NOTÍCIAS 2002

Porto de Ubu amplia negócios e atuação

Os negócios do porto privado da Samarco Mineração S.A., segunda maior exportadora transoceânica de pelotas de minério do mundo, serão incrementados em mais de 50% em 2002. Neste ano (no dia 8/3), o Terminal Marítimo de Ponta Ubu, em Anchieta (ES), recebe uma plataforma semi-submersível de perfuração de poços de petróleo para uma operação de inspeção e manutenção, que durará cerca de 14 dias.

A plataforma Paul Wolff pertence a empresa Noble do Brasil e é uma das maiores do mundo. A unidade estava trabalhando em um dos blocos marítimos de perfurações da Petrobrás a cerca de 80 quilômetros da costa capixaba.

Custos competitivos, proximidade com os campos petrolíferos, acesso rodoviário fácil e profundidade adequada foram requisitos decisivos para a escolha do Porto de Ubu pela Noble do Brasil. É a primeira vez que uma plataforma de perfuração de petróleo atraca em portos do Espírito Santo.

Para facilitar o processo, a Samarco disponibilizou sua logística portuária para a atracação. Construído em 1977, o terminal de Ponta Ubu é um dos mais modernos do Brasil, trabalhando 24 horas por dia, com mão-de-obra da própria empresa. Ele possui pier de concreto com 313 metros de comprimento e 22 metros de largura, protegido por um quebra-mar com formato em "L".

Atracação - A chegada da plataforma exigiu uma mobilização específica no Terminal Marítimo de Ponta Ubu. A atracação envolve quatro rebocadores e três práticos - profissionais que executam a manobra de atracação e desatracação de embarcações, e, nesse caso, da plataforma. Deslocando-se a uma velocidade de aproximadamente dois nós por hora, a plataforma gasta quatro horas do momento em que é avistada da costa até atracar ao píer principal. Entre profissionais de comando da plataforma, das embarcações, dos rebocadores, de terra e práticos, a operação contará com a participação de 20 pessoas.

Empresa - Atuando no mercado de mineração há quase 25 anos, a Samarco é controlada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que participa com 50% das ações, e pela BHP Brasil - que integra o grupo australiano BHP Billiton - proprietária dos outros 50%. A empresa responde hoje por aproximadamente 16% do mercado mundial de ferro de alta qualidade.

A Samarco possui duas unidades industriais: Germano, em Mariana (MG), de onde o minério de ferro é extraído e beneficiado, e Ponta Ubu, em Anchieta (ES), onde o minério é transformado em pelotas e enviado para exportação. O transporte de minério de uma unidade para a outra é feito através de um mineroduto com 396 quilômetros de extensão, o maior do mundo. Dentro da tubulação é transportada uma mistura com 70% de minério concentrado e 30% de água.

Expansão -  Por ano, o porto movimenta cerca de 12 milhões de toneladas de pellets (pelotas de minério) e pellet feeds (minério fino concentrado), abastecendo os mercados da América do Norte, América do Sul, Europa, Oriente Médio e Ásia. Em 2001, a empresa obteve um lucro de US$ 330 milhões.

No mapa, os portos capixabas

O Terminal Marítimo de Ponta Ubu vem ampliando a sua área de atuação, realizando operações para terceiros. Em 2000 e 2001, foi utilizado para o desembarque de 33 mil toneladas de sais da China e para o descarregamento de trilhos ferroviários provenientes da Polônia. Além de embarcar, através da Bredero Price, 11.500 tubos de 20 polegadas revestidos com camadas de concreto para construção de gasoduto submarino, ligando o Campo Roncador à Cabiúnas, em Macaé (RJ).

A DSND Consub está implementando também na área do porto um projeto de linhas rígidas de tubulações para poços de produção de petróleo e gás. O contrato, firmado em março de 2000, tem duração de 5 anos.

Outra ação recente foi a dragagem para aumentar a profundidade e melhorar a navegabilidade na área. A dragagem permite agora a atracação segura de navios de grande porte - mais de 200 mil toneladas de porte bruto (TPB). A operação de dragagem anterior aconteceu em 1993.

A Samarco está certificada com o ISO 9000 e o ISO14001 nas operações portuárias e o OHSAS 8800, importante reconhecimento internacional referente ao gerenciamento de saúde ocupacional e segurança do trabalho, tornando-se a primeira empresa de mineração do Brasil a obter o certificado emitido pela empresa classificadora marítima Det Norske Veritas (DNV).