Simultaneamente à Fenasoft 2002, acontece o I Congresso Latino Americano
de ERP, com apoio de organizações locais do setor e de outros países participantes, reunindo empresas do Brasil, Argentina, México e Uruguai, em princípio, com a possibilidade da adesão de outros países como Chile e Colômbia. O evento acontece nos dias 23 a 26/4, no Expo Center Norte.

O principal objetivo deste encontro é promover o intercâmbio entre as empresas produtoras e fornecedoras de sistemas de planejamento de recursos empresariais (enterprise resource planing - ERP) da América do Sul, para possibilitar maior integração entre os sistemas utilizados nestes países, incentivando a transferência de tecnologia, parcerias comerciais, ampliando as possibilidades mercadológicas dos produtos produzidos nestes países e de exportação do bloco para a conquista de outros mercados.

Uma das palestras - que deverá chamar a atenção dos executivos - terá como tema o Enterprise Business Planning como instrumento do planejamento dos negócios (Dia 26/04/2002 - das 16h30 às 17h30). A ser proferida pelo consultor de empresas Umberto Tedeschi, em parceria com a zQuality Solutions, a atividade vai mostrar como o EBP pode fornecer também uma  plataforma do planejamento unificada que integre não somente os processos financeiros, mas também outros processos críticos para a manufatura, vendas, recursos humanos e muito mais.

No Brasil, algumas das grandes companhias já estão adotando o EBP, o que mostra que o empresariado brasileiro está cada vez mais buscando soluções para o atendimento das necessidades dos negócios.

Os executivos de negócios mais experientes e os profissionais de Tecnologia da Informação compreendem as mudanças que estão acontecendo nos recursos dos programas de gestão empresarial, que geralmente são raras, mas incrivelmente profundas. "As trocas de paradigmas nos programas empresariais - tal como o surgimento do ERP e do gerenciamento de relações com os clientes (customer relationship Mmnagement - CRM) - levantam-se em resposta às circunstâncias, ao contexto e ao ambiente subjacentes em que os negócios acontecem", afirma o consultor Umberto Tedeschi, que está envolvido no planejamento dos negócios de várias grandes companhias.

Errado - Pode-se dizer, segundo ele, que o "P" do ERP está no lugar errado porque não fornece verdadeiramente o "planejamento crítico do negócio", numa perspectiva avançada e contextual do negócio e suas necessidades. O ERP pode ajudar nos processos de um planejamento, proporcionar elementos básicos de uma ação para produzir e oferecer os produtos para o mercado.  Entretanto, faltam a ele as facilidades necessárias para suportar um planejamento estratégico de grande amplitude para as atividades de um "business-critical". Ele não pode ajudar a prever ou fazer simulações de situações críticas e inesperadas.

O planejamento dos negócios da empresa é muito diferente, segundo avaliação de Edgard Rodigues Bello, diretor executivo da zQuality Solutions e que faz parte da organização dessa palestra sobre o EBP. Na sua avaliação, o EBP focaliza as ações no planejamento e na previsão (forecasting) de todos os aspectos do negócio: despesas e rendimentos. E, integrado com sistemas de CRM e ERP, pode fornecer uma visão muito mais rica, mais holística, do planejamento de toda a organização.

"Esta nova categoria de aplicações direciona um processo que havia sido interrompido previamente, um fato do planejamento que a volatilidade do negócio expusesse facilmente", esclarece o executivo. O Internacional Data Corp. (IDC) estima que este mercado de EPB vai movimentar US$ 2 bilhões nos próximos três anos.

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