NOTÍCIAS 2002
Microsoft Brasil cria programa para o governo
Government Subscription permite o pagamento anual pelo uso de qualquer programa da empresa
Um novo modelo de licenciamento de seus produtos no Brasil foi
anunciado pela Microsoft. Conhecido como Subscrição Governamental (em inglês:
Government Subscription), o programa é indicado exclusivamente para o governo, nas esferas federal, estadual e municipal, e permite o uso de todos os
programas da empresa como um serviço. Estão aptos a participar qualquer órgão público brasileiro, como prefeituras, ministérios,
agências nacionais, tribunais estaduais e federais.
A principal diferença para o modelo convencional de aquisição de programas é o fato do
usuário passar a utilizar o produto por meio do pagamento de taxas anuais, em um contrato válido por quatro anos, em vez do
pagamento único pela aquisição da licença perpétua. O modelo também possui uma política de descontos agressiva, "com economia
superior a 400%" (sic!) em comparação aos modelos tradicionais de licenciamento, dependendo do cenário analisado.
O funcionamento é semelhante a um aluguel. "O programa se torna uma commodity
(produto genérico) e isso traz enormes vantagens aos usuários, especialmente os de pequeno e médio portes, que não precisam mais
pagar o valor total do programa, de uma só vez. O investimento passa a ser diluído ao longo dos anos, facilitando o acesso à
tecnologia", explica Geraldo Trigueiro, diretor de governo da subsidiária brasileira da Microsoft.
Durante a vigência do contrato, o usuário pagará quatro anuidades pelo uso do programa.
Qualquer nova versão do programa ou pacote de correção lançados durante o período passam a ser incorporados automaticamente pelo
usuário. Após esse prazo, o contrato pode ser renovado ou a licença adquirida permanentemente.
"O programa é também uma maneira das pequenas prefeituras e órgãos que estão começando a se
informatizar, conseguirem fazê-lo de uma maneira prática, segura e econômica, desestimulando a pirataria de programas", completa
Trigueiro.
Prefeituras - O lançamento da Subscrição Governamental foi marcado pela assinatura de
um contrato junto à Confederação Nacional dos Municípios (CNM), no dia 10/4/2002, em Brasília. Pelo acordo, as 5.561 prefeituras
brasileiras poderão ter acesso a qualquer programa da Microsoft, pagando taxas anuais, com preços mais vantajosos. Tanto o programa
quanto a assistência técnica serão fornecidos por parceiros da Microsoft que estiverem próximos às prefeituras.
Para o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, o fato que motivou a assinatura do
contrato foi a busca de alternativa de tecnologia para melhorar a gestão pública. "A informática bem aplicada torna a gestão mais
leve e possibilita a aplicação de mais recursos na área social", disse.
Pacotes - O novo modelo vem sendo elaborado há mais de um ano e envolveu diversos
setores do governo, que trabalharam em conjunto com a Microsoft para definir sua estrutura. Qualquer programa da empresa estará
disponível na nova modalidade, mas foram sugeridos três pacotes de configuração, que atendem à maior parte das necessidades dos
clientes, de acordo com um levantamento realizado pela área de governo da Microsoft durante os últimos 18 meses.
Para os usuários convencionais, a Subscrição Governamental apresenta os seguintes produtos:
atualização para o sistema operacional Windows XP, versão completa do pacote de aplicativos Office XP Padrão, do servidor Windows
2000 Servidor, do Exchange 2000 Servidor, indicado para correio eletrônico e colaboração; além do System Management Server (SMS),
para gerenciamento de sistemas baseados em Windows, com instalação, distribuição de programas e ferramentas de central de auxílio.
Pelo pacote básico, o órgão público pagará cerca de US$ 239. “Se dividirmos esse valor por
cinco, para calcularmos o valor médio de cada produto, e depois por 12, para sabermos o seu custo por mês, chegaremos o número de
US$ 4 por produto. Uma mensalidade de TV a cabo, por exemplo, tem custo médio de US$ 30”, compara Geraldo Trigueiro.
A principal diferença para o pacote intermediário é o Office XP, que passa a ter a versão
Profissional. O último pacote, avançado, é indicado para a comunidade de desenvolvedores e contará com programas mais complexos,
como para o desenvolvimento de aplicações, linguagem de programação, banco de dados, entre outros. |