NOTÍCIAS 2002
As crianças crescem rápido
Marcos Antunes (*)
Colaborador
No ano de 1990, meu pai já trabalhava há mais de vinte e cinco anos em
uma empresa e perdera a perspectiva naquele emprego. Esperava ansiosamente pela a sua aposentadoria. Mas como meu pai era um homem
ativo, ele já pesquisava e montava seu pequeno negócio.
E muito antes dele requerer seu benefício, já constituía uma pequena loja de calçados na
garagem de nossa casa. Em pouco tempo, a garagem já não oferecia as condições ideais e meu pai precisava estar constantemente
presente. Então ele se aposentou. Alugou um ponto comercial em nosso bairro e concretizou o seu desejo: ter o seu próprio negócio.
A clientela aumentava dia após dia, e se tornava marcante em meu pai o hábito de agradar a
todas as crianças, dando-lhes bexigas, doces... um verdadeiro aniversário na loja do Sr. Joaquim!
Todos em minha família admiravam o seu comportamento, embora já fosse esperado, pois sempre
fora um excelente pai. Quando éramos crianças, nosso pai amava-nos muito e não media os mimos que nos fazia e aos nossos primos.
O tempo foi passando e um dia, estando eu na sua loja, um amigo de nossa família perguntou a
ele: ”Por que o senhor agrada tanto as crianças?” E ele com toda a simplicidade do mundo respondeu: ”Porque quando você agrada uma
criança, muito mais agrada a seus pais. E quando elas crescerem, comprarão meus calçados! A sabedoria é simples.
Prazos - Ele tinha encontrado o que muitas pessoas, empresas e governos procuram: uma
solução a curto e longo prazo.
Quando as pessoas passam por dificuldades financeiras, a tendência é resolver tudo a curto
prazo: empréstimos, ou vender algo, ou tentar arrumar um salário maior ou um emprego melhor.
Mas isso tudo não resolverá o problema a longo prazo. Logo depois, os mesmo apuros
financeiros aparecerão: impostos, hipoteca, cartões de crédito, financiamento do carro, alimentação, vestuário, entretenimento,
pagamento de créditos escolares etc. Tudo retorna ao mesmo ponto, às mesmas dificuldades.
E as pessoas sabem que têm que economizar, investir, mas algo dentro delas diz: "Mas estou
com vontade de tirar umas férias e vou aproveitar o limite do meu cartão etc..."
Não estou falando que você não deva tirar férias, ou que deva mudar os seus sonhos. Não é
preciso abandonar os seus sonhos e sim mudar as estratégias para alcançá-los! Manter a sua visão para alcançar objetivos a longo
prazo; e ter planos em longo prazo; e saber usar o sistema financeiro a seu favor.
Você pode ficar o dia inteiro assistindo filmes, ou lendo revistas, ou fazer um curso de
Inteligência Financeira e aprender a usar o sistema a seu favor. Quanto mais cedo você aprender sobre finanças, melhor.
Lembre-se dos juros compostos: Se você começar a economizar uma quantia fixa aos vinte anos,
e uma outra pessoa com a sua idade começar aos trinta, aos 65 anos, certamente você terá duas vezes mais dinheiro do que ela. Nunca
é muito cedo para começar! Mas pode ser muito tarde!
Isso também se aplica às empresas que deixam de se planejar numa perspectiva de longo prazo
e acabam soterradas pela concorrência. Assim também com os países. Preocupam-se apenas, com períodos de quatro anos e "não sei por
quê", acabam batendo de frente com o mercado internacional, perdendo a concorrência.
E para quem acha que longo prazo é “longo demais”, saiba que as crianças crescem rápido! Os
filhos dos clientes do meu pai já cresceram e, graças à estratégia adotada por ele, com o olho no longo prazo, elas continuam sendo
os seus clientes.
PARÁBOLA
Aprenda com o jardineiro
Nos Estados Unidos, a maioria das residências tem por tradição em sua frente um lindo
gramado, e diversos jardineiros autônomos para fazer aparos nestes jardins.
Um dia, um executivo de marketing de uma grande empresa dos Estados Unidos contratou
um desses jardineiros. Chegando em sua casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 13 anos de idade, mas como
já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.
Quando já havia terminado, solicitou ao executivo a permissão para utilizar o telefone, no
que foi prontamente atendido. Contudo, o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa. O garoto havia ligado para uma senhora e
perguntara:
- A Senhora está precisando de um jardineiro?
- Não. Eu já tenho um - respondeu.
- Mas além de aparar, eu também tiro o lixo.
- Isso o meu jardineiro também faz.
- Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço - disse ele.
- Mas o meu jardineiro também o faz.
- Eu faço a programação de atendimento o mais rápido possível.
- Não, o meu jardineiro também me atende prontamente.
- O meu preço é um dos melhores.
- Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.
Desligando o telefone, o executivo lhe disse:
- Meu rapaz, você perdeu um cliente.
- Não - respondeu o garoto. Eu sou o jardineiro dela. Eu apenas estava medindo o quanto ela
estava satisfeita.
(*) O economista
Marcos Antunes é palestrante, professor de Inteligência Financeira, consultor financeiro de empresas
e proprietário da Potencial.com, empresa que oferece serviços de design,
tecnologia, treinamento, mercadologia e consultoria para Internet. |