NOTÍCIAS 2002
Data Webhouse: novo nível de compreensão do
internauta
Johnny Telles (*)
Colaborador
A população brasileira está longe de ser considerada a
primeira do mundo no que diz respeito ao acesso à Internet - não passamos de 7% -, enquanto os EUA já ultrapassaram a casa dos 50%.
Por outro lado, mais de 20% dos nossos correntistas bancários utilizam a Internet para movimentar suas contas, enquanto nos EUA essa
cifra não chega a 10%.
Devido a um histórico financeiro bem mais conturbado que o dos EUA, o brasileiro
acostumou-se a fazer um acompanhamento quase diário das suas economias. Hábito que ajuda na redução de custos para o banco, pois uma
transação feita pela Internet custa quatro vezes menos do que a realizada em terminais de auto-atendimento e dez vezes menos do que
uma operação executada na agência. Este fato levou os bancos a investirem pesado na Internet visando uma diminuição de custos
operacionais. O Brasil foi um dos países pioneiros no serviço de Internet Banking; os bancos que contavam com o sistema ofereciam-no
a seus clientes como importante diferencial.
Hoje, quase sete anos depois do surgimento dos primeiros Internet Banks, o serviço deixou de
ser um diferencial. Todos as instituições bancárias que têm um volume razoável de clientes o oferecem. A diferença agora está na
qualidade desse serviço.
Os bancos se tornam cada vez mais prestadores de outros serviços, o que muitas vezes parece não
ter a ver com seu segmento. Por esse motivo, investem cada vez mais em seus portais, incluindo uma série de produtos agregados,
chegando, em alguns casos, a ter mais de trinta sites associados ao do banco, que passa a oferecer uma série de novos serviços
dentro do seu portal.
Novo conceito - Há algum tempo, os bancos vêm investindo muito em Internet e o
surgimento desse novo meio de comunicação veio acompanhado do conceito de Data Warehouse para Internet: o Data Webhouse.
A idéia é bem simples: fazer a análise do comportamento e perfil do usuário. Assim como no
Data Warehouse, é possível saber por onde o usuário navega, o porquê de acessar aquela área especifica, quais são os seus
interesses, o que o faz percorrer um site e, essencialmente, o que o faz SAIR do site. Muito mais do que os antigos counters,
os contadores de visitantes, o Data Webhouse se preocupa com a análise do histórico de navegação do usuário, focando-se não
somente nas operações feitas, mas, principalmente, nas operações que não foram realizadas e que poderiam ter se concretizado.
Cite-se como exemplo um financiamento de automóvel: o cliente pode entrar no site, fazer uma
simulação e não concretizar a operação. Mas por que ele não a realizou? Podemos entrar em contato com esse cliente para descobrir o
motivo da não continuidade da operação e trabalhar para que ele venha a efetuar o financiamento. É possível também trabalhar para
que simples visitantes venham a ser clientes da empresa.
O Data Webhouse é a fonte de informações que apoiará a automação de marketing na
Internet. Não um serviço que simplesmente e-mails sem critério específico, mas sim a automação que suporta uma série de
campanhas segmentadas para cada tipo de cliente, podendo atender melhor às suas necessidades específicas e utilizando-se de um
investimento de marketing mais preciso e eficiente.
(*)
Johnny Telles é gerente de
data webhouse da Novabase do Brasil. |