NOTÍCIAS 2002

Eletronorte transmitirá dados, voz e Internet

A FTD Comunicação de Dados está concluindo a entrega para a Eletronorte de um dos maiores projetos nacionais de rede SDH com conexão via cabos OPGW, utilizados na sustentação dos cabos transmissão de energia elétrica.

A empresa venceu uma licitação da Eletronorte, orçada em R$ 14 milhões, com uma solução tecnológica baseada em sistemas de conexão cruzada e multiplexadores da israelense RAD Data Communications. O projeto, que entra agora na fase de vistoria e implantação, interliga o Sistema Gestor da Eletronorte, em Brasília, com cerca de 18 pontos geográficos sob concessão da Eletronorte numa extensão de 1.600 km, abrangendo algumas centenas de municípios compreendidos entre São Luiz do Maranhão e a capital paraense, Belém.

De acordo com José de Castilhos, diretor da FTD, o objetivo do backbone SDH é proporcionar gerenciamento e controle remoto de todas as subestações e dos dispositivos da rede da Eletronorte via plataforma HP Open View, utilizando o sistema de gerência da ECI, já adotado pela distribuidora. "Além de garantir o gerenciamento centralizado, a solução que desenvolvemos em parceria com a RAD permitirá o telecontrole total da operação e a capilarização de serviços de medição da rede elétrica de todas as subestações e usinas fornecedoras da Eletronorte, além de suprir a empresa de todo o transporte de rede local (LAN) e Internet, inclusive com implementação de voz", afirma o executivo.

Ainda segundo José, o novo backbone está ancorado em dois tipos básicos de solução: a conexão cruzada DXC - que concentra e distribui o tráfego de dados pelas subestações – e o multiplexador Megaplex, que permite a implementação de serviços de alta e baixa velocidade requeridos pelo telecontrole, além de prover os acessos de voz.

Na avaliação do executivo, pelo porte e pela extensão da rede, bem como graças à tecnologia escolhida pela Eletronorte, o novo backbone está apto até mesmo a uma eventual oferta de circuitos de telecomunicações também para terceiros, caso a Eletronorte venha no futuro a se interessar por este filão.

Para o diretor da RAD do Brasil, John Columban Hoe, aplicações como a da Eletronorte atestam o crescimento do setor de utilidades como um dos mais promissores mercados para a indústria de telecomunicações. Só no mercado brasileiro, a RAD já movimenta negócios da ordem de US$ 15 milhões, não só junto a clientes do setor elétrico, como a Copel e a Chesf, além da própria Eletronorte, mas também junto a operadoras de sistemas de transporte, tais como Via Oeste, Autoban, CPTM e outras.