada, conseguem detectar tanto o corpo do vírus como o componente extrator, apresentando-o como vírus ou variante
W32/Alcop@MM. |